Responsável por atingir o marco de maior artista em integração da arte na arquitetura no território nacional, de forma que nenhum outro artista atingiu o tamanho de sua Obra Institucional, Athos Bulcão uniu a tradição da azulejaria à inventividade da composição aplicada na Arquitetura.
A tradição ceramista, que nasce de nossas raízes remontando as origens portuguesas através dos painéis figurativos compostos por pequenos módulos cerâmicos pintados, ganhou destaque a partir do período moderno através de nova vertente trazida pela produção dos azulejos abstratos geométricos.
Arte e arquitetura nunca estiveram tão próximas como atualmente. Mas seria a mescla positiva? Em seu livro, Hal Foster critica o mau uso da arte na arquitetura e a obsessão em juntar as duas em projetos arrojados, mas esvaziados de sentido. Já a condição de complexo, cujas significações abrangem desde o léxico psicanalítico até a designação de grandes aparatos sociais – como um “complexo industrial-militar” –, é, segundo o autor, um aspecto definidor da cultura atual e permite compreender fatores sociais e econômicos do mundo contemporâneo.
Pela primeira vez, painéis de seis artistas pernambucanos servirão como base para as peças de decoração do festejo carnavalesco. Ao valorizar a arte urbana para decorar o evento em 2017, Recife demonstra como as cores transformam e alegram a paisagem urbana.
O encontro entre CAMPO e o FRAC Centre Val de Loire, de Orléans, produziu o MISUNDERSTANDINGS: um projeto que, ao abordar um dos mais importantes arquivos de experimentações arquitetônicas em todo o mundo, propõe uma reflexão sobre o valor operacional de museus e coleções para o discurso contemporâneo e para a prática da arquitetura.
VOID é uma instalação sensorial interativa criada em Nova York pelos artistas Sergio Mora-Díaz, Oryan Inbar e Jordan Backhus, a qual manipula a luz através do espaço físico para gerar uma experiência de caráter transcendente e mediativo, inspirada pelo céu cósmico e os fluxos de informação.
A instalação é composta por um conjunto de telas translúcidas, imagens generativas projetadas de maneira digital e sensores que respondem visualmente e em tempo real às proximidades e movimentos de seus visitantes.
A dificuldade de se pensar sobre a arquitetura brasileira vem sendo enfrentada continuamente por arquitetos, historiadores, teóricos, críticos e pelos demais profissionais que se detém a analisar reflexivamente as amplas questões relacionadas ao tema. Nesse sentido, o olhar artístico, ao tangenciar e instigar reflexões sobre o assunto, também pode contribuir para os debates em curso sobre a historiografia da arquitetura brasileira. Para tanto, pode-se tomar como exemplo a obra “Transarquitetônica”, proposta pelo artista Henrique Oliveira, em 2014, no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo.
Na sua primeira exposição em Portugal realizada na Galeria Baginski, o arquiteto e artista plástico FELIPE ARTURO (Bogotá, 1979) apresentou duas instalações Variations of unifinished concrete chairs e Verso Anverso, que dá nome à exposição.
https://www.archdaily.com.br/br/792581/arte-e-arquitetura-variations-of-unfinished-concrete-chairs-por-felipe-arturoEquipe ArchDaily Brasil
As cidades são, por natureza, lugares que estão em constante movimento. No Brasil temos acompanhado, especialmente nos últimos anos, transformações de várias ordens: gentrificação, especulação imobiliária, grandes investimentos, desrespeito ao patrimônio histórico e simbólico. Paralelo a isso, observamos uma retomada dos espaços públicos como lugar de convívio, de política, de realização pública e coletiva de projetos. Essa retomada, em grande medida, é também uma resposta aos processos políticos envolvendo a esfera pública no Brasil e no mundo.
Neste contexto, uma série de projetos artísticos vêm sendo realizados no espaço público/urbano, sob os mais diversos nomes, como “intervenção urbana”, “arte participativa”, "colaborativa”, “relacional”, “contextual”... Esses trabalhos existem dentro de uma perspectiva que envolve um ideal de dissolução da arte nas esferas públicas e o redesenho político das práticas artísticas.
O livro Arte para uma cidade sensível, trás uma série de trabalhos de arte realizados nos espaços públicos brasileiros desde os anos 2000 e oferece material de reflexão sobre essas práticas. A intenção é ampliar a compreensão do papel da arte na produção de novos imaginários, através de obras e diálogos sobre a cidade e o cotidiano urbano.
Veja o livro completo e outras informações, a seguir.
O ensaio a seguir, intitulado "O Condomínio Absoluto", foi escrito pelo arquiteto Carlos Teixeira, do escritório Vazio S/A, e consiste em uma narrativa fantástica que conta a história da construção da São Paulo Tower, um colossal arranha-céu que seria supostamente construído na região central de São Paulo. Os desenhos que acompanham o texto são de autoria do ilustrador português Vasco Mourão, que trabalha para o jornal The New Yorker.
