A mobilidade urbana é o tema da quinta edição do Seminário de Política Urbana Q+50, que acontece nos dias 19 e 20 de julho, amanhã e sábado, em Belo Horizonte – MG. Promovido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), o Seminário Quitandinha +50 MG visa ampliar a reflexão dos arquitetos brasileiros sobre a questão da mobilidade urbana, tema importante para o desenvolvimento das cidades e metrópoles e que vem sendo cada vez mais discutido na profissão.
Ciclovias: O mais recente de arquitetura e notícia
Programação da 5ª edição do Seminário Q+50 – Mobilidade Urbana
Exposição "Ciclo Rotas Centro - Uma malha cicloviária para o Centro do Rio de Janeiro"
O Rio de Janeiro está empreendendo a desafiadora tarefa de recuperar e revitalizar sua área central. Apostando que a articulação entre a requalificação do espaço público e a mobilidade em sua pequena escala – pedestres e ciclovias – tem um papel fundamental na construção de uma cidade mais humana e sustentável, desde julho de 2012 a Transporte Ativo, o ITDP Brasil e o Studio-X Rio iniciaram um estudo de mapeamento da demanda de uma malha cicloviária para o Centro do Rio de Janeiro, através de uma metodologia participativa que inclui o diálogo com ciclistas e demais indivíduos interessados na expansão da infraestrutura cicloviária na cidade.
A exposição Ciclo Rotas Centro apresenta os resultados deste trabalho, e convida a todos a participarem do diálogo sobre a mobilidade que queremos para nossa cidade.
Quais são as capitais brasileiras que já contam com sistemas de aluguel de bicicletas?
O sistema de aluguel de bicicletas urbanas já está consolidado em diversas cidades ao redor do mundo. Copenhague, Paris, Amsterdam e Nova Iorque são alguns dos lugares onde o sistema funciona há algum tempo e contam com uma infraestrutura de escala adequada, tanto em número de bicicletas, quanto de estações.
No Brasil algumas capitais e cidades menores já contam também com sistemas semelhantes: Bike Rio, Bike Sampa e Bike PoA, são alguns destes exemplos. O site TheCityFix Brasil fez um levantamento das capitais estaduais onde o sistema de aluguel de bicicletas já foi implantado. Confira a seguir:
Enrique Peñalosa aponta sete estratégias para melhorar a mobilidade urbana
Em visita à Florianópolis para o evento Fronteiras do Pensamento, Enrique Peñalosa apresentou uma palestra sobre um tema de sua especialidade: mobilidade urbana. Questão recorrente nos últimos anos em qualquer discussão sobre planejamento urbano e cidades, o assunto é visto, por Peñalosa, não apenas como uma questão de tráfego, mas de política, democracia e dignidade humana.
Em sua visita à Florianópolis - capital com o maior IDH do Brasil, mas com profundos problemas de mobilidade urbana – o ex-prefeito de Bogotá apontou e criticou muitos dos aspectos de como a capital catarinense trata o assunto da mobilidade e, por conseqüência, seus cidadãos.
"Isso é um desrespeito à dignidade humana", disse ao mostrar a fotografia de uma rodovia de cujo poste de iluminação pendia uma bicicleta pintada inteiramente de branca – sinal de que ali havia morrido um ciclista.
Entretanto, muito além de criticar, o ex-prefeito mostrou, com base em sua experiência na capital colombiana, alternativas de como melhorar a situação da cidade, dando especial atenção aos pedestres e às calçadas, espaço por excelência das vivências urbanas.
A seguir setes estratégias para qualificar a cidade:
Projeto Urbano: Ponte de Pedestres Rosemont, repensando a passarela
Florianópolis - SC anuncia investimentos em infraestrutura e segurança para ciclistas
O prefeito de Florianópolis - SC, Cesar Souza Junior, anunciou na semana passada que serão investidos, até o final do ano, R$ 1milhão em obras voltadas à segurança e infraestrutura para ciclistas.
