Em Yucatan, arquitetos estão revivendo uma antiga técnica de estuque maia para edifícios contemporâneos, combinando arquitetura moderna com história e cultura regional. A técnica é chamada de “chukum”, um termo derivado do nome popular da árvore Havardia albicans nativa do México. Feito com a casca dessa árvore de chukum, o material tem várias qualidades definidoras que o separam do estuque tradicional, incluindo propriedades impermeáveis e uma cor natural terrosa. Embora o chukum inicialmente tenha caído em desuso após a conquista espanhola da civilização maia, foi redescoberto e reempregado por Salvador Reyes Rios do escritório de arquitetura Reyes Rios + Larrain Arquitectos no final dos anos 1990, iniciando um ressurgimento do uso na área.
https://www.archdaily.com.br/br/946352/a-beleza-rustica-do-chukum-na-arquitetura-mexicana-modernaLilly Cao
No ano em que a capital do país completa 60 anos, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal – CAU/DF lança o Selo CAU/DF - Arquitetura de Brasília. A iniciativa celebra a arquitetura moderna do Conjunto Urbanístico do Plano Piloto, valorizando a arquitetura não monumental da cidade. O objetivo é reconhecer o valor histórico dessas edificações e de seus autores – pouco conhecidos pelo público geral –, bem como divulgar as boas práticas de conservação e manutenção predial que preservaram a linguagem arquitetônica do movimento moderno.
https://www.archdaily.com.br/br/946093/cau-df-cria-selo-para-celebrar-a-arquitetura-nao-monumental-do-plano-piloto-de-brasiliaEquipe ArchDaily Brasil
Apesar do reconhecimento pela UNESCO de locais específicos do patrimônio mundial, alguns estão em constante perigo de desaparecer devido a fenômenos naturais como terremotos, e fenômenos humanos como a urbanização. Por definição, estes marcos são relevantes na história da humanidade e têm características que refletem os valores mais humanos de várias civilizações. No entanto, muitos deles não foram experienciados pessoalmente por uma grande parte da população.
A Getty Foundation anunciou mais de US$ 2 milhões em doações para 13 edifícios importantes do século XX, como parte do programa Keeping It Modern. Lançada em 2014, esta é a última edição da iniciativa de conservação que tem como objetivo estimular profissionais de todo o mundo a se envolverem em pesquisa e planejamento proativos para a preservação a longo prazo de edifícios modernos.
1o Fórum FAZER Patrimonial - Ação, Zeladoria, Educação e Resistência Patrimonial
Como pensar a arquitetura e o urbanismo aliados com a produção cultural e a memória coletiva? É pra trocar conhecimentos sobre essa potente relação que surge o FAZER Patrimonial - Fórum de Ação, Zeladoria, Educação e Resistência Patrimonial! ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ O evento acontece virtualmente nos dias 10 e 11 de julho e conta com a participação de diversos convidados. Juntos, vamos abordar e discutir perspectivas contemporâneas sobre a educação patrimonial e sua integração na vida social. A transmissão é pelo youtube, aberta ao público e acessível em Libras. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Para se inscrever, acesse even3.com.br/1fazerpatrimonial/
Projeto realizado com apoio institucional do @caursoficial
Ensaio produzido originalmente como trabalho final da disciplina eletiva Moradias Tradicionais da Escola da Cidade em 2017 aborda a presença pouco conhecida de construções pré-colombianas de grande escala presentes no meio da Floresta Amazônica.
Nos últimos 40 anos, foram encontradas no Estado do Acre centenas de formações geométricas maciças escavadas no solo – os chamados geoglifos. Estas construções demonstram que a Amazônia já foi habitada há milhares de anos e que a sua vegetação foi manejada, desmentindo a imagem de que a região seja um território intocado.
Na década de 1920, o bairro de habitação industrial Cité Frugès, em Pessac, França, estava sendo concluído. Um dos 17 sítios de Le Corbusier catalogado como patrimônio da UNESCO.
Reaproveitar uma pré-existência, atribuindo-lhe novo uso ou simplesmente melhorando suas condições, poder ser uma estratégia inteligente em nosso contexto ambiental de acelerado consumo de recursos. Pensar em modos de recuperar um edifício é tarefa da arquitetura, mas a missão se complexifica quando a pré-existência é imbuída de altos valores e significados culturais e históricos, já que intervir – e alterar – o patrimônio arquitetônico significa redesenhar o passado e prescrever um futuro, que pode ou não conter novos modos de usar a estrutura.
