No País dos Arquitectos é um podcast criado por Sara Nunes, responsável também pela produtora de filmes de arquitetura Building Pictures, que tem como objetivo conhecer os profissionais, os projetos e as histórias por trás da arquitetura portuguesa contemporânea de referência. Com pouco mais de 10 milhões de habitantes, Portugal é um país muito instigante em relação a este campo profissional, e sua produção arquitetônica não faz jus à escala populacional ou territorial.
Neste episódio, Sara conversa com os arquitetos Carlos Azevedo, João Crisóstomo e Luís Sobral do depA architects sobre a exposição do projecto In Conflict, a representação portuguesa na Bienal de Arquitetura de Veneza. Ouça a entrevista e leia a transcrição da conversa, a seguir:
Para além da contribuição de participações nacionais, a Bienal de Arquitetura de Veneza 2021 convida arquitetos e investigadores a expor os seus trabalhos entre o Pavilhão Central do Giardini, o Arsenale e o Forte Marghera, procurando responder ao tema geral “Como viveremos juntos? ”, definido pelo curador Hashim Sarkis. Com 113 participantes de 46 países e uma representação cada vez maior da África, América Latina e Ásia, essas contribuições arquitetônicas destacam desafios globais e contextuais, bem como apresentam soluções multidisciplinares e criativas.
A 17ª Exposição Internacional de Arquitetura, que ocorre de 22 de maio a 21 de novembro de 2021, divide esses projetos entre os seguintes títulos: Co-Habitats, Stations, Among Diverse Beings, As New Households, As Emerging Communities, Across Borders e As One Planet. Após ter explorado as qualidades recorrentes observadas nos pavilhões nacionais, esta reportagem destaca o restante das intervenções pelas lentes de Laurian Ghinitoiu.
A 17ª Bienal de Arquitetura de Veneza convidou arquitetos para refletir sobre o tema "Como viveremos juntos", suscitando várias respostas e interpretações. A Mostra Internacional, que acontece no Giardini, Arsenale e no Forte Maghera, apresenta 113 participantes na competição, vindos de 46 países, cujas contribuições estão organizadas em cinco escalas: Entre Seres Diversos, Como Novos Domicílios, Como Comunidades Emergentes, Entre Fronteiras e Como Um Planeta. Os participantes a seguir exploram uma variedade de assuntos, levando a uma reflexão holística do coletivo em relação a questões que vão desde o ambiente urbano e natural, até a ação climática ou o relacionamento com outras espécies.
Concebido pelo Atelier Marko Brajovic, o projeto ROOTS - mangrove ecosystem participa da exposição Future Assembly, com curadoria do Studio Other Spaces, do artista plástico Olafur Eliasson e do arquiteto Sebastian Behmann, que responde ao tema Como vamos viver juntos? proposto por Hashim Sarkis, curador da 17ª Mostra Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza. O projeto conta com uma maquete de impressão 3D, desenhos à mão e vídeos, que permanecem abertos à visitação até 21 de novembro de 2021 no Giardini.
Future Assembly tem como objetivo introduzir na Bienal de Arquitetura de Veneza o sistema de valores multilateral alternativo das Nações Unidas, refletindo sobre os últimos 75 anos de multilateralismo da ONU e imaginando novos futuros sobre como podemos nos unir de forma colaborativa. O Atelier acredita que um multilateralismo futuro deve expandir-se além da visão de mundo centrada no homem para uma reunião mais do que humana.
https://www.archdaily.com.br/br/965409/atelier-marko-brajovic-explora-raizes-de-manguezais-em-instalacao-na-bienal-de-veneza-2021Equipe ArchDaily Brasil
Desde 1895, a Bienal de Arquitetura de Veneza acontece em diferentes espaços da cidade italiana, reunindo o que há de mais representativo em termos de produção arquitetônica de diversos países. O que se compreende como Bienal de Arquitetura de Veneza, na verdade, é a mostra internacional de Arquitetura que faz parte de um conjunto de exposições multidisciplinares. A Bienal de Veneza, enquanto instituição e enquanto evento, envolve a organização e promoção simultânea de mostras e festivais internacionais que incluem, por exemplo, os de Arte, de Cinema, de Dança Contemporânea, de Teatro.
O escritório Zaha Hadid Architects foi convidado a expor na 17ª Exposição Internacional de Arquitetura — A Bienal de Veneza de 2021. Intitulada de ‘Ecologias Urbanas de Alto Desempenho’- ‘High-performance Urban Ecologies’. A instalação responde ao tema das Comunidades Resilientes, exibindo o Alis Meeting Pod, uma estrutura modular projetada para o Masteplan da Unicorn Island, que está atualmente em construção em Chengdu, na China. A instalação está exposta no Giardino delle Vergini, na entrada do Pavilhão italiano.
Benedetta Tagliabue - Miralles Tagliabue EMBT participa da 17ª Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza com uma instalação que detalha o pensamento do projeto por trás do Masterplan Plateau Central em Clichy-Montfermeil, Paris. Intitulada Living within a Market - Outside space is also Home (Viver dentro de um Mercado - O espaço exterior é também Casa), a exposição apresenta uma série de modelos, desenhos, protótipos e colagens que ilustram os princípios de construção de comunidade e integração social que direcionam o projeto. A instalação também traz a Veneza uma estrutura de exibição projetada por Enric Miralles em 1996, reproduzida pela primeira vez este ano para a série de exposições Miralles em Barcelona.
Convidados a participar da 17ª Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza, os arquitetos da Skidmore, Owings & Merrill (SOM) apresentam Life Beyond Earth, uma intervenção que retrata um vilarejo na lua. Desenvolvido em parceria com a European Space Agency (ESA), a instalação apresenta uma proposta para um ecossistema sustentável que tem como objetivo habilitar a presença humana na lua, explorando a oportunidade para expandir o escopo da arquitetura. O projeto reafirma a importância da exploração do espaço, ao mesmo tempo que destaca seu potencial para avançar com reflexões sobre como isso pode ajudar a vida na Terra.
