Nossos parceiros da Escola da Cidade compartilharam conosco o vídeo da palestra da arquiteta e pesquisadora portuguesa Ana Vaz Milheiro, que falou aos estudantes da graduação da Escola da Cidade sobre a Arquitetura Portuguesa atual e a falta de influência do arquiteto Rem Koolhaas sobre ela.
Da palestrante: No otimismo da abertura do século XXI, parecia possível que a presença da Casa da Música, um único objeto "koolhaasiano" na paisagem urbana da cidade do Porto, conseguiria alterar o curso da cultura arquitetônica portuguesa. Eduardo Souto de Moura e o estágio de Braga, inaugurado em 2004, funcionariam como contraponto.
O futuro luminoso da arquitetura portuguesa se inscrevia entre dois extremos: o vanguardismo radical da arquitetura centro-europeia versus o modernismo vernacular que vingou entre a cultura portuguesa e que Álvaro Siza representava. O vaticínio da crítica de arquitetura da época dependia naturalmente da estabilidade das condições existentes, situação que a crise econômica de 2008 haveria de alterar.