Embora a multidisciplinaridade seja uma das mais interessantes virtudes da formação dos arquitetos e urbanistas, ela pode se confundir com certa imprecisão e desvios a respeito da apreensão das possibilidades práticas da profissão quando interpretada de forma genérica. Vez ou outra, é importante reiterar as particularidades do grande leque que a palavra "projeto" supõe ao campo, já que são elas que produzem tipos de conhecimento específicos e nichos que podem e devem ser ocupados pelos arquitetos.
Todos os brasileiros que atuam na gestão, preservação, valorização e promoção do Patrimônio Cultural podem participar do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade. Promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1987, esta é a maior premiação nacional no campo do patrimônio cultural e tem como objetivo valorizar aqueles que atuam em favor da preservação dos bens culturais do país.
Porto, Portugal. Foto de Tj Holowaychuk, via Unsplash
Na sua 6ª edição, o Open House Porto (OHP) dá as boas vindas à cidade da Maia, que assim se junta a Matosinhos, Porto e Vila Nova de Gaia para a grande festa anual da arquitetura organizada pela Casa da Arquitectura – Centro Português de Arquitectura. Para informar e orientar os visitantes estarão abertas, até 20 de abril, as candidaturas para o recrutamento de 400 voluntários.
No apogeu do Império Romano, seu território se estendia a mais de cinco milhões de quilômetros quadrados, entre Europa, Ásia e África. Roma exercia poder sobre uma população de mais de 70 milhões de pessoas, o que correspondia a 21% da população mundial na época. De fato, como já mostramos em outro artigo, todos os caminhos levavam à cidade de Roma, grande sede do império e o patrimônio material e imaterial deixado pelo império é incomensurável, sendo que até hoje pesquisadores buscam entender todo o seu impacto no mundo atual. Desde o início de sua expansão no século VI a.C. até sua queda no ano de 476 d.C., o legado deixado pelos romanos abrange áreas como o direito, as artes plásticas, o latim que originou diversos idiomas, o sistema de governo e, muito importante, a arquitetura.
A ação do tempo é inevitável para qualquer obra arquitetônica: todos os edifícios estão sujeitos, em maior ou menor grau, às consequências das condições atmosféricas e dos diferentes usos que lhes são atribuídos ao longo do tempo. Como alternativa para “dar vida” a edifícios sem uso, o reuso adaptativo tem ganhado força nas últimas décadas. Mas apesar de sua grande difusão, a aplicação prática deste conceito não é simples.
Visual do Morro do Piolho com casas na Rua Lavapés e o conjunto da Light ao Fundo antes de ser demolido. Ilustração feita pelas autoras com base em foto do Acervo Casa da Imagem DPH/SMC
O “Caminho Histórico Glória-Lavapés” é composto pelas ruas da Glória e do Lavapés, que interligam os bairros da Liberdade, Glicério e Cambuci situados na região central do município de São Paulo. Apesar de ter sido tombado em março de 2018 e homologado em julho de 2019 pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (CONPRESP), esse lugar ainda enfrenta problemáticas que reiteram e reforçam o apagamento histórico de memórias importantes compreendidas ao longo dessa extensão como a memória de ocupação negra, a memória morfológica do traçado da cidade colonial e a memória visual e topográfica da condição acidentada do terreno.
https://www.archdaily.com.br/br/929303/bairro-da-liberdade-o-apagamento-historico-da-memoria-negra-em-sao-pauloBeatriz Hubner, Fernanda Galloni, Paloma Neves, Stela Mori
A Prefeitura de São Paulo, através do portal online GeoSampa - iniciativa da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU) - disponibilizou um mapa com todos os sítios arqueológicos da cidade. O portal mapeia locais de interesse patrimonial, de cemitérios clandestinos e artefatos indígenas a ruínas de mineração de ouro.
O município de Rio do Antônio, localizado a cerca de 700 quilômetros da capital do estado da Bahia, possui até hoje resquícios deixados da época da escravização no Brasil. O período deixou marcas que podem ser notadas na realidade na cidade, inclusive em sua arquitetura.
A Prefeitura Municipal de Florianópolis organizou uma iniciativa na Ponte Hercílio Luz que mostra, através de fotos comparativas, o espaço ocupado por diferentes modos de transporte com o mesmo número de passageiros. A iniciativa partiu do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF) e da Secretaria Municipal de Mobilidade e Planejamento Urbano, e faz parte do Programa Ponte Viva.