Cerca de R$ 800 mil serão aplicados em intervenções de infraestrutura, como o nivelamento e ampliação das ciclofaixas e melhorias nas calçadas. O restante será utilizado em sinalização, sobretudo em locais de bastante movimento de bicicletas.
Os Corredores 2.0: Como integrar o transporte público na tarefa de fazer cidades?
As iniciativas anunciadas sobre os “Corredores 2.0”, orientadas a melhorar a qualidade do transporte público da cidade de Santiago, no Chile, abre-nos a possibilidade de assumir alguns desafios pendentes em nossas cidades, como a de pensar de maneira integral as relações entre a qualidade do transporte e a do espaço público que o recebem, pondo no centro da questão as necessidades do pedestre, que é habitante, transeunte e viajante cotidiano. Além disso, convida a assumir o papel que o transporte público deve cumprir no desenvolvimento urbano e social da cidade.
Barcelona no caminho para baixar em 30% a circulação de carros
Cerca de meio milhão de euros. Isto é o Barcelona deverá pagar à Comissão Europeia por não cumprir a normativa para a qualidade o ar. Sendo que este ano 70% da contaminação da cidade foi gerada pelo tráfego de automóveis, as medidas para reverter esta situação foram consideradas urgentes pelas autoridades.
Nos últimos meses, a cidade de Barcelona tem trabalhado na elaboração do novo Plano de Mobilidade Urbana (PMU) 2013-2018. Um de seus objetivos mais ousados é a redução – em cinco anos – de 30% da circulação de automóveis particulares. Para atingi-lo, as medidas não apostam tanto nas proibições, mas sim nos incentivos ao uso do transporte público e nas facilidades para pedestres e ciclistas. Em outras palavras, o PMU busca aumentar a eficiência de uma mobilidade urbana que, por sua vez, contribua com a segurança e com a melhoria da qualidade do meio ambiente.
Garrafas PET valem passagem de metrô em Pequim
Uma estratégia colocada em prática na China visa amenizar dois sérios problemas urbanos: a enorme quantidade de resíduos gerada nas cidades; e a questão da mobilidade, há muito comentada.
A ideia é incrivelmente simples, mas promete ser valiosa tanto para os cidadãos quanto para a cidade: pagar as passagens de metrô com garrafas PET. Duas estações de Pequim já contam com postos de troca, que estipulam valores segundo o tamanho e peso das garrafas, no entanto, a intenção é estender o projeto para toda a rede de transporte subterrâneo e sistema de ônibus da cidade.
Estreia em Chicago o "Divvy Bikes", novo sistema de aluguel de bicicletas
No final de maio, Nova York inaugurou a Citi Bike, seu novo sistema de aluguel de bicicletas. Em 28 de junho foi a vez de Chicago estrear seu próprio sistema de compartilhamento, chamado Divvy Bikes. As primeiras estações abertas foram as mais próximas das estações de metrô e do centro, enquanto as outras se localizam em áreas residenciais, escolas, escritórios e áreas comerciais.
Sistema de estacionamento subterrâneo para bicicletas
Criado no Japão, este sistema de armazenagem e estacionamento para bicicletas é uma eficiente solução para as cidades congestionadas daquele e de tantos outros países. A única coisa que o ciclista tem que fazer é deixar sua bicicleta em um ponto de coleta, o sistema, então, armazena-a automaticamente no subsolo.
Quantos quilômetros caminhamos durante uma manifestação?
"Para que serve a utopia?", perguntaram uma vez a Fernando Birri, cineasta argentino. "A utopia está no horizonte —disse Birri—. Eu sei muito bem que nunca a alcançarei. Porque se eu caminho dez passos, ela se distanciará dez passos. Quanto mais eu a busque, menos a encontrarei. Porque se vai distanciando à medida que eu me aproximo. Pois a utopia serve para isso: para caminhar."
