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África: O mais recente de arquitetura e notícia

Como escolas na África podem se beneficiar com um projeto inteligente e vegetação abundante

Muitas crianças na África são obrigadas a suportar estudar em escolas com pouca ventilação, que podem superaquecer facilmente sob o sol africano. A proposta de WAYAiR para uma nova escola em Ulyankulu aborda a questão do clima e fornece uma "vila educacional" respeitando o patrimônio local e a identidade da cidade. WAYAiR é um grupo de educadores com ideias semelhantes que, nos últimos 25 anos, desenvolveram seu singular programa educacional em Poznan, na Polônia, usando uma abordagem baseada na arte e agora desejam compartilhar seus conhecimentos em todo o mundo.

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TED Talk: Christian Benimana do MASS fala sobre abrir uma escola de design na África

Vamos seguir um modelo de construção insustentável semelhante ao que presenciei na China, ou podemos desenvolver um modelo africano de desenvolvimento sustentável e igualitário? Estou otimista de que podemos.

Neste recente TED Talk, Christian Benimana fala sobre sua jornada como arquiteto - tendo crescido em Ruanda, estudado na China e, finalmente, retornando à África para presenciar o início de um boom na construção civil muito semelhante ao que ele testemunhou em Xangai. Neste contexto, ele explica por que ele e o MASS Design Group fundaram o African Design Center, um centro de ensino e inovação que pretende ser um catalisador para o desenvolvimento urbano no continente.

O descaso com a acessibilidade nas cidades africanas (e o que os arquitetos podem fazer à respeito)

Este artigo foi originalmente publicado pelo Common Edge como "Africa’s Undeclared War on the Disabled."

Recentemente passei uma semana em companhia de um grupo multidisciplinar composto por pesquisadores da Europa, dos EUA e da África, em um workshop intitulado “The Practice and Politics of DIY Urbanism in Africa” (Práticas e Políticas do Urbanismo "Do It Yourself" na África). Jonathan Makuwira, professor da Malawi University of Technology, apresentou um artigo convincente sobre "Urbanismo e Acessibilidade em Malawi", destacando os inúmeros desafios que as pessoas com deficiência enfrentam durante a sua vida no continente, utilizando essa cidade como um estudo de caso.

Durante a sua conferência, reafirmei a minha percepção de que os espaços públicos urbanos acessíveis são insuficientes. Este é o tema central da proposta que apresentei em meu projeto de 2016 para a Bolsa Richard Rogers Fellowship da Harvard Graduate School of Design (GSD), onde eu me propus a desenvolver um projeto de design acessível adaptável para espaços públicos da cidade de Abuja .

Conheça os vencedores do primeiro Prêmio de Arquitetura Africana

Os vencedores do prêmio inaugural de arquitetura africana foram anunciados. Estabelecido por St. Gobain com o objetivo de "estimular conversas sobre a arquitetura africana, enquanto ela cimenta seu lugar em um contínuo global", o evento representa o primeiro programa de prêmios pan-africanos desse tipo, com mais de 300 projetos de 32 nações africanas sendo considerados por um painel de direção liderado pelo professor Lesley Lokko, o embaixador Phill Mashabane, o conselheiro Zahira Asmal e o arquiteto David Adjaye.

"Os Prêmios de Arquitetura da África são muito importantes", disse Adjaye. "Agora é o momento de promover a excelência e as melhores práticas no continente. Esse prêmio é particularmente importante porque este é o momento que muito está acontecendo no continente em termos de desenvolvimento, em termos de arquitetura que está sendo produzida".

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Conheça a arquitetura contemporânea africana além dos estereótipos

A África é um continente diverso e com diferentes contextos que vão além dos estereótipos imaginados e propagados por aqueles que não a conhecem. Estes estereótipos também abrangem o campo arquitetônico. A arquitetura africana sempre é lembrada por seus belíssimos projetos vernaculares ou pelas obras realizadas por Keré, mas outras linguagens desenvolvidas por arquitetos no continente são praticamente esquecidas.

