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Espaços Públicos: O mais recente de arquitetura e notícia

Os princípios de Gehl Architects para que as cidades sejam mais habitáveis

Se um lugar proporciona o contato visual entre os cidadãos e tem uma infraestrutura adequada para evitar uma experiência sensorial desagradável, está cumprindo dois dos 12 princípios criados pelo arquiteto e urbanista Jan Gehl, juntamente a Lars Gemzøe e Sia Karnaes, para determinar se um espaço público é bom ou não.

Esses dois princípios foram retomados por Gehl em uma recente entrevista com o jornal The Guardian, na qual, junto à arquiteta Helle Søholt, divulgou novos tópicos para que as cidades sejam mais habitáveis.

Veja a seguir os 12 princípios de Gehl Architects:

Prefeitura de Salvador divulga imagens do novo shopping que será construído sobre a Estação da Lapa

A Prefeitura de Salvador divulgou no último dia 13 imagens de seu plano de construir um shopping center sobre a Estação da Lapa, projeto de 1983 do arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé. A estação reúne importantes linhas de ônibus da capital baiana e, por sua localização no centro histórico da cidade, conecta os Barris à Piedade.

O grande fluxo de pedestres originado pela estação – que agora é também o ponto final da linha de metrô inaugurada há poucos meses – levou à construção, ainda nos anos 1980, do primeiro shopping center nas proximidades, que se beneficiou do contingente de pessoas que por ali passam diariamente.  Anos mais tarde, um segundo equipamento do tipo foi construído, concentrando ainda mais os comércios e serviços e esvaziando as ruas do centro de Salvador.

Um sonho atravessado por um rio: Parque Linear Rio Cali, Colômbia

Após quarenta anos de convulsão social, Cali (Colômbia) está voltando sua atenção novamente para o planejamento urbano e revitalização. Uma economia sustentavelmente estável levou as autoridades a intervirem na renovação do espaço público e sistema de transporte. Trabalhando na promoção do patrimônio natural de Cali, o escritório de urbanismo e paisagismo West 8 se associou à Prefeitura de Cali para projetar o Parque Linear Rio Cali como parte de uma iniciativa chamada “Um sonho atravessado por um rio”. O projeto visa criar um espaço público seguro e bem conectado com o centro urbano.

Ciclistas de Roma decidem solucionar por sua própria conta a falta de ciclovias

Em Roma, os ciclistas se cansaram da falta de ciclovias, sobretudo nos locais mais inseguros.

Um desses lugares é o túnel de Santa Bibiana que conecta os bairros de Esquilino e San Lorenzo, próximo à estação de trem Roma Termini. Há alguns anos os ciclistas pediram às autoridades de ambos os bairros uma ciclovia para o túnel, porém, sem resultados positivos. Assim, decidiram solucionar o problema por sua própria conta e em apenas 45 minutos.

Mais informações a seguir.

Oito ideias para melhorar a vida nas cidades

O Prêmio TED é concedido anualmente pela organização homônima àqueles que desenvolveram projetos que ajudam a provocar alguma mudança global em áreas relacionadas às ciências, urbanismo, educação, economia, meio ambiente, política, entre outros.

Em 2012, a organização decidiu que não premiaria os líderes, mas as próprias ideias através do prêmio City 2.0, que reconhece as iniciativas que permitem que as cidades se tornem lugares mais habitáveis e sustentáveis.

A seguir, assista aos vídeos de oito palestras TED que oferecem ideias para melhorar a vida urbana.

Cidade francesa instala grades contra moradores de rua em volta de bancos

Uma cidade ao sudoeste da França chamou a atenção da mídia na noite de Natal por instalar grades em volta de bancos de rua para impedir que moradores de rua os utilizassem para dormir.

A medida, ordenada pelo prefeito de Angouleme – Xavier Bonnefont, do partido conservador UMP – recebeu severas críticas de jornais do mundo inteiro e mostra a completa falta de empatia por parte do político.

A instalação das grades recebeu o apoio dos comerciantes locais, que já haviam anteriormente se queixado às autoridades, dizendo que “o comportamento agressivo do moradores de rua atrapalhavam os negócios”.

