Fundamentals, o título da Bienal de Veneza de 2014, fechou suas portas há algumas semanas. A partir do momento em que Rem Koolhaas revelou o título da Bienal deste ano, em janeiro de 2013, convidando os curadores nacionais a responder diretamente ao tema "Absorbing Modernity 1914-2014", houve um pressentimento de que esta bienal seria, de algum modo, especial. Tendo rejeitado convites para dirigir a Bienal no passado, o fato de Koolhaas ter agido não como curador, mas também como coordenador temático do esforço internacional, foi significativo. Esse comunicado levou Peter Eisenman (um dos primeiros tutores e defensores de Koolhaas) a dizer em uma entrevista que "[Rem está] declarando seu fim: o fim de sua carreira, o fim de sua hegemonia, o fim de sua mitologia, o fim de tudo, o fim da arquitetura."
Fundamentals: O mais recente de arquitetura e notícia
Reflexões sobre a Bienal de Veneza 2014
"Elements" de Rem Koolhaas: Desvendar as origens e assegurar o futuro da Arquitetura
O ArchDaily Brasil tem perguntado em suas entrevistas com diversos arquitetos "O que é Arquitetura?". É uma questão que poucos ou mesmo nenhum entrevistado respondeu sem hesitação ou dúvida. Entretanto, após muitas entrevistas, notamos um padrão: apesar de muitos iniciarem de forma semelhante, as respostas divergem de modo a expor a promessa da profissão. E não importa como a arquitetura é definida, a grande maioria dos arquitetos cultiva uma crença subjacente em sua capacidade de influenciar.
Quando a equipe do ArchDaily visitou a Bienal de Veneza e entrou no Pavilhão Central de Giardini, que abrigava a exibição Elements, nós a vimos como uma resposta dinâmica, imersiva e exaustiva para a questão "O que é Arquitetura?" Visitantes da Bienal são introduzidos à arquitetura através de seus elementos - as peças, partes e fundamentos que compreendem as edificações construídas ao redor do mundo.
Quando Rem Koolhaas escolheu focar em Elements, redigiu um texto (tanto no formato de livro quanto de exibição) que nos dá as ferramentas para entender o que é arquitetura e como ela evoluiu (ou estagnou). Mesmo que ele não tenha convidado os arquitetos a expôr projetos no sentido tradicional, vimos com olhos esperançosos a exposição Elements - é um percurso que pode ser visitado mais de uma vez e que oferece recursos aos atuais e futuros projetistas de nosso mundo construído para resolver os problemas que ainda estão por vir.
Veja a seguir imagens da exibição e leia o texto curatorial de Koolhaas.
La Aldea Feliz / Pavilhão do Uruguai na Bienal de Veneza 2014
O Pavilhão do Uruguai para a 14ª Bienal de Arquitetura de Veneza - a cargo dos arquitetos Emilio Nisivoccia, Martín Craciun, Jorge Gambini, Santiago Medero e Mary Méndez - é um grande arquivo que se desenvolve no espaço, envolvendo materiais que vão desde os documentos até a interpretação destes. A montagem é concebida como um único arquivo composto por materiais e escalas diferentes, gerando três áreas conectadas, embora claramente definidas: a entrada (apresentação da exposição), uma segunda área repleta de prateleiras metálicas dispostas sobre uma trama ortogonal (apresentando maquetes e outros objetos) e um terceiro espaço formado por uma grande mesa que permite ao visitantes entrar em contato com um arquivo de plantas, desenhos e fotografias.
Pavilhão AIRBnB em Veneza
Durante esta Bienal de Veneza, casa alugadas através do AIRBnB receberão pavilhões com curadorias independentes. O AIRBnB é uma plataforma que já tem seis anos através da qual proprietários podem alugar quartos, apartamentos e inclusive toda a sua casa, permitindo que "a fortaleza da família e do indivíduo" seja infiltrada. O pavilhão tira proveito dessa "infiltração" e de como ela revela "a casa, o lar e a vida de hoje".
IN/FORMAL / Pavilhão do Peru na Bienal de Veneza 2014
IN/FORMAL: Encontros Urbanos para os próximos 100 é o conceito central que representa o Pavilhão do Peru na Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza e que busca responder ao tema geral Fundamentals. Desenvolvida pelo comissário José Orrego e pelo curador Sharif Kahatt, a exposição é composta por um grande espaço retangular de 250 m² onde foi construído um percurso paralelo entre a modernidade ocidental e a local dos últimos 100 anos, ambas representadas através de linhas do tempo que se conectam por projetos de habitação coletiva apresentados em detalhes. Esses projetos não apenas foram capazes de construir pontes socioculturais no país, mas sua arquitetura representa os momentos-chave que moldaram a urbanidade moderna peruana.
Ideal / Real: Pavilhão da Argentina na Bienal de Veneza 2014
O pavilhão da Argentina para a 14ª edição da Bienal de Arquitetura de Veneza analisa a modernidade em torno do IDEAL e do REAL, perguntando-se como foram digeridas no país as ideias modernas "ideais" que acabaram originando o "real" das cidades. Como ocorreu essa tradução do IDEAL para o REAL?
Continue lendo a descrição da exposição por seus curadores -Emilio Rivoira y Juan Fontana- e veja algumas imagens exclusivas, a seguir.
INTERIOR / Pavilhão da Espanha na Bienal de Veneza 2014
INTERIOR é o conceito central que representa o Pavilhão da Espanha na Mostra Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza, buscando responder ao tema geral do evento: "Fundamentals". Lançando luz sobre a arquitetura (e não sobre os arquitetos) e seus elementos fundamentais, o pavilhão espanhol, com curadoria de Inaki Ábalos, destaca o espaço interior através de 12 obras de arquitetura espanhola e a cultura material que lhes deu forma. INTERIORS fala do espaço, "por definição, o lugar onde se desenvolve a vida, o tema central da arquitetura."
Pavilhão do Peru na 14ª Bienal de Arquitetura de Veneza
In/Formal: Encontros Urbanos para os próximos 100. Esse é o nome do pavilhão peruano para a próxima Bienal de Veneza 2014, desenvolvida pelo comissário José Orrego e o curador Sharif Kahatt. O pavilhão estará conformado por um grande espaço retangular de 250 m2 onde foi construído um percurso paralelo entre a modernidade ocidental e a local dos últimos 100 anos, ambas representadas através de linhas do tempo que se conectam por projetos de moradia coletiva apresentados em detalhes. Esses projetos, não somente foram capazes de construir pontes socioculturais no país, mas sua arquitetura representa os momentos-chave que moldaram a urbanidade moderna peruana.
Reveja em detalhes a história da consolidação da participação do Peru nas Bienais de Arte e Arquitetura e a descrição da proposta 2014, a seguir.