A aplicação da neurociência à arquitetura, mais especificamente no âmbito da neurogastronomia, proporciona uma compreensão singular da interseção entre os domínios sensoriais humanos e o ambiente construído. Busca-se compreender o funcionamento do cérebro em função da alimentação, até agora focada unicamente na boca e no estômago. Quem come na verdade é o cérebro. Desse modo, este artigo tem como objetivo reunir os conceitos científicos relacionados à neurogastronomia aplicada à arquitetura, considerando a experiência gastronômica e os espaços arquitetônicos, com especial atenção ao envelhecimento ativo.
Gastronomia: O mais recente de arquitetura e notícia
Neurogastronomia aplicada à arquitetura em prol do envelhecimento humano
BIG projeta centro de pesquisa e inovação culinária em San Sebastian, Espanha
O escritório dinamarquês BIG venceu o concurso para o Basque Culinary Center, um novo centro de tecnologia de alimentos localizado em San Sebastian, Espanha. Além do projeto do BIG, outros quatro escritórios de renome apresentaram suas propostas: OMA, Snøhetta, 3XN e Toyo Ito & Associates. The Gastronomy Open Ecosystem (GOe) é um projeto de 9.000 m2 que busca impulsionar a arte e a ciência da inovação gastronômica, reunindo startups de alimentos, pesquisadores e chefs. O edifício se concentrará no desenvolvimento de proteínas alternativas, robótica agrícola, prevenção do desperdício de alimentos e muito mais.
BIG, OMA, 3xn, Snøhetta e Toyo Ito competem pelo projeto do novo edifício GOe na Espanha
No ano passado, o Centro Culinário Basco anunciou a criação do GOe – Ecossistema Aberto de Gastronomia, um projeto que busca gerar um ecossistema gastronômico focado em pesquisa, inovação e empreendedorismo. Ele terá um edifício próprio em San Sebastián, Espanha, sendo uma nova sede complementar ao edifício BCC projetado pela VAUMM em 2011.
Para selecionar as melhores propostas, foi lançado em dezembro de 2021 um concurso internacional de arquitetura. Depois de receber e analisar diferentes propostas, cinco foram os escritórios finalistas que passaram à fase seguinte do processo: 3xn (Dinamarca), BIG - Bjarke Ingels Group (Dinamarca), OMA - Office of Metropolitan Architecture (Holanda), Snøhetta (Noruega) e Toyo Ito & Associates (Japão).
A comida e o espaço público
Quem já frequentou a praia do Rio se Janeiro certamente viu vendedores oferecendo queijo coalho ou camarão grelhados, chá mate e biscoito Globo, lanches clássicos da orla carioca. Em São Paulo, feiras servem caldo de cana e pastel frito, adaptação local de um prato trazido originalmente pelos chineses e popularizado pelos japoneses. Em Minas, o pão de queijo e o pastel, também de queijo. Em Salvador, impossível não mencionar o acarajé (com ou sem pimenta), inclusive declarado como bem cultural imaterial pelo IPHAN. A capital baiana também já conta com um Guia de Comida de Rua próprio, tamanha a diversidade encontrada na cidade.
Arte e Arquitetura: Cidades Americanas de Gelatina
Por mais estranho que pareça, é verdade. Durante os últimos seis anos, a artista Liz Hickok dedicou-se a replicar em miniatura os lugares mais emblemáticos de Nova Iorque, São Francisco e Washington, utilizando um material muito simples, de baixo impacto e fácil de manipular: a gelatina.