O tema do 5° DOCOMOMO N/Ne se justifica pela necessidade de debater criticamente sobre o processo de intervenção e documentação, em sentido amplo - projetos, obras, usos e memórias - do patrimônio moderno no Norte e Nordeste do Brasil.
Hoje, 9 de abril, um dos maiores nomes da arquitetura moderna brasileira, o arquiteto e urbanista Sérgio Bernardes, completaria 95 anos de vida. Amplamente conhecido por seus projetos residenciais, o arquiteto carioca, entretanto, não teve uma produção restrita apenas a este tipo de obra, trabalhando também com design de mobiliário, projeto de edifícios e masterplans. A seguir, uma homenagem do ArchDaily Brasil a um dos mais heterodoxos arquitetos brasileiros do século XX.
O DOCOMOMO BRASIL e o Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Ceará (DAU-UFC) realizarão o 5° DOCOMOMO N/Ne - Seminário de Documentação e Conservação do Movimento Moderno Norte/Nordeste - na cidade de Fortaleza entre os dias 11 a 14 de novembro de 2014 com a temática "Projeto, obra, uso e memória: a intervenção no patrimônio arquitetônico modernista".
O Recife possui um valioso patrimônio da chamada Arquitetura Moderna que, apesar de desconhecido do grande público, vem sendo prestigiado internacionalmente desde os anos 1940, com a exposição Brazil Builds, organizada pelo Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMa), em 1942, que exibiu três projetos pernambucanos. O tema, objeto de estudos da arquiteta e urbanista Guilah Naslavisky, foi transformado no livro “Arquitetura moderna no Recife 1949 – 1972”, que será lançado no dia 28 de fevereiro, às 18h30, no Museu da Cidade do Recife.
O importante legado arquitetônico de Rino Leviestá perdendo mais uma de suas obras. O discreto edifício Nicolau Schiesser, localizado na Rua Augusta, em São Paulo, de 1933 começa a ser demolido.
Com 81 anos de idade, esta obra de Levi imergiu no anonimato durante os anos 80, após 50 gloriosos anos em que foi reconhecido pelas suas sacadas curvas e linhas delicadas. Acompanhando o frenesi da Augusta dos anos 80, os donos dos apartamentos começaram a estabelecer comércios voltados para a calçada, descaracterizando o desenho original de Levi.
Luis Barragán foi, com certeza, um dos arquitetos mais influentes do México. No entanto, o legado de Barragán está ligado a um grande número de casas particulares, muitas delas bastante conhecidas no mundo da arquitetura.
A década de 1960 transborda seus limites temporais; estes anos estão mais vivos do que nunca. Apesar das notícias em contrário, a modernidade também segue viva, se bem tenha passado, ao longo do século, de vanguarda a tradição. E se bem consideradas, muitas das práticas correntes do cenário profissional arquitetônico e urbano atual tem suas raízes e fundamentos preferencialmente no patrimônio e legado dos otimistas, progressistas e variados anos 1955-75.
Oscar Niemeyer nunca foi um erudito, nunca lhe interessou as teorias, os jargões, os clichês. Seu traço torto sempre foi preciso. Sempre levou consigo o peso de suas ideais. Ou, talvez, era somente uma ideia que tinha, simples e inocente: presentear beleza ao mundo. E assim o fez. Presenteou mais de quinhentas obras aos homens de diversas nações, durante seus cento e quatro anos de vida dedicados à arte da arquitetura.
A nossa compreensão de beleza, as nossas exigências quanto à mesma, fazem parte da ideologia humana e evoluem incessantemente com ela, o que faz com que cada época histórica tenha sua lógica de beleza. Assim, por exemplo, ao homem moderno, não acostumado às formas e linhas dos objetos pertencentes às épocas passadas, eles parecem obsoletos e às vezes ridículos.
O prédio paulista do IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil), ícone modernista dos anos 50, se encontra há tempos em estado de degradação. Seis décadas após sua construção – que só foi possível graças a uma vaquinha entre alguns arquitetos modernistas – um novo financiamento coletivo, organizado pelo IAB-SP, busca devolver ao edifício o prestigio que o tempo e a falta de cuidados lhe tomaram.
Merete Ahnfeldt-Mollerup é professor associado em The Royal Danish Academy of Fine Arts. Este artigo aparece originalmente em GRASP.
Arquitetura é inseparável do planejamento, e o grande desafio para a geração atual é o crescimento e o encolhimento das cidades. Algumas, principalmente no hemisfério Sul, estão crescendo exponencialmente, enquanto antigos centro globais no Norte estão se tornando rurais. No Sul a população ainda cresce muito, enquanto diminui na Europa, Rússia e nordeste da Ásia. O sonho do efeito Bilbao se baseou na esperança de haver uma solução rápida para os dois problemas. Bem, não há.
Prefeitura anuncia a desapropriação de 24 edifícios, dentre os quais alguns ocupados por famílias sem-teto. A iniciativa visa criar 20 mil unidades habitacionais na região do centro de São Paulo.
A Secretaria Municipal de Habitação de São Paulo (Sehab) anunciou a desapropriação de 24 prédios de particulares no centro de São Paulo, visando à implementação de programas habitacionais. Alguns dos quais, como os hotéis Cambridge e Othon, abrigam hoje em dia aproximadamente 4,5 mil famílias pertencentes a movimentos de moradia que serão atendidas prioritariamente pelos programas.
Depois da competição para o plano geral, no final de maio de 1951, para o Instituto de Jyväskylä de pedagogia, foram iniciados os trabalhos sobre os planos de cada um dos edifícios individuais que seriam adicionados ao complexo existente. O desenho em U formado pela implantação dos edifícios organiza um espaço central aberto, que recebe um campo de esportes que serve ao conjunto.
Uma composição de espaços públicos e privados distancia discretamente a casa da rua, sob uma série de planos horizontais. Ao criar esta sobreposição de planos, o espaço interior se expande ao exterior, ao mesmo tempo em que cria certo enclausuramento. Um enorme balanço sobre a varanda se estende três metros de seu ponto estrutural mais próximo.
A casa de David e Gladys Wright, especialmente desenhado por Frank Lloyd Wright para o seu filho David, no Arizona, acredite ou não, estava a seis meses com perigo de demolição. Em julho deste ano, a casa foi vendida para alguns investidores cujo desejo era derrubar a construção e dividir o terreno em duas partes. Desde que essa situação se iniciou, o Frank Lloyd Wright Building Conservancy, arquitetos, parentes, etc, têm se esforçado para manter a casa, cujo valor para a família Wright como para arquitetos e preservacionistas é incalculável.
Dois cilindros interseccionados abrigam uma residência e um estúdio de arquitetura. O primeiro, ligeiramente mais baixo que o outro, recebe a fachada de entrada: um grande pano de vidro que corta o volume cilíndrico. O segundo, posterior ao primeiro, cria a fachada emblemática da casa: uma composição de janelas hexagonais na parede curva de tijolos.