Por este motivo, a fim de aumentar o panorama da arquitetura contemporânea construída no continente africano, reunimos aqui uma seleção de edifícios que foram realizados em catorze países diferentes. Se inspire com os dezoito projetos selecionados, a seguir.

O custo humano trágico das novas megacidades da África

Este artigo foi publicado originalmente por Common Edge como "Tale of Two Cities: Unravelling the Brutal Backstory Behind Africa’s Emerging Megacities."

Nas últimas duas décadas, a narrativa africana mudou fenomenalmente. A história extensa, em grande parte tecida em torno dos estereótipos da pobreza, doenças e de guerras civis sangrentas, foi substituída por uma que celebrava o crescimento econômico sem precedentes do continente e uma relativa estabilidade política. Esta nova narrativa é também sobre os arranha-céus brilhantes da África, os enormes shoppings e as cidades ambiciosas "inteligentes" sendo projetadas e construídas a partir do zero: Ebene Cyber City em Mauritius; Konza Technology City no Quênia; Safari City na Tanzânia; Le Cite du Fleuve na República Democrática do Congo; Eko Atlantic na Nigéria; Appolonia City em Gana, entre outras.

Atualmente, há pelo menos vinte dessas novas cidades em construção no continente e cerca de duas vezes esse número em obras. Esses empreendimentos alteraram permanentemente a perspectiva urbana do continente, e ofereceram algo diferente da mistura de pastiches da arquitetura colonial que já era conhecida. Como arquiteto, inicialmente fiquei entusiasmado com a qualidade de algumas arquiteturas, embora eu deva admitir que essas novas cidades são estranhas cópias idênticas de desenvolvimentos na China, Cingapura e até mesmo nos Emirados Árabes Unidos, e que eles são, em grande parte, privados de qualquer conexão cultural com a África.

2 Equipes brasileiras são finalistas no Concurso Internacional Kaira Looro de Arquitetura Sacra no Senegal

O concurso Kaira Looro para Arquitetura Sacra buscava projetos para um espaço de culto, com o intuito de, além de criar um novo marco, também dar origem a uma cultura comunitária, ser leve e gracioso para entender sua espiritualidade. Kaira Looro, que no idioma mandingo significa "Arquitetura para a Paz", não trata apenas de arquitetura, mas também representa o vínculo com uma cultura, uma espiritualidade e pesquisa de interioridade. O desafio dado foi celebrar a filosofia de culto, projetando uma arquitetura sustentável e culturalmente orientada, para um lugar carente de materiais e com baixa tecnologia.

O júri foi composto por Kengo Kuma, Azzurra Muzzonigro, Agostino Ghirardelli, Rainer Kasik, Ko Nakamura, René Bouman, Sebastiano D'Urso, Pilar Diez Rodriguez, Angelo Ferrara, Carmine Chiarelli, Ignazio Lutri, Walter Baricchi e Ibrahima Gomis. A proposta vencedora foi a da equipe LIAFINAND, da Polônia.

Conheça, abaixo, as propostas das duas equipes brasileiras que foram finalistas neste concurso internacional:

Mapas antigos mostram por que inventar coisas pode ser uma má ideia

É difícil imaginar um mundo inexplorado. Hoje, GPS e mapas de satélite nos guiam pelas cidades, sejam familiares ou novas, enquanto as técnicas de varredura e mapeamento estão gradualmente tirando último ar de mistério em relação aos territórios ainda inexplorados do planeta. No entanto, a elaboração de mapas nos séculos XVI e XVII era uma arte, ainda que bastante incerta e repleta de lacunas.

