- Ano: 2015
Brussels: O mais recente de arquitetura e notícia
Brutopia / stekke + fraas
Rem Koolhaas pergunta: As cidades inteligentes estão condenadas à estupidez?
Originalmente publicado pela Comissão Europeia como parte da série "Digital Minds for a New Europe", esse artigo é uma transcrição editada de uma palestra proferida por Rem Koolhaas no encontro High Level Group sobre cidades inteligentes [Smart Cities] em Bruxelas no dia 24 de setembro de 2014.
Eu tive uma sensação de vazio enquanto ouvia as palestras dessas proeminentes figuras do campo das cidades inteligentes porque a cidade costumava ser o campo do arquiteto, e agora, francamente, eles fizeram dela seu domínio. Essa transferência de autoridade foi alcançada de um modo esperto ao chama-las cidades inteligentes - e ao chama-las de inteligentes, nossas cidades estão condenadas a serem estúpidas. Aqui estão algumas reflexões sobre a cidade inteligente, algumas das quais são críticas; mas ao cabo, está claro que aqueles na esfera digital e os arquitetos terão que trabalhar juntos.
Clássicos da Arquitetura: Pavilhão de Bruxelas 1958 / Sérgio Bernardes
Por Ana Luiza Nobre
Em Bruxelas, o terreno disponível tinha configuração irregular e cerca de 2500 m2. Tratava-se de um lote de declive bastante acentuado, em posição francamente desfavorável e marginal dentro do setor internacional da área da exposição (um parque de 200 hectares, a 7 km do centro de Bruxelas, que já havia sediado uma exposição internacional em 1935). O Pavilhão do Brasil tinha como seus vizinhos mais próximos os pavilhões do México, da França e da Inglaterra. Prevendo que o público, ao chegar ali, já estivesse exausto, Bernardes resolveu “desenrolar um tapete vermelho de concreto”[1]. O espaço para exposições foi definido então basicamente por uma rampa que se desenvolve sem interrupções em torno de um jardim central – projetado por Roberto Burle Marx – até chegar ao nível inferior, onde estão localizados o bar e o cinema. Com esta rampa de inclinação suave, recupera-se assim um elemento largamente utilizado em pavilhões expositivos, que Lucio Costa e Oscar Niemeyer já haviam explorado no Pavilhão do Brasil na Exposição Mundial de Nova York em 1938. Mas ao inverter o sentido da rampa, conduzindo a um movimento em princípio descendente, o projeto de Sergio Bernardes remete antes à solução mais incomum usada pouco antes pelos irmãos Roberto no edifício Marquês do Herval, no centro do Rio de Janeiro (1952).
Jaax / Atelier Pierre Hebbelinck
Clássicos da Arquitetura: Pavilhão Philips Expo 58 / Le Corbusier e Iannis Xenakis
O edifício ergue-se como uma tenda. Três pontas criam as formas hiperbólicas vindas de uma simples equação matemática. Uma fina casca composta por painéis de concreto pendurados por cabos de aço compõe o revestimento da estrutura, criando uma textura que enfatiza o movimento das formas com as diferentes direções em cada plano.