O ambiente construído do Cazaquistão é definido por uma história complexa. Como uma república constitucional com um patrimônio cultural diversificado, a arquitetura do país inclui tradições contrastantes, desde a integração de edifícios com a paisagem até o contrário. Hoje, uma mistura de torres e monumentos futuristas fala de um legado arquitetônico atípico, e uma série de projetos modernos mostra como os arquitetos estão trabalhando para construir uma nova narrativa para o país.
Os escritórios Fundamental Architects e Omega Render, com sede em Roterdã, projetaram um icônico arranha-céu e uma ponte sobre o rio Ishim, no Cazaquistão. Feito para o maior empreendedor do país, o BI GROUP, o prédio de uso misto de 75.000 metros quadrados está situado no coração de Astana. Chegando a uma altura de 121 metros sobre o rio Ishim, o edifício está prestes a abrigar residências, escritórios, hotéis e funções comerciais como um centro de infra-estrutura.
Sob a ameaça do fim da hegemonia de 1046 anos do Cairo como capital do Egito, mês passado o governo do Egito anunciou suas intenções de criar uma nova capital, ainda a ser nomeada, a leste do Cairo. A promessa da "Nova Cairo", com uma escala absurda de mais de 700 quilômetros quadrados, atraiu manchetes ao redor do mundo; um empreendimento de 45 bilhões de dólares em habitação, comércio, marcos emblemáticos - entre os quais um parque temático maior que a Disneylândia - projetados para atrair turistas de todas as partes do globo. E é claro, os planos incluem a promessa de residências para, pelo menos, 5 milhões de residentes, com um vasto número de escolas, hospitais e edifícios religiosos e comunitários que uma cidade moderna requer, fazendo a nova capital do Egito a maior cidade planejada da história.
A ideia de construir uma nova cidade capital surgiu em diversos governos na história; uma forma de começar do zero, estimular a economia e colocar visões próprias de mundo em pedra e concreto. Até mesmo a antiga Cairo foi fundada com propósito de ser a cidade capital, embora o desenho urbano tenha sido alterado desde então. E continua a mudar hoje; veja a lista completa de diferentes formas de construir uma cidade totalmente nova, a seguir.
O escritório com sede em Chicago Adrian Smith + Gordon Gill Architecture (AS+GG) foi eleito vencedor da competição para a Exposição Mundial de 2017 em Astana, Cazaquistão. Selecionado dentre 105 participantes, que incluíam Coop Himmelb(l)au, Zaha Hadid Architects e UNStudio, o projeto de 173 hectares de AS+GG toma o mote da Expo "Future Energy" (Energias Futuras) e propõe a "primeira cidade da Terceira Revolução Industrial".
Projetado para o tema da Expo 2017, "A Energia do Futuro", a proposta do escritório Saraiva + Associados foi recentemente selecionado como um dos 10 finalistas na competição. Seu conceito propõe um marco duradouro na cidade de Astana, integrando as energias renováveis, eficiência, tecnologias limpas e sustentabilidade em uma arquitetura habitável e viável, onde "Energia é Vida". A partir do master plan para os edifícios individuais, este projeto abraça a ideia de que "a vida deve ser construída com a conservação da energia" e claramente faz uma declaração de que as questões de energia em edifícios e planejamento urbano devem ser postas em ação imediatamente - e a melhor maneira para fazê-lo é através de conceitos contemporâneos de alta qualidade que integram tecnologias eficientemente comprovadas em projetos viáveis que podem fazer a diferença hoje. Mais imagens e descrição dos arquitetos a seguir.
Zaha Hadid Architects, Coop Himmelb(l)au, UNStudio, e Snøhetta são alguns dos 45 escritórios pré-selecionados para projetar a Expo 2017 em Astana, Cazaquistão. Cada escritório, selecionado dentre mais de 100 ao redor do mundo, enviou sua própria interpretação do tema da Expo: "Future Energy". Em setembro deste ano o júri anunciará qual destas diferentes visões melhor representa a primeira feira mundial que o país recebe.
"O tema de nossa exposição está intimamente relacionado com a "economia verde", que leva em consideração a possibilidade de se utilizar fontes alternativas de energia - além de autonomia em relação à água e aquecimento - em cada construção," disse o presidente do Cazaquistão, Nursultan Nazarbayev.