Como a combinação da arquitetura tradicional africana e asiática pode aumentar a qualidade de vida na Tanzânia rural

O escritório Ingvartsen Architects voltou sua atenção para a "arquitetura do intercâmbio cultural" - não com o objetivo de explorar a identidade ou a estética, mas com um propósito prático em mente: minimizar a disseminação de doenças. O Projeto Magoda combina elementos asiáticos com métodos construtivos tradicionais africanos na vila de Magoda, na região de Tanga, Tanzânia, e foi colocado em prática com oito protótipos de residências. O projeto busca mostrar como o intercâmbio no design e arquitetura podem contribuir significativamente na solução de problemas para fins humanitários, não apenas melhorando a saúde e higiene, mas também o conforto e a felicidade dos usuários.

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Fricções Culturais: para uma transferência das arquiteturas tradicionais à produção contemporânea

Ensina-me a viver da sua maneira para eu poder ver o mundo através do seu entendimento.
Juan Downey, arquiteto e artista chileno.

A proposta Fricções Culturais: Para uma transferência das arquiteturas tradicionais à produção contemporânea, desenvolvida pelo arquiteto chileno Samuel Bravo Silva, tem como objetivo investigar as arquiteturas tradicionais em perigo de extinção ao longo das três principais bacias hidrográficas do mundo (Amazonas, Congo e Brahmaputra), como uma relação tanto física como significativa dos povos com a paisagem.

Olhando através de determinadas construções da paisagem, o autor pergunta-se como os povos se ocupam da fricção dos espaços tradicionais com a modernidade. Sua pesquisa indaga na experiência de Juan Downey, um arquiteto chileno que, nos anos setenta, aproximou-se do povo Yanomami no Amazonas; analisa sua própria obra construída no Deserto do Atacama e na Amazônia Peruana; e finalmente tira lições das arquiteturas tradicionais, desde os entornos típicos aos bairros periféricos.

Conheça em detalhe a proposta - finalista do Wheelwright Prize 2016 (Harvard GSD)-, a seguir.

Relatório Mundial das Cidades 2016: urbanização nos últimos 20 anos

Há algumas semanas, foi apresentado em Nova Iorque o Relatório Mundial das Cidades 2016, elaborado pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos, ONU-HABITAT.

Intitulado “Urbanização e Desenvolvimento: Futuros Emergentes”, este documento elabora uma análise global de como foi o processo de urbanização durante as últimas duas décadas, entre 1996 e 2016, que corresponde ao período entre cada Conferência das Nações Unidas sobre Habitação e Desenvolvimento Urbano Sustentável, mais conhecido como HABITAT, que teve sua primeira edição em Vancouver, Canadá.

Em junho de 1996, em Istambul (Turquia), realizou-se o Habitat II, em em outubro deste ano será realizado o Habitat III em Quito (Equador).

Construção de presépios em Burkina Faso: uma tradição natalina que ensina arquitetura às crianças

Em Burkina Faso, a fabricação de presépios natalinos é uma importante tradição que tem como protagonistas as crianças. Todos os anos elas formam equipes para construir estes modelos em grande escala, alcançando quase a própria altura, em uma espécie de competição sadia que estimula a criatividade através do desenho e construção colaborativa.

Como resposta a esta iniciativa, o espanhol Albert Faus liderou um grupo de arquitetos para criar o Kamba Zaka, um projeto que pretende levar este interesse arquitetônico um passo adiante. Em seus ateliês, os arquitetos não apenas ensinam conceitos relacionados à disciplina, mas também apresentam às crianças materiais e técnicas construtivas vernaculares para que elas possam valorizá-las e praticá-las em construções reais no futuro.

Saiba mais sobre esta incrível experiência, a seguir.

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Royal Danish Academy cria protótipos de habitações de baixo custo em Moçambique

O Departamento de Assentamentos Humanos da Escola de Arquitetura, Design e Conservação da Royal Danish Academy of Fine Arts desenvolveu um protótio de habitação de baixo custo para Maputo, Moçambique, como parte do projeto de pesquisa "Casas Melhoradas". O protótipo reinterpreta a tradicional "casa de madeira e zinco" da região, construída com madeira e chapas metálicas onduladas, e a "casa de blocos", composta por blocos de concreto.