A 17ª Bienal de Arquitetura de Veneza está em andamento, revelando uma ampla gama de respostas à pergunta "Como viveremos juntos". Com 60 pavilhões nacionais, inúmeras contribuições de arquitetos convidados de todo o mundo e vários eventos paralelos, a edição deste ano reafirma o papel da Bienal como uma plataforma para investigação, exploração e pensamento disruptivo em arquitetura. A declaração original do curador Hashim Sarkis convocou os arquitetos "a imaginar espaços nos quais possamos viver juntos com generosidade". As circunstâncias recentes tornaram a questão ainda mais relevante, levando a uma reavaliação holística de como o mundo, como um coletivo, pode enfrentar mudanças e desafios de uma escala sem precedentes, desde o papel perturbador da tecnologia até a desigualdade, a migração em massa e as mudanças climáticas. As contribuições nacionais a seguir refletem sobre "como viveremos juntos" em meio às mudanças climáticas, explorando ideias para um futuro mais sustentável.
Esta edição da Bienal de Veneza conta com 112 participantes de 46 países, com 60 pavilhões e exposições nacionais no Giardini, Arsenale e no centro histórico da cidade. Além disso, a mostra internacional recebe pela primeira vez três países: Granada, Iraque e Uzbequistão.
Intitulada In Conflict, a participação de Portugal na Bienal de Arquitetura de Veneza 2021 tem curadoria de Carlos Azevedo, João Crisóstomo e Luís Sobral, do escritório depA architects, com participação de Miguel Santos como curador adjunto, e lança luz sobre o espaço público enquanto palco de forças opostas, confronto de ideias e coexistência social. Respondendo diretamente à questão "como viveremos juntos?", posta pelo curador geral da Biennale Architettura, Hashim Sarkis, a participação portuguesa foca em sete projetos de habitação coletiva que foram alvo de confronto e discussão pública.
Intitulado Who is We?, o Pavilhão dos Países Baixos na 17ª Exposição Internacional de Arquitetura - La Biennale di Venezia desconstrói conceitos normais de espaço, visualizando o que muitas vezes é esquecido por trás das estruturas que tipicamente definem os espaços urbanos. Com curadoria de uma equipe liderada por Francien van Westrenen, o pavilhão permanece em exibição até 21 de novembro de 2021.
Para a edição deste ano da Bienal de Arquitetura de Veneza, o Pavilhão do Japão nos convida a refletir sobre o movimento de bens e mercadorias, sobre o consumo de massa, a sustentabilidade e o reaproveitamento de materiais na arquitetura. Intitulado Co-propriedade de Ação: Trajetórias de Elementos e com curadoria de Kadowaki Kozo, o Pavilhão Japonês para a Biennale deste ano será construído a partir da estrutura de uma tradicional casa japonesa de madeira, a qual será desmontada, enviada para Veneza e então reconstruída e ressignificada através do uso de novos materiais e soluções construtivas. Desta forma, o Pavilhão do Japão procura demonstrar que materiais e estruturas existentes podem ter uma segunda vida, colocando em cheque a crescente demanda por novos insumos e matérias primas, abraçado a reutilização em detrimento do consumo.
“Quando usamos um banheiro, embora fechemos a porta ao entrar, nunca estaremos sozinhos. Muito pelo contrário. Ao adentrar nesse espaço, nos embrenhamos em uma rede de diferentes corpos, infraestruturas, ecossistemas, normas culturais e códigos sociais”. Embora banheiros sejam muitas vezes negligenciados, tratados apenas como uma infra-estrutura banal e necessária, eles são, na verdade, um território onde questões de gênero, religião, etnia, higiene, saúde e também economia são claramente definidas e expressas. Pensando nisso, Matilde Cassani, Ignacio G. Galán, Iván L. Munuera e Joel Sanders desenvolveram o projeto de dois pavilhões para a 7ª Mostra Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza, nos quais eles exploram o banheiros como um território de disputas políticas e sociais.
Respondendo ao tema, “Como viveremos juntos” de 115 maneiras diferentes, a Bienal de Arquitetura de Veneza 2021 deu as boas-vindas, fisicamente, ao grande público, em 22 de maio de 2021. Ao se abrir para o mundo, o tema atemporal, porém sensível ao contexto, gerou um coletivo imaginário, destacando um mundo que prefere viver junto a ficar separado. Construindo uma narrativa arquitetônica do presente, que reflete sobre um futuro resiliente, o interrogatório, feito pela primeira vez em 2019, ganhou mais relevância com a pandemia, que paralisou o mundo. Com muito otimismo e amor a arte, a mostra de arquitetura abriu as portas a um público ansioso e revelou qualidades recorrentes nas intervenções apresentadas.
Este é um breve adiantamento de "Próximamente: Visões a partir do território mínimo", o Pavilhão do Uruguai para a XVII Mostra Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza, que acontece entre 22 de Maio e 21 de Novembro deste ano.
O Pavilhão da Croácia para a 17ª Bienal de Arquitetura de Veneza, intitulado “Togetherness / Togetherless”, explora como a reciclagem e o reaproveitamento de estruturas arquitetônicas existentes pode ajudar a transformar a maneira como nos relacionamos com o espaço e com as outras pessoas. Com curadoria de Idis Turato, o Pavilhão Croata é composto por uma série de elementos reutilizados, aos quais são atribuídos novos significados e funções, permitindo a construção de um espaço completamente novo e aberto a diferentes formas de apropriação.