O escritório Equipo de Arquitectura foi fundado por Horacio Cherniavsky e Viviana Pozzoli em 2017. Do Paraguai, suas obras como Caixa de Terra ou Casa Intermediária traduzem a visão de uma arquitetura que aborda o primitivo e o essencial. De uma arquitetura que busca constantemente integrar o ambiente natural existente com o artifício, o construído. Em particular, uma prática que acredita na verdade material como uma ética de projeto.
O grupo foi escolhido pelo ArchDaily como um dos Novos Escritórios de 2021, e realizamos a seguinte entrevista para saber mais sobre todas as suas inspirações, motivações e formas de trabalho.
Seja devido à demolição total ou parcial de um edifício, seja para reforma ou adaptação de uma estrutura existente — em busca de sistemas de cobertura mais eficientes —, telhas de barro e cimento são materiais que muito frequentemente acabam virando entulho. Devido ao seu baixo custo de produção, telhas não costumam ser recicladas e reaproveitadas cotidianamente, menos ainda utilizadas para cumprir outra função que não a de cobertura. Felizmente, somando-se a uma crescente conscientização sobre os custos ambientais da produção de materiais para a construção civil, a cada dia mais, arquitetos e arquitetas têm se comprometido a reciclar e reaproveitar resíduos de antigas estruturas obsoletas, estabelecendo uma arquitetura responsável e inovadora. A seguir, elencamos alguns recentes projetos que apresentam soluções alternativas para a reciclagem e reincorporação de telhas na arquitetura contemporânea, seja em paredes, fachadas, elementos de proteção solar, pisos e até mobiliário.
Tubos, cabos e condutos de diferentes materialidades nas paredes e tetos fazem parte de todos os espaços que transitamos e habitamos. Eles representam o conjunto de redes e equipamentos necessários ao desenvolvimento da vida nos nossos edifícios, trazendo serviços como água, luz, gás, entre muitos outros. De acordo com as normas vigentes em cada país e o uso definido em cada espaço, as instalações podem ser deixadas aparentes, conferindo aos espaços interiores um certo caráter e estética.
À medida que nosso mundo se transforma em um ritmo sem precedentes, os desafios atrelados a isso estão se tornando cada vez mais complexos. As questões enfrentadas pelas cidades e redes de nosso mundo globalizado, os ambientes físicos e virtuais onde ocorre esta transformação, estão tornando a arquitetura mais relevante do que nunca.
As questões do ambiente construído deixaram de ser exclusividade dos profissionais que o constroem e projetam e passaram a ser questões transversais em nossa sociedade. Dos cidadãos que questionam a qualidade dos espaços públicos ao construtor autodidata que ergue uma pequena casa no campo, ou o morador de um simples apartamento que usa um aplicativo para projetar seus interiores durante a quarentena, todos querem ter direito à voz e a agir. Por que a arquitetura tem que ser tão incerta, tão distante?
Em nosso país vizinho, o Paraguai, tijolo pode significar muitas coisas. Desde paredes, divisórias, muros, anteparos, lajes, abóbadas, pisos e pavimentos. Ao longo das últimas duas décadas, a arquitetura contemporânea paraguaia não só evidencia a grande versatilidade deste nobre material, mas sobretudo nos mostra a capacidade de seus arquitetos em reinventar constantemente a sua aplicação, explorando a fundo todo o seu potencial expressivo.