Unfolding Pavilion é um projeto expositivo e editorial encabeçado por Daniel Tudor Munteanu e Davide Tommaso Ferrando que tem como objetivo destacar espaços arquitetonicamente significativos, mas até então inacessíveis. Em sua quarta edição, a exposição se dedica aos Giardini della Biennale, os jardins que se tornaram o principal núcleo de uma das exposições de arquitetura mais importantes do mundo: a Bienal de Veneza. Através de uma série de intervenções site-specific e fotografias de Laurian Ghinițoiu, o Unfolding Pavilion #OPENGIARDINI busca explorar a natureza paradoxal deste espaço público que não é acessível ao público.
Giardini: O mais recente de arquitetura e notícia
Pavilhão Unfolding explora a abertura ao público dos Giardini em Veneza
Temas emergentes na Bienal de Arquitetura de Veneza de 2023: destaques dos pavilhões nacionais
Desafiando o público a pensar de forma diferente e mais empática, a bienal de Lesley Lokko é uma representação autêntica de um assunto altamente complexo. Inaugurada em 20 de maio, a 18ª Exposição Internacional de Arquitetura - La Biennale di Venezia, intitulada O Laboratório do Futuro, já provocou discussões em todo o mundo.
Ao adotar uma perspectiva mais ampla sobre a arquitetura, a exposição desloca seu foco para a disciplina em si, em vez de apenas para a profissão. Não se trata apenas de "construir edifícios", explica a curadora ao ArchDaily. Em vez disso, busca-se questionar nossa compreensão convencional da arquitetura e, com isso, das exposições arquitetônicas. A Bienal de 2023 é um laboratório em todos os sentidos da palavra, uma plataforma global de experimentação e um espaço para explorar novas ideias diante da falta de locais que nos permitam fazê-lo. "Ela empresta sua estrutura e formato de exposições de arte, mas difere da arte em aspectos críticos que muitas vezes passam despercebidos", afirma Lesley Lokko.
Guia de arquitetura de Veneza: 15 atrações históricas e contemporâneas na cidade italiana dos canais
Construída em um conjunto de 118 pequenas ilhas na rasa Lagoa de Veneza, a cidade de Veneza, na Itália, tem cativado a imaginação de arquitetos e turistas há séculos. A área é habitada desde a antiguidade. Teve grande poder financeiro e marítimo durante a idade média e o período do renascimento, como comprovado pela rica arquitetura que caracteriza a cidade até hoje. Com influências dos estilos bizantino, gótico e renascentista, a cidade representa um palimpsesto de narrativas arquitetônicas, sobrepostas que influenciaram umas às outras. Veneza também se tornou uma grande atração para arquitetos atraídos pela La Biennale di Venezia, que reúne pavilhões nacionais, exposições e eventos sobre temas urgentes relacionados à profissão.
Além da Bienal, Veneza em si é um museu ao ar livre para amantes da arquitetura. Como a cidade é conhecida por seus edifícios históricos, as intervenções modernistas e contemporâneas adicionam uma nova camada de interesse, com muitos arquitetos contemporâneos trabalhando com o tecido histórico, como a intervenção e reabilitação da Fondaco dei Tedeschi da OMA, ou a restauração da Procuratie Vecchie de David Chipperfield, um dos edifícios que definem a Piazza San Marco. Além do que a cidade tem a oferecer, o local da Bienal de Veneza também é marcado por intervenções de arquitetos famosos como Carlo Scarpa, Sverre Fehn e Alvar Aalto, tornadas permanentes devido às suas qualidades excepcionais.