Zurique: “Você é bem-vindo na cidade, mas seu carro não”

Em Zurique, a cidade mais populosa da Suíça, 32% dos deslocamentos são feitos em transporte público e 42% a pé ou em bicicleta - números que fizeram com que esta cidade europeia se tornasse um exemplo de mobilidade urbana. Mesmo que para muitos seja um exemplo menos conhecido do que Amsterdã, Copenhague e Hamburgo, isto não a torna menos admirável.

Zurique conseguiu desenvolver um sistema de transporte eficiente, integrado e multimodal, que permite aos seus cidadãos ir até quase qualquer lugar da cidade sem a necessidade de utilizar um automóvel. Hoje, 26% dos deslocamentos são feitos em veículos motorizados privados (automóveis ou motos).

No vídeo no início desse artigo, a Streetfilms conta – através dos depoimentos de cidadãos, funcionários do departamento de transporte da cidade e outros profissionais relacionados a indústria da mobilidade – como Zurique se converteu em uma cidade que está sempre nos primeiros lugares dos rankings de qualidade de vida.

Chicago criará seu primeiro “Espaço Compartilhado” sem sinais de trânsito

Em 2004, algumas cidades da Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Holanda e Inglaterra começaram a criar Espaços Compartilhados, ou seja, ruas e calçadas onde não há sinais de trânsito. 

Apesar da primeira coisa a se pensar sobre estes lugares é que eles não são seguros, a experiência das cidades que já contam com esse tipo de espaço demonstra que estes são mais seguros, pois todos os usuários das vias devem prestar mais atenção, o que acaba diminuindo o número de acidentes. 

É por isto que, desde sua criação, diversas cidades já adotaram esta iniciativa, removendo os sinais de trânsito das ruas. Esse é o caso de Chicago, que aprovou seu primeiro Espaço Compartilhado em Argyle, onde, além de eliminar alguns sinais, reduzirá a velocidade dos veículos para 24 km/h, um limite ainda inferior ao das Zonas 30.

Veja a opinião dos especialistas sobre estes espaços e sobre o caso de Chicago, a seguir.

A recuperação de Nova Iorque do domínio do automóvel

Originalmente publicado na Metropolis Magazine como “Playing in Traffic“, este artigo de Jack Hockenberry investiga a relação entre o homem e o veículo, ilustrando a dinâmica complexa criada em Nova Iorque - uma cidade com mais de 2,1 milhões de veículos registrados. Ao contrário dos esquemas que colocavam o carro como elemento central, do famoso ex-chefe de planejamento urbano de Nova Iorque, Robert Moses, Hockenberry argumenta que a cidade é o "espaço negativo", ao passo que os veículos são obscurecidos pelo nosso inconsciente.

É uma curiosidade da vida urbana moderna que, quanto mais carros se aglomeram em cidades, mais eles se tornam invisíveis. É uma característica padrão em qualquer cidade grande de hoje. Infelizmente, não podemos controlá-la a partir do assento do condutor - por mais que gostaríamos de acenar as mãos e assistir através de nossos pára-brisas os carros desaparecendo e libertando-nos da prisão do tráfego. A invisibilidade de que estou falando só ocorre se você é um pedestre ou ciclista. O número de veículos motorizados estacionados ou em movimento em qualquer hora nas ruas de Nova Iorque é surpreendente. De acordo com o Departamento de Veículos Motorizados do Estado, estima-se que 2,1 milhões estão registrados na cidade. Ainda assim, registrá-los nunca os farão totalmente visíveis quando estamos andando nas ruas. A cidade é o espaço negativo e é assim que nossos olhos percebem cada vez mais as paisagens urbanas. Tudo em torno dos carros e caminhões se entrelaçada pelo olho e, apesar de os veículos estarem presentes, gradualmente aprendemos a ignorá-los, menos quando estamos parados na linha direta do fluxo de trânsito.

Os benefícios dos bons lugares nas cidades segundo a PPS

Em artigos anteriores mostramos os princípios propostos pela organização estadunidense Project for Public Spaces (PPS) para que as cidades possam criar espaços públicos atrativos e como as comunidades podem participar para que isso ocorra.

