Espaços imersivos são ambientes altamente sensoriais destinados a criar experiências impactantes criadas por meio de uma arquitetura com curadoria de luzes, imagens, sons e às vezes até mesmo cheiros. "Imergir" é ser envolto em um mundo moldado por estímulos sensoriais imediatos. Usar ferramentas digitais para criar esses ambientes e exibir arte, exposições cativantes e apresentar eventos de performance tornou-se cada vez mais popular. Experiências evocativas como essas podem oferecer um alívio da inundação de conteúdo digital personalizado e promover encontros compartilhados e fundamentais. O projeto desses ambientes pode existir na interseção da arquitetura, do design gráfico, da arte visual, do design de iluminação, da música e da performance. Eles destacam o poder da colaboração interdisciplinar para criar momentos memoráveis. Então, qual é o papel da arquitetura na formação desses ambientes?
Art: O mais recente de arquitetura e notícia
Nova tecnologia permite criar superfícies mais texturizadas e expressivas em projetos de arquitetura
Os avanços na tecnologia de impressão 3D estão progredindo num ritmo sem precedentes, acompanhados pelo aumento na capacidade computacional para manipular e criar geometrias complexas. Essa sinergia oferece aos arquitetos um alto grau de liberdade artística em relação às texturas que podem ser geradas, graças à alta resolução e à capacidade de fabricação rápida. Se as dificuldades técnicas inerentes à produção estivessem fora de questão e os arquitetos pudessem esculpir virtualmente qualquer coisa em uma fachada, o que eles fariam?
Festivais de música em 2023: a interseção entre arte, tecnologia e arquitetura
Festivais de música podem oferecer a artistas, designers e arquitetos uma plataforma para apresentar seu trabalho para grandes multidões. A própria escala dessas instalações, o espaço para exploração artística e o vasto público que alcançam podem representar aos designers uma oportunidade para mostrar suas ideias. Através da escala, cor, imagens e iluminação, essas instalações criam impressões duradouras nas pessoas que frequentam esses eventos e naqueles que as veem através de notícias ou redes sociais. Alguns temas explorados este ano incluíram reformular elementos familiares de formas inéditas, geometrias abstratas de grande escala e o uso de materiais inovadores.
Museu das Migrações em Roterdã contará as histórias dos fluxos migratórios globais
O Museu FENIX, projetado por MAD Architects, está previsto para inaugurar em 2025 no porto da cidade de Roterdã. O espaço pretende contar as histórias das migrações globais através do encontro entre arte, arquitetura, fotografia e história. O museu começou a ser construído em 2020, quando as primeiras imagens do projeto foram divulgadas. A MAD Architects está também colaborando com o Bureau Polderman para restaurar um armazém histórico de 1932, que será a base e o ponto inicial da experiência museológica.
Dissolver os contornos entre arte e arquitetura: conhecendo a obra de Diogo Aguiar Studio
As interseções entre arte e arquitetura são muitas: a fruição estética, a composição de elementos formais, a relação com o lugar, a abstração, entre outras inúmeras. As combinações possíveis entre aspectos desses dois campos do conhecimento faz com que cada escritório de arquitetura (ou artista) destaque-se em sua prática e linguagem. O Diogo Aguiar Studio é um dos escritórios de arquitetura que explora esses cruzamentos entre arte e arquitetura, e distende os contornos que separam um campo do outro.
Essa atuação entre arquitetura e arte informa e move cada projeto, resultando em um trabalho que não apenas busca atender as necessidades funcionais, mas também explora novas fronteiras no que diz respeito à pesquisa espacial. Destacam-se especialmente a pesquisa material e sensorial de espaços arquitetônicos e artísticos imersivos.
Artista japonês cria complexos modelos tridimensionais de papel
A exposição "Paperworks" do artista japonês Katsumi Hayakawa explora a impressão da densidade arquitetônica através de delicadas instalações feitas de papel. As complexas esculturas foram todas produzidas manualmente, peça a peça, com papel e cola, criando uma inspiradora montagem de cenários urbanos sobrepostos das mais variadas escalas. A seguir, mais informações e imagens sobre o trabalho de Hayakawa.
O artista Mark Lascelles Thornton fala sobre sua obra "The Happiness Machine"
Há pouco mais de ano, publicamos uma ilustração em andamento que fisgou nossa atenção e imaginação pela combinação de sua enorme escala e seu detalhamento meticuloso. Agora, "The Happiness Machine," um desenho de 2,44m x 1,52m, de Mark Lascelles Thornton, está completo, após três anos e mais de 10 mil horas de trabalho árduo.
Lascelles Thornton, um artista autodidata que mora em Londres, que descreve a si mesmo como "uma daquelas crianças que estava desenhando antes mesmo de caminhar", concebeu a obra como resposta pessoal à crise financeira global, focando em temas socioeconômicos como consumismo, globalização, escassez de recursos, urbanismo e arquitetura. Nós conversamos com Lascelles Thornton sobre sua obra, discutindo os temas da peça e o compromisso - ou, como ele descreve, "engenharia emocional" - necessária para esta empreitada colossal.
Leia a entrevista completa e veja algumas imagens detalhadas do trabalho, a seguir.
Ilustrações dos estádios da Copa no Mundo no Brasil, por André Chiote
Em comemoração à Copa do Mundo no Brasil, o arquiteto e ilustrador André Chiote produziu uma série de ilustrações sobre os estádios mais icônicos da competição. Comparando a importância social desses estádios à importância de Catedrais, Chiote acredita que "estes novos objetos arquitetônicos são marcos na paisagem das cidades que perpetuarão como um legado cultural e social", e ilustra essas estruturas através de uma estética abstrata que faz uso das cores da bandeira brasileira. Veja, a seguir, a série completa de ilustrações de Chiote.