Uma equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia sob a coordenação de Andre Carrel, Halvorsen Ana e Joan L. Walker, realizaram um levantamento com os passageiros do transporte público que circula pela área da baía na cidade de São Francisco para descobrir quais são os aspectos que mais os incomodava em suas viagens. Embora os resultados gerais do estudo fossem previsíveis – como os atrasos, a superlotação dos ônibus e a falta de confiança no sistema – foram obtidas constatações muito interessantes ao se aprofundar nos detalhes.
A capital britânica tenta há vários anos viabilizar a bicicleta como alternativa real de transporte. Nos últimos dez anos, o volume de bicicletas na cidade aumentou mais de 150%. Hoje, cerca de 300 mil ciclistas circulam pelas ruas de Londres diariamente.
Os investimentos da prefeitura para tornar as vias londrinas mais seguras e atraentes para ciclistas aumentaram de dois milhões de libras em 2001 (R$ 6 milhões) para 100 milhões de libras (R$ 300 milhões) este ano, mas grupos cicloativistas defendem que ainda há muito a fazer para que o veículo sobre duas rodas seja a opção de transporte preferido dos londrinos.
Desde o início deste ano, Tallinn, capital da Estônia, está estabelecendo um verdadeiro precedente para o transporte na Europa. Acontece que para reduzir a poluição, decidiu-se que seu sistema de transporte público seria gratuito para os 420 mil habitantes. Assim, a cidade tornou-se a primeira capital europeia a adotar essa medida.
O prefeito de Londres, Boris Johnson, há algumas semanas anunciou o ambicioso Plano Diretor de US$ 1.510 milhões, para aperfeiçoar a infraestrutura para bicicletas e melhorar a rede de ciclovias deste meio de transporte. O objetivo deste plano não somente busca ampliar a possibilidade de transitar pela cidade de bicicleta, como também tentará descongestionar o centro da capital e os sistemas de transporte públicos.
O Governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckimin, liberou cerca de R$ 5,7 milões para a Secretaria de Energia para a implantação de uma ciclovia que ligará a entrada do Pomar Urbano à ponte do Socorro e uma ciclopassarela móvel que liga a estação Santo Amaro da CPTM ao bairro Socorro. Parte da verba também será destinada a elaboração de estudos para a requalificação urbana das marginais da cidade, Pinheiros e Tietê.
A cidade de Sorocaba, interior de São Paulo, possui a maior rede de ciclovias do Estado, são 106 km de extensão, e possui o menor índice de acidentes envolvendo ciclistas (índice próximo a zero).
De tempos em tempos são anunciados projetos de novas ciclovias que servirão para melhorar os deslocamentos dos ciclistas e o uso do espaço público. Mesmo estes projetos sendo um avanço em comparação à realidade dos ciclistas há alguns anos, ainda há muito a melhorar, sobretudo em entender que a infraestrutura cicloviária deve estar aliada a um plano que permita que a bicicleta transforme-se em uma real alternativa de transporte.
O Projeto Estratégico para o Centro de Madrid realizado pela iniciativa da Prefeitura da Capital constituiu a oportunidade de ensaiar um novo enfoque urbanístico capaz de afrontar os desafios derivados da globalização, mudanças climáticas e transformações. A estrutura do Projeto Madrid Centro é organizada como sintaxe inovadora de conceitos e políticas urbanísticas capazes de reinventar/reinterpretar a cidade conforme princípios de responsabilidade social, cultural e ambiental. Madrid evoluiu desde macrocefalia centralizadora à perda de peso relativo a respeito do entorno metropolitano. Na última década, a cidade seguiu o caminho do modelo urbano anglo-saxão: crescente tendência à suburbanização metropolitana, primeiro das famílias e em segundo momento das instituições e atividades econômicas. Este processo é particularmente preocupante quando se refere às atividades mais inovadoras. O alojamento no centro manifesta uma heterogeneidade marcada. Convivem processos de modernização e de entrincheiramento de grandes bolsões de deterioração estrutural. Em síntese, pode-se afirmar que a “bolha” imobiliária experimentada durante a última década se manifestou no Centro numa polarização dos processos de “gentrificação” (atração de rendas altas suburbanas a arredores de qualidade reabilitada) e de “guetização” (consolidação de grandes bolsões de deterioração residencial vinculadas à imigração, particularmente aquela de caráter irregular). Em relação com o espaço público e paisagem é detectado um processo de banalização e perda de identidade associado à degradação do meio ambiente urbano gerado pela preeminência do automóvel.