Quando foi escolhido pela Biennale di Venezia para dirigir a 17ª Exposição Internacional de Arquitetura, Hashim Sarkis desafiou os curadores nacionais a responderem uma pergunta urgente e nada fácil: como viveremos juntos? Nem ele, nem os curadores, nem ninguém esperava o que estaria por vir. Passado um ano e meio de pandemia global, a pergunta assume novos significados e apresenta, certamente, desdobramentos outros que extrapolam qualquer noção previamente vislumbrada pela organização do evento.
Neste contexto de incertezas globais, informada por um país marcado pela desigualdade social, Utopias da vida comum – título da participação brasileira elaborada pelos Arquitetos Associados em colaboração com o designer visual Henrique Penha – busca estabelecer um diálogo entre o passado moderno e um futuro possível (e melhor) para as cidades brasileiras. Tivemos a oportunidade de conversar com o arquiteto Carlos Alberto Maciel sobre a mostra que ocupará o Pavilhão do Brasil na Bienal de Arquitetura de Veneza. Leia a seguir: