As cidades ao redor do mundo enfrentam desafios cada vez maiores em relação ao planejamento urbano e à criação de espaços públicos sustentáveis e atraentes, como áreas verdes. Diante disso, tem-se buscado novas alternativas para criar paisagens verdes nos espaços públicos das cidades. Esses lugares desempenham um papel fundamental no desenvolvimento e transformação das cidades, sendo há muito tempo o cenário das interações sociais, expressão cultural e troca de ideias.
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Cidades mais bem projetadas: criatividade nas áreas verdes
Novo marco da população mundial: somos 8 bilhões de pessoas
De acordo com o Relógio da População Mundial, a população humana chegou aos 8 bilhões em 15 de novembro. Segundo a ONU, este marco representa uma celebração da longevidade humana devido a melhorias na saúde pública e na medicina, mas também vem com alertas sobre desigualdade, acesso limitado a alimentos e recursos e danos ambientais. Apesar do número impressionante, o relatório anual Perspectivas da População Mundial mostra que a população global está crescendo no ritmo mais lento desde 1950 e prevê uma desaceleração contínua na segunda metade deste século.
Como mais da metade da população mundial vive nas cidades, cerca de 55,7%, de acordo com os últimos relatórios da ONU-Habitat, os desafios urbanos estão crescendo exponencialmente. A ONU espera que esse número aumente para 68% até 2050, com cerca de 90% desse aumento ocorrendo na Ásia e na África. A urbanização acelerada pode apresentar riscos significativos, como o aumento da desigualdade, da pobreza, do desenvolvimento setorizado, da exclusão social e da poluição. Nesse contexto, uma agenda urbana bem equilibrada torna-se crucial para conseguirmos cidades inclusivas, seguras e sustentáveis.
Nova ferramenta digital permite que usuários investiguem a equidade territorial em Nova York
A Transportation Alternatives e o Massachusetts Institute of Technology iniciaram uma nova ferramenta digital, o Spatial Equity NYC, para ajudar os usuários a entender como o restrito espaço da cidade de Nova York é distribuído. A ferramenta avalia o uso de ruas, calçadas e espaços públicos - fatores que influenciam dados como poluição, fatalidades no trânsito, acessibilidade ou qualidade do ar. Os dados coletados mostram uma correlação direta entre bairros com comunidades de baixa renda e de cor e as formas prejudiciais em que o espaço público é usado, que acarretam em problemas de saúde e mobilidade.
Estaria o plano da Índia de construir 100 cidades inteligentes fadado ao fracasso?
A Missão Cidade Inteligente do governo indiano, lançada em 2015, prevê o desenvolvimento de cem "cidades inteligentes" até 2020 para apresentar soluções para a rápida urbanização do país; trinta cidades foram adicionadas à lista oficial na semana passada, levando o número total atual de iniciativas planejadas para noventa. A missão de US$ 7,5 bilhões abrange o desenvolvimento geral de infraestrutura básica — abastecimento de água, eletricidade, mobilidade urbana, habitação a preços acessíveis, saneamento, saúde e segurança — ao mesmo tempo que incluem "soluções inteligentes" baseadas em tecnologia para impulsionar o crescimento econômico e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos nas cidades.
Em um país imerso em corrupção, a missão foi elogiada pelo uso transparente e inovador de um nacional "Desafio Municipal" para dar financiamento às melhores propostas dos órgãos municipais locais. Seu manifesto utópico e implementação, no entanto, são motivos de grande preocupação entre os planejadores urbanos e tomadores de decisão hoje, que questionam se a própria ideia de cidade inteligente indiana é inerentemente falha.