O escritório libanês GM Architects apresentará seu “Museu da Civilização” na exposição Time Space Existence, na Bienal de Veneza 2014. O escritório será o único grupo representando o Líbano na exposição desse ano. Seu projeto de museu aborda o tema da Bienal - Fundamentals - ao explorar a base histórica da cultura arquitetônica no rico e diverso contexto de seu país de origem.
Beirut: O mais recente de arquitetura e notícia
GM Architects analisa a história multicultural de Beirute na Bienal de Veneza 2014
O Novo "Contexto" em Arquitetura: Aprendendo com o Líbano
O "contexto" em arquitetura se tornou um assunto alvo de discussões e debates ao longo dos anos. E, na realidade, não possui uma grande relevância no sentido formal e tipológico. Tomemos, por exemplo, as formas fluidas que compõem as centenas de projetos de Zaha Hadid ao redor do mundo, ou as composições explodidas de Frank Gehry vistas na África do Sul e também no inconfundível Guggenheim de Bilbao. A forma que a arquitetura toma nestes casos, e em diversos outros, é uma completa desconsideração ao contexto em seu sentido literal.
Mas é um erro desconsiderar o contexto? Os observadores diriam freqüentemente que sim, embora eu discorde. Tem se tornado frequente que projetos desta natureza, abertamente formais e nem sempre bem ajustados em relação aos seus entornos históricos, tomem um posicionamento quanto às questões urbanas que têm impacto direto sobre os habitantes da cidade. É muito simples, hoje em dia, uma arquitetura bem sucedida é aquela que serve culturalmente e praticamente à sociedade, abordando os problemas das cidades do século XXI e lidando com o contexto de maneira a buscar soluções, indo além da estética (cujo valor é apenas temporário) e em direção a um urbanismo que investe no futuro. Um exemplo? A cidade onde moro: Beirut, Líbano.
Exemplos no Líbano que ilustram esta nova abordagem ao contexto na continuação.