O escritório nova-iorquino Diller Scofidio + Renfro (DS+R) chamou atenção mundial em 2002 com o Blur Building, para a Expo Suíça daquele ano. O volume era formado através de 35.000 bicos de alta pressão que expeliam a água do lago sobre o qual se localizava, criando uma enorme nuvem artificial. Sua forma, limites, cores e translucidez se alteravam com o sol e a força do vento e produziam uma experiência imersiva aos usuários, adentrando um volume completamente permeável. Dez anos depois, Carla Juaçaba e Bia Lessa projetaram o Humanidade2012 para a exposição Rio +20, em que diversos volumes programáticos foram dispostos em uma enorme estrutura de andaimes. Com mais vazios do que cheios, suas extremidades se desmaterializavam no céu e durante a noite os volumes pareciam flutuar. Segundo as arquitetas, “a própria movimentação das pessoas no edifício transformava os visitantes em objetos de exposição visto de longe.” Os dois projetos temporários, mesmo com diferenças de escala e contexto, se unem no êxito ao trabalhar com as noções de translucidez, leveza, dissolução de limites e o movimento.
O Valle de Bravo é uma região do Estado de México localizada poucos quilômetros à sudoeste da capital do país. Caracterizada pela presença de um grande lago artificial criado em 1947 com a construção da barragem Miguel Alemán, o Valle de Bravo é hoje responsável pelo abastecimento de água para boa parte da população da Cidade do México e Toluca. Por sua proximidade à capital, a represa é um importante destino de viagens de final de semana, o que acabou despertando o interesse de muitos arquitetos e arquitetas, responsáveis por projetos de arquitetura que encontram ressonância na paisagem oferecendo uma experiência única junto à natureza exuberante de um dos principais vales da planície central mexicana.
Um dos elementos de maior potencial escultórico da arquitetura é a circulação vertical – sejam rampas ou escadas. E apesar de serem frequentemente desenhadas a partir de uma abordagem puramente funcionalista, em alguns momentos tornam-se a peça fundamental do espaço.
Ao longo da história da arquitetura, instalações efêmeras e pavilhões temporários têm se mostrado estruturas tão importantes quanto edifícios concebidos sem uma data de validade precisa. Estruturas leves, provisórias, recicláveis e fugazes, os pavilhões se tornaram uma importante ferramenta para se falar de arquitetura, extraordinários exemplos que materializam — ainda que por um pequeno intervalo de tempo — o espírito do seu tempo. Transcendendo a sua própria transitoriedade, algumas destas estruturas foram trazidas de volta à vida devido ao seu inestimável valor arquitetônico, como é o caso do famoso Pavilhão Barcelona concebido por Ludwig Mies van der Rohe e Lilly Reich durante a Exposição Internacional de Barcelona em 1929. Entretanto, a maioria destes protótipos permanecem apenas em sua imagens e fotografias, plantas e na experiência do espaço que felizmente, é tão arraigada à arquitetura quanto a sua própria materialidade concreta.
A Architectural League of New York anunciou os vencedores do Prêmio Architectural League 2020 para Jovens Arquitetos + Designers. Com foco em novos talentos, o prêmio de maior prestígio da América do Norte incentiva o desenvolvimento de indivíduos distintos e destaca seu trabalho.
O clima talvez seja a mais elementar e fundamental das condicionantes em um projeto de arquitetura. As condições atmosféricas de um determinado lugar podem ser vistas como um desafio e até mesmo, um problema o qual solucionar. Muitas vezes, em climas extremos, é preciso utilizar materiais isolantes e soluções construtivas específicas para poder lidar com a hostilidade das condições ambientais. Entretanto, quando se trata de um país tropical como o México, com seu clima privilegiado, o clima passa a ser um ponto positivo, um aliado dos arquitetos, algo que os permite transitar entre a arquitetura e a paisagem de forma fluida e dinâmica, criando microclimas e espaços que se esparramam para fora ou incorporando a natureza em seu centro, jogando com os limites entre interior e exterior de uma forma criativa e fecunda para a própria arquitetura.
A história de Porto Rico se reflete em suas cidades. A arquitetura do território evoluiu de estruturas simples de madeira e palha para obras monumentais e modernas. Moldados por forças internas e externas em suas variadas paisagens, os diversos estilos de Porto Rico representam mais de 400 anos de domínio espanhol e mais de 100 anos como um território não incorporado dos Estados Unidos. Hoje, a arquitetura moderna da ilha reflete seu histórico multicultural.