Pavilhão da Ucrânia na Bienal de Veneza 2023 explora resiliência e possibilidade de reconstrução
Para a 18ª Exposição Internacional de Arquitetura - La Biennale di Venezia, o Pavilhão da Ucrânia apresenta uma exposição intitulada Before the Future, focando no paradoxo de “construir um futuro a partir de um presente em colapso.” A intervenção reimagina dois espaços, um no Arsenale e outro no Giardini, para evocar estruturas de proteção que se tornaram emblemáticas de sentimentos de segurança para a sociedade ucraniana. A equipe curatorial — composta por Iryna Miroshnykova e Oleksii Petrov, do escritório ФОРМА de Kiev, e Borys Filonenko, curador independente e crítico de arte — trabalhou com especialistas de diferentes áreas para explorar o tema O Laboratório do Futuro.
Bienal de Arquitetura de Veneza 2023 abre ao público no dia 20 de maio
A 18ª Exposição Internacional de Arquitetura - La Biennale di Venezia, intitulada O Laboratório do Futuro, terá sua inauguração oficial no sábado, 20 de maio, e permanecerá aberta ao público até 26 de novembro de 2023. A ocasião inclui a cerimônia de premiação, durante a qual o júri internacional presidido por Ippolito Pestellini Laparelli concederá os prêmios oficiais: o Leão de Ouro para a melhor Participação Nacional, o Leão de Ouro para o melhor participante, e o Leão de Prata para um jovem participante promissor. O Leão de Ouro pela Trajetória de Vida será entregue a Demas Nwoko, artista, designer e arquiteto nascido na Nigéria.
Pavilhão australiano na Bienal de Arquitetura de Veneza 2023 explora tema da decolonização
Na Exposição Internacional de Arquitetura deste ano – La Biennale di Venezia, o Australian Institute of Architects apresentará o Unsettling Queenstown. Abordando temas de decolonização, a exposição é uma instalação multifacetada e multissensorial. Os diretores criativos Anthony Coupe, Julian Worral, Emily Paech, Ali Gumillya Baker e Sarah Rhode fizeram a curadoria desta exposição como uma resposta ao tema geral da Bienal: O Laboratório do Futuro. Unsettling Queenstown encorajará o público a imaginar o futuro e suas possibilidades.
Salão de Festas: pavilhão da França na Bienal de Veneza 2023 tem curadoria de Muoto & Georgi Stanishev
O projeto "Salão de Festas" foi escolhido para representar o Pavilhão da França na 18ª Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza. Como resposta ao tema proposto por Lesley Lokko — O Laboratório do Futuro — a equipe francesa pretende criar um lugar de celebração e de experiência coletiva, transformando o pavilhão em uma sala de espetáculos. A equipe curatorial é composta por Muoto, um escritório liderado por Gilles Delalex e Yves Moreau, em parceria com Georgi Stanishev e o curador associado Jos Auzende. A expografia ficará a cargo de Clémence La Sagna e a programação é de Anna Tardivel. O pavilhão estará aberto de 20 de maio a 26 de novembro de 2023.
Clássicos da Arquitetura: Pavilhão Nórdico em Veneza / Sverre Fehn
Três arquitetos foram originalmente convidados para elaborar planos para um pavilhão "nórdico": os finlandeses Reima e Raili Pietilä, Sverre Fehn da Noruega, e o sueco Klas Anshelm. Após a seleção da proposta de Fehn em 1959, Gotthard Johansson escreveu no Svenska Dagbladet sobre a "simplicidade impressionante do projeto [...], sem muitas insinuações arquitetônicas" [1] - uma proposta de um espaço capaz de unir um triunvirato de nações sob uma mesma cobertura (incrível).
RAAAF "recupera" o Giardini de Veneza com cobertura têxtil sobre os pavilhões nacionais
Poucas pessoas alguma vez já pararam para pensar como é o Giardini — o parque dos pavilhões nacionais na Bienal de Arte e Arquitetura de Veneza—durante o inverno. Na verdade, em épocas "fora de temporada", os jardins, geralmente, acabam ficando abandonados. RAAAF—um estúdio multidisciplinar de Amsterdam, em parceria com o arquiteto Marcel Moonen—propôs uma série de instalações com o intuito de "reivindicar valor a este espaço público" localizado no coração de uma cidade geralmente muito movimentada.