MASS Design Group propõe uma "Bauhaus da África" em cúpula da ONU

No projeto e construção de muitos edifícios públicos bem sucedidos na África central e em outras partes do mundo, o MASS Design Group tem empregado e guiado milhares de artesãos locais, liderando o processo de construção e proporcionando dignidade a essas populações. Agora, o grupo deseja ajudar as comunidades africanas a liderarem sozinhas estes processos. Na cúpula das Nações Unidas realizada neste domingo, Christian Benimana, um dos diretores do estúdio de design sem fins lucrativos, apresentará planos para o que está sendo chamado de "Bauhaus da África": três centros de design que serão construídos nos próximos dez anos em localizações estratégicas do continente. Os centros oferecerão um programa educacional que tem como objetivo treinar uma nova geração de arquitetos africanos - uma força de trabalho indispensável, tendo em vista que o continente está entrando em um período de crescimento urbano sem precedentes.

Estudantes constróem três habitações experimentais para enfrentar a hiperurbanização na África

Espera-se que a população urbana da África subsaariana aumente em quase 70% no ano de 2025, uma rápida urbanização que envolve naturalmente o setor da construção civil. No entanto, os métodos atuais de planejamento em técnicas de construção, infraestruturas e ciclos econômicos, não são suficientes para sentar bases sólidas para um desenvolvimento urbano e social sustentável da região.

Em uma experiência acadêmica desenvolvida no Instituto de Arquitetura Experimental da Bauhaus-Universität Weimar, estudantes construíram três protótipos residenciais na escala 1:1 para Addis Abeba, capital da Etiópia e coração da hiper-urbanização. Conheça cada projeto detalhadamente, a seguir.

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Kéré Architecture vence concurso para projetar a proteção do sítio arqueológico das Termas Reais de Meroe

O escritório Kéré Architecture foi anunciado como vencedor de um concurso para projetar um abrigo nas Termas Reais de Meroe, no Sudão, sítio tombado pela UNESCO. Acredita-se que as termas tenham servido aos palácios do grande Reino Africano de Kush (atualmente o Sudão), vindo a incorporar a lista de Patrimônio Mundial da UNESCO em 2011. Ainda marcadas por templos, palácios e mais de duzentas pirâmides, as ruínas de Meroe são um testemunho das mudanças culturais ocorridas na África. Saiba mais sobre a proposta de Kéré Architecture, a seguir.

Por que criei um banco de dados para documentar a arquitetura vernacular africana?

A arquitetura é um componente único da cultura de um país, tanto quanto a sua linguagem, música, arte, literatura ou culinária. A arquitetura é também o mais visual de tais componentes culturais; as pirâmides do Egito, arranha-céus em Nova Iorque, um templo no Japão, cúpulas na Rússia, tudo transmite uma imagem única. Isso é chamado de "genius loci", o "espírito de um lugar". Cada país tem seu próprio genius loci, sua própria singularidade. Arquitetura vernacular é composta por materiais locais, derivada de costumes locais, técnicas que foram passadas de geração em geração. Mas a arquitetura vernacular na maioria (se não em todos) dos países africanos está prestes a desaparecer, sendo substituída por materiais e técnicas ocidentais.

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PITCHAfrica cria um centro de coleta de água pluvial para comunidades africanas

Em muitos países africanos, água potável ainda é um luxo. Guerras são declaradas, famílias deslocadas e comunidades inteiras perecem por falta dela. A escassez de água limpa flagela nações na África e de todo o mundo há séculos. Com isso em mente, o grupo sem fins lucrativos PITCHAfrica está buscando uma solução para o problema através de uma nova combinação de esporte e projeto. Parte do Waterbank Campus, composto por 7 edifícios que servem a coleta de água da chuva, o estádio de futebol é capaz de receber 1.500 pessoas, reunindo as comunidades que mais precisam de apoio.