Compartilhamos desta vez o infográfico “Os benefícios dos bons lugares”, elaborado também pela PPS, que expõe os benefícios trazidos com lugares bem planejados, classificando-os em seis áreas.

3 espaços públicos iluminados a partir dos passos das pessoas

Uma pessoa durante toda a sua vida dá, em média, 150 milhões de passos. Se o movimento dos passos das centenas ou milhares de pedestres fosse aproveitado para produzir energia, conseguem imaginar os lugares que poderiam ser iluminados?

A empresa britânica Pavegen já imaginou, e em 2009 desenvolveu uma espécie de ladrilho que, ao ser pisado, gera energia elétrica e ilumina os espaços públicos. Com essa invenção, eles transformaram um campo de futebol de uma favela no Rio de Janeiro no primeiro do mundo a produzir eletricidade a partir do movimento dos seus jogadores.

Além disso, também aplicaram esses ladrilhos em lugares muito utilizados, como o terminal 3 do aeroporto de Londres – o mais transitado do mundo – e uma estação de trens na França, por onde passam, diariamente, mais de 5 mil pessoas, a fim de demostrar que esta tecnologia é uma alternativa que pode ser aproveitada nas cidades como uma fonte de produção de energia limpa e pouco invasiva.

Confira os vídeos dos 3 projetos da Pavegen, a seguir.

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5 iniciativas nos EUA que tornaram os espaços públicos mais dinâmicos

As intervenções realizadas em parques urbanos, como por exemplo, a instalação de cadeiras no Parque Bryant de Nova Iorque, ou as obras de arte que são frequentemente instaladas em espaços públicos, fazem com que as cidades sejam lugares mais agradáveis, dinâmicos e atrativos para viver.

Nesse sentido, a organização estadunidense Project for Public Spaces (PPS), acredita que “mais do que nunca, as obras de arte pública são estimulantes e convidam a um diálogo ativo ao invés da observação passiva, fomentando, assim, a interação social que pode inclusive conduzir a um sentido de coesão social entre os próprios espectadores”.

Tomando essa definição, o especialista em Geografia Humana da Universidade de Auckland, Thejas Jagannath, identificou cinco ações desse tipo que acontecem em cidades estadunidenses e que permitem que os cidadãos mudem sua percepção de um lugar, podendo identificar-se com este, considerando-o divertido e dinâmico.

Veja, a seguir, estes cinco projetos.

“A arrogância do espaço”: A distribuição desigual do espaço público em relação aos pedestres, ciclistas e automóveis

A distribuição desigual do espaço público, em relação aos pedestres, ciclistas e condutores de automóveis, é um assunto que o especialista em mobilidade urbana, Mikael Colville-Andersen, qualifica como “a arrogância do espaço”.

Do ponto de vista desse planejador urbano e fundador do Copenhagenize, este termo pode ser aplicado às ruas que são dominadas pela engenharia de trânsito do século passado, isto é, aquelas que estão planejadas prioritariamente para os automóveis.

Para exemplificar seu posicionamento, Mikael analisou a quantidade de espaço que possui cada um desses grupos, além do espaço “morto” e dos edifícios, em algumas ruas de Calgary, Paris e Tóquio através da comparação de cada setor com diferentes cores.

Confira as imagens a seguir.

Arte urbana: Bambi, a versão feminina de Banksy?

O estêncil é uma intervenção de arte urbana que leva muito pouco tempo para ser realizada. Esta consiste em pintar sobre um muro uma silhueta feita sobre uma matriz. Apesar de suas origens remontarem a Roma antiga, foi durante os anos 60 que alcançou maior visibilidade, particularmente nos Estados Unidos.

Na década de 80, este tipo de arte urbana começou a aparecer nas ruas parisienses graças a Blek le Rat, o “pai do estêncil”. Hoje, um dos principais expoentes desta arte é o britânico Banksy.

Com sua identidade oculta e sendo muitas vezes procurado pela polícia - que muitas vezes apaga suas obras -, Banksy tem realizado trabalhos em Nova Iorque e Londres. Seguindo este estilo, nos últimos anos surgiu Bambi, que já é considerada por alguns como a “versão feminina de Banksy”.

