Na semana passada, a Hassell apresentou o masterplan de Habitat Lunar, um conceito modular para uma base na lua. Desenvolvido em colaboração com a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Universidade de Cranfield, o projeto visa contribuir para a formação do primeiro assentamento humano permanente na lua. Vários arquitetos renomados já contribuíram anteriormente para a exploração espacial por meio da arquitetura. Desde Buckminster Fuller até Foster + Partners, BIG e SOM, o catálogo arquitetônico no espaço exterior tem visto muitos avanços. Representando um grande passo à frente na exploração interplanetária, este masterplan da Hassell espera apoiar o desenvolvimento de uma comunidade na lua.
Habitat: O mais recente de arquitetura e notícia
A casa como pele: trazendo Hundertwasser para o século XXI
“Eu sou tolerante. Mas revolto-me. Acuso. É a minha obrigação. Estou sozinho. Por trás de mim não há qualquer ditadura, qualquer partido, qualquer grupo, nem qualquer máfia. Nem um esquema intelectual coletivo, nem uma ideologia. A revolução verde não é uma revolução política. É sustentada pela base e não é nem minoritária nem elitista. É uma evolução criadora em harmonia com o curso orgânico da natureza e do universo.”
O parágrafo acima foi proferido em meados do século XX por Friedensreich Hundertwasser, artista e arquiteto austríaco nascido em 1928 que marcou a história da arquitetura com seu estilo único de incorporar formas