Diante das batalhas que temos enfrentado contra as mudanças climáticas, sobretudo nos anos recentes, a elaboração de estratégias genuínas de descarbonização nunca foi tão crítica e necessária, e em todo o mundo, profissões, empresas e organizações de diversas áreas estão sob pressão para adotarem práticas e condutas mais sustentáveis em seus processos. No campo da arquitetura e do urbanismo não é diferente, e termos como "arquitetura sustentável" ou "arquitetura verde", misturadas a uma série de certificações, produtos e propagandas, tornaram-se cada vez mais comuns e populares, prometendo mudanças e melhorias na profissão que, teoricamente, estariam alinhadas aos novos parâmetros desejados para o futuro global.
No entanto, em meio à essa crescente conscientização ambiental, emergiu um outro fenômeno: o greenwashing, ou "maquiagem verde". O greenwashing refere-se a práticas adotadas por diversos setores, sobretudo ligadas às estratégias de marketing que apresentam iniciativas que transmitem uma impressão falsa ou que fornecem informações enganosas sobre como os produtos ou projetos de uma empresa são mais ecologicamente corretos do que eles realmente são, quando analisados sob um viés mais crítico e cuidadoso.