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“Os Gêmeos” convertem 6 grandes silos em uma obra de arte pública

A Bienal de Vancouver é um evento que, duas vezes por ano, presenteia os habitantes com novas obras de arte para que sejam desfrutadas nos locais em que passam diariamente.

Esse ano os organizadores escolheram intervir na ilha Grandville, onde viram a possibilidade de converter seis enormes silos de 23 metros de altura em obras de arte, como parte de um Museu a Céu Aberto.

Os encarregados de pintar as estruturas foram “Os Gêmeos” brasileiros. Os murais foram inaugurados no início de setembro, mas estão dando o que falar há algum tempo. Isso porque a intervenção de 7.200 m² será permanente e alterou o aspecto das estruturas que seguiram funcionando, mas com uma imagem que tem apoio dos cidadãos.

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Ciclistas criam intervenção que mostra o espaço ocupado pelos automóveis nas ruas

Para a comemoração do Dia Mundial Sem Carros realizada no final de setembro, o subsecretário de transportes de Santiago (Chile), Cristián Bowen, anunciou uma modificação na Lei de Trânsito visando “esclarecer, tanto aos usuários deste meio de transporte (bicicleta) como aos outros usuários do espaço das vias, os direitos e deveres dos ciclistas”.

Em função das comemorações deste dia, na capital da Letônia, Riga, um grupo de ciclistas realizou uma intervenção muito interessante e provocativa. Durante um dos momentos mais movimentados do dia - que entre as 7h e 9h da manhã – os ciclistas percorreram as principais avenidas sobre suas bicicletas acopladas a estruturas que simulavam o volume de um automóvel. A iniciativa tinha por objetivo mostrar a grande área ocupada por um carro e, em comparação, o espaço ínfimo ocupado pela pessoa.

Esta intervenção se soma a tantas outras iniciativas que buscam refletir sobre o espaço de nossas ruas que são utilizadas pelos automóveis. Entre estas, podemos mencionar a vaga de carro transformada em estacionamento para 10 bicicletas e o gif que mostra quantos passageiros podem viajar em um bonde elétrico e como ficam as ruas se cada passageiro se deslocar em seu próprio carro.

Veja mais fotografias da intervenção em Riga, a seguir.

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4 propostas para recuperar uma linha férrea abandonada de Paris

Sem dúvida a transformação do High Line de Nova Iorque em um parque urbano é uma referência mundial que levou outras cidades a desenvolverem projetos para recuperar seus espaços públicos abandonados. Exemplos disso são Baana, em Helsinki, um espaço público que foi construído em uma antiga linha de trem, e outras três iniciativas de cidades estadunidenses que pretendem habilitar parques nas margens dos rios e em vias ferroviárias.

Entretanto, em Paris existe outro projeto desse tipo que nem sempre é mencionado. Trata-se do Plantée Promenade, um parque de 4,7 quilômetros de extensão que há 20 anos conseguiu recuperar um antigo viaduto. Mas esse não será o único parque desse tipo em Paris, há uma organização cidadã que já está considerando outra linha férrea – com partes subterrâneas e elevadas – construída há 162 anos, a Petite Ceinture, para a qual existem, no momento, quatro propostas.

Saiba mais sobre sua história e as propostas de transformação, a seguir.

4 propostas para recuperar uma linha férrea abandonada de Paris - Image 1 of 44 propostas para recuperar uma linha férrea abandonada de Paris - Image 2 of 44 propostas para recuperar uma linha férrea abandonada de Paris - Image 3 of 44 propostas para recuperar uma linha férrea abandonada de Paris - Image 4 of 44 propostas para recuperar uma linha férrea abandonada de Paris - Mais Imagens+ 21

Another Life: a maior obra de arte interativa permanente da Europa

Desde 2012 a intervenção Another Life está instalada na esplanada do Parque da Cidade de Bradford, em frente à sua famosa fonte. A obra, de autoria do grupo Umbrellium, é considerada a maior obra de arte interativa e permanente instalada em um espaço público da Europa.

Com iluminação ambiental, difusores de neblina e até raios laser, esta parte do parque é agora uma praça de recreação cujas projeções mudam de acordo com o movimento dos visitantes.

Mais informações a seguir.

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