Desde que o acordo de Paris foi firmado em 2015, minimizar os efeitos e consequências das mudanças climáticas em curso no planeta tem sido, pelo menos declarativamente, um objetivo comum em todo o mundo; no entanto, as ações que estão sendo tomadas variam amplamente de país para país. Pensando nisso, as principais grandes cidades do planeta decidiram se posicionar e partir para a ação ao invés de apenas esperar ordens de cima. Fato é que muitas das iniciativas levadas a cabo pelas administrações municipais e regionais acabam sendo neutralizadas pelo consequente aumento das emissões de carbono em outras regiões do país e do mundo. Além disso, é importante ressaltar que a vulnerabilidade e a capacidade de adaptação frente às consequências do agravamento da crise climática varia muito de lugar para lugar. Procurando esclarecer e discutir o conceito de desigualdade ambiental, este artigo chama a atenção para o fato de que a crise climática só pode ser combatida de maneira eficaz através de um esforço global conjunto, coordenado e transdisciplinar.
Clima: O mais recente de arquitetura e notícia
Como as cidades estão assumindo um papel central no combate à crise climática
Edifícios com consumo de energia zero são a chave para enfrentarmos os desafios do futuro
Em seu mais recente relatório, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) afirma que o aumento da temperatura média global em 1,5ºC será essencialmente inevitável ao longo das próximas décadas. Embora tenhamos que aceitar e conviver com esta realidade, a questão agora é se seremos capazes de inverter esta tendência para evitar um acréscimo ainda maior—que é para onde estamos apontando hoje segundo o IPCC. O relatório informa ainda que, para limitarmos o aumento da temperatura global em apenas 1,5ºC, não poderemos superar em hipótese alguma, a quota das 420 gigatoneladas em emissões de gases do efeito estufa. Acontece que, de acordo com os cálculos do IPCC, se mantivermos o nosso atual passo em matéria de emissões, atingiremos esta meta com facilidade até o ano de 2030. Isso significa que precisamos eliminar com urgência o uso de combustíveis fósseis e investir amplamente na construção de usinas de energia de fontes renováveis para abastecer nossos veículos, casas e cidades.
Preparando as cidades para o pior cenário: os desafios urgentes das mudanças climáticas
O recente agravamento das mudanças climáticas e os decorrentes desastres naturais que cada dia mais frequentemente assolam o nosso planeta, juntamente com a contínua exploração predatória dos recursos naturais e os poucos esforços que têm sido feitos para diminuir a emissão de gases do efeito estufa, levantam uma preocupação crescente sobre o futuro da vida nas cidades. Para além de todos os esforços necessários para minimizarmos o agravamento das mudanças climáticas em curso, se faz iminente que comecemos a pensar e desenvolver estratégias que nos permitam preparar nossas cidades para os inevitáveis desafios que estão chegando, como aumento dos níveis das marés e das inundações por um lado, e a seca e o calor extremo de outro. Pensando nisso, o artigo a seguir nos convida a pensar e refletir como poderíamos construir cidades mais resilientes, permitindo que as mesmas se adaptem e se transformem em resposta aos desafios do futuro.
Feliz Dia Mundial da Arquitetura!
Criado pela Union International des Architects (UIA) em 2005 - buscando destacar a responsabilidade coletiva dos arquitetos em relação ao futuro de nossas cidades - o Dia Mundial da Arquitetura é celebrado na primeira segunda-feira do mês de outubro.
Este ano, o tema eleito pela UIA é "Architecture, Building, Climate" (Arquitetura, Construção, Clima), que busca destacar o papel essencial da arquitetura, do projeto e do urbanismo na redução das emissões de gases de efeito estufa. "A grande responsabilidade dos arquitetos no mundo de hoje é cuidar dos recursos naturais do planeta, buscando diminuir a produção de lixo e reciclar. Estes profissionais devem utilizar os recursos que se encontram em nível local de maneira inovadora e simples."
Acreditamos que através de pequenas operações, baseadas simplesmente no sentido comum, os arquitetos podem fazer a diferença e gerar grandes mudanças. Convidamos nossos leitores a celebrar este dia revisitando uma seleção de projetos que levantaram esta bandeira e contribuíram significativamente na proteção de nosso meio ambiente.
Prefeitura do Rio de Janeiro aponta caminhos para enfrentar as mudanças climáticas
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, apresentou recentemente o Programa Rio Resiliente, estratégia que aponta as principais orientações da cidade para enfrentar impactos causados por mudanças climáticas e desafios urbanos nas próximas décadas. Elaborado com a participação de funcionários de 40 órgãos municipais, o programa será coordenado pelo Centro de Operações Rio (COR).
De acordo com Paes, a prefeitura está atenta às cinco prioridades definidas no Protocolo de Quioto, documento assinado em 2005, no Japão, por representantes de 168 países membros das Nações Unidas.
Os pontos mais importantes são prioridade para redução de risco de desastre, conhecimento do risco e adoção medidas, desenvolvimento de maior compreensão e conscientização, redução do risco e fortalecimento da preparação em desastres para respostas eficazes.