Os mapas que apresentaremos neste artigo dizem muito mais do que nós possamos escrever. Quase todas as capitais do Brasil invadiram suas ruas com pessoas. Como sonhou uma vez o escritor uruguaio Eduardo Galeano, "os cachorros esmagarão os automóveis". Dessa vez, foram as próprias pessoas, com seus pés, suas mãos e suas vozes, que esmagaram os carros. Nesses dias de manifestações e protestos, as cidades brasileiras foram devolvidas a seus habitantes. Milhões de pessoas caminharam por primeira vez e de maneira única a sua cidade. As ruas foram, nesses dias, grandes parques lineares, grandes passeios da cidade.
Baixa qualidade do transporte público abre espaço para transporte privado
Um dos focos de manifestações nas duas últimas semanas, a insatisfação com o transporte público também é combustível para o uso cada vez mais intensivo de veículos motorizados individuais nas grandes cidades, alimentando sucessivos recordes registrados pela indústria automobilística.
São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília, palcos dos maiores e mais tensos protestos contra o aumento das tarifas de ônibus, não à toa, são também as cidades com as frotas de carros mais numerosas do país, que não param de crescer com os estímulos do governo ao consumo.
Rua cheia de gente é melhor que rua cheia de carro
Após alguns dias de manifestações por todo o Brasil, em meio a indignações difusas e protestos bastante heterogêneos, ninguém consegue compreender ao certo o que está acontecendo e muito menos cravar uma previsão para o que virá daqui pra frente. No entanto começa a ficar clara a crescente relevância da pauta da Mobilidade Urbana e a importância de discutir o tema não apenas pelo viés técnico, mas também pelo viés político. Em São Paulo, a principal pauta dos protestos veio do Movimento Passe Livre (MPL) que luta, a curto prazo, pela revogação ao aumento das passagens dos transportes públicos e, a longo prazo, pela tarifa zero. Esta ideia que há pouco tempo parecia uma utopia ou um exagero, hoje começa a ser discutida como uma possibilidade inovadora. O movimento propõe deixarmos de pensar o transporte público como um produto para transformá-lo em um direito básico. Transporte público gratuito e de qualidade traz avanços enormes para o direito à cidade, facilitando o acesso a todas as partes da cidade, contribuindo para torná-la menos segregada.
Vídeo: A inclusão da bicicleta no desenvolvimento das cidades
Tarifa zero já existe há algum tempo em quatro cidades brasileiras
A reivindicação do Movimento Passe Livre contra o aumento das passagens e pela implantação da tarifa zero na capital paulistana pode parecer uma utopia, mas em pelo menos quatro cidades do interior do Brasil ela já é realidade. E, em alguns casos, há mais de uma década. Em Agudos e Potirendaba, no interior de São Paulo, em Porto Real, no Rio de Janeiro, e em Ivaporã, no Paraná, ninguém paga para andar de ônibus.
Ranking Copenhagenize2013: As 20 cidades mais bem preparadas para o ciclismo urbano
Por Constanza Martínez Gaete, via Plataforma Urbana. Tradução Archdaily Brasil.
O blog dinamarquês Copenhagenize Design Co. acaba de lançar seu Ranking Copenhagenize 2013 das 20 cidades do mundo mais amigável com as bicicletas. Elaborado feita pela primeira vez em 2011, a lista que incluía 80 cidades não foi lançada, apenas utilizada internamente no site. No entanto, devido às informações coletadas e da metodologia utilizada, o ranking tornou-se uma valiosa ferramenta, pois divulga os esforços de vários países em estabelecer a bicicleta como meio de transporte acessível, limpo e conveniente, entre muitos outros aspectos positivos.
Na versão de 2013, a lista foi ampliada para 150 cidades, graças à contribuição de 400 pessoas, entre as quais estão arquitetos, cidadãos, organizações que promovem o ciclismo, urbanistas e políticos.
Prefeitura de BH anuncia mais 114 km de ciclovias
Segundo a Prefeitura da capital mineira, há 114 km de ciclovias em estágio de projeto executivo. A Avenida Olegário Maciel, na Regional Centro-Sul, receberá uma ciclovia com tachões que a separarão da pista dos automóveis. Já na Avenida Otacílio Negrão de Lima, a ciclovia da orla da Pampulha recebeu o recapeamento do asfalto e, até julho deste ano, serão completados mais 7,5 km.