"Acredito que cada qual tem uma perspectiva particular do mundo que habitamos: podemos estar muito próximos e muito distantes ao mesmo tempo. Por este jogo com a gravidade, para representar esse "estar" num mesmo lugar, o ocupando de formas muito diversas". Assim define a artista, Cinta Vidal, o motivo de suas ilustrações.
Com pintura acrílica mate sobre painéis de madeira nobre, criam-se espaços fictícios, os quais ganham vida graças aos detalhes cotidianos que agrega.
Mário Rúbio é natural de Fortaleza/CE e vive em Natal desde 1999, onde estudou Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Inspirado pelas brincadeiras com a filha e os desenhos animados que assistiam juntos, o arquiteto passou a imaginar como seriam grandes ícones da arquitetura moderna representados em estilo cartoon. Assim, surgiu a lúdica série Archicartoon.
O artista e ilustrador francês Vincent Mahé compartilhou conosco seu trabalho mais recente. Trata-se de uma série de ilustrações feitas para uma edição especial da revista Telerama, que retratam a vida do renomado arquiteto franco-suíço, Le Corbusier. Em somente oito páginas, o artista destaca os feitos mais relevantes da passagem deste inesquecível personagem pela terra. Feitos que sem dúvida mudaram o fazer arquitetônico contemporâneo, que tornaram-se conhecimento geral para a indústria e que hoje podemos ver refletidos em tons de verde e rosa, com extrema clareza e cuidado que apresenta o trabalho de Mahé.
Em 2015 a seção "Arte e Arquitetura" apresentou as mais variadas manifestações artísticas que envolvem o campo arquitetônico. As publicações mais vistas do ano demonstram um pouco desta diversidade que engloba projetos que ocorreram no Brasil, assim como ilustrações que desafiam o espaço arquitetônico e lúdicas intervenções pelas cidades.
Se inspire com os 13 artigos mais vistos do ano, a seguir.
VJ Suave está por trás do projeto Suaveciclos - triciclos adaptados com computador, projetor e bateria - que levam projeções pra rua e transmitem às pessoas mensagens através de desenhos, animações e poesias.
Arquiteto Juan Luis Lopez, diplomado em 1980 na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Nacional de Córdoba, apresenta Aldeas, uma série de ilustrações onde a "lógica e o irracional, a realidade e a fantasia dão lugar a um universo imaginário povoado por ilusões".
O artista latino americano se permite olhar para a Idade Média com certa distância inserindo"perspectivas irreais, multifocais, multidirecionais, multidimensionais e técnicas de anamorfismos, deliberadamente utilizadas em procura de uma distorção lúdica das imagens."
Veja a seguir a coleção de Aldeas por Juan Luis López.
Na até então desconhecida região costeira de Weston-Super-Mare (Inglaterra), foi inaugurada no dia 22 de agosto a Dismaland, "um parque de arte, diversões e anarquismo" como descreveu Banksy, líder do projeto (sim, isso é verdade e os ingressos estão à venda) que recebe 18 trabalhos seus, além de obras de 58 outros artistas de 15 países, entre os quais Damien Hirst, Escif, Kate McDowell e Jenny Holzer.
Justificando seu nome - um jogo de palavras entre Disneylandia e dismal ("melancolia" o "desânimo" em inglês) -, o lugar é o antônimo da clássica visão adocicada vendida pelos parques temáticos: um castelo deteriorado, uma área de controle de segurança construída de papelão e réplicas de balsas de refugiados em um espetáculo aquático são algumas das principais atrações de um parque que busca questionar a arte, o corporativismo, o museu enquanto tipologia e os "espectadores de arte".
O impacto dos seres humanos no meio ambiente é um tema que está sendo abordado por especialistas de diversas áreas do conhecimento devido à necessidade em mudar nosso modo de vida, sobretudo em relação ao consumo. Esse sentido de urgência é potencializado por estimativas da ONU que apontam que, até o ano de 2050, o planeta deverá suprir as demandas de 9,6 bilhões de pessoas.
Na última comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente, realizada no dia 5 de junho, a organização concentrou seus esforços em demonstrar a necessidade de cuidar de nossos recursos naturais, sobretudo de três deles: a água, a energia e os alimentos.
Sua importância faz com que artistas de todo o mundo apresentem diferentes abordagens ao tema, usando suas habilidades e os muros das cidades para criar mensagens que deixam bastante claro que não podemos continuar explorando o meio ambiente indiscriminadamente.
Veja, a seguir, uma seleção realizada pelo site Novenus que inclui murais realizados por artistas como Banksy, Blu e Os Gemeos.
O artista francês Thomas Lamadieu se tornou conhecido por suas ilustrações produzidas nos espaços de céu entre os edifícios, fotografados do nível do solo com uma lente olho de peixe.
Com o pseudônimo Roots Arts, o artista publicou em 2014 uma série de ilustrações intitulada SkyArt, que mostrava uma percepção diferente da arquitetura urbana e do meio ambiente ao nosso redor.
Apresentamos desta vez uma galeria com novas ilustrações das séries SkyFace e SkyDesign, que diferem da anterior por se desenvolverem em torno de arranha-céus, incluírem elementos que articulam essas arquiteturas e incorporarem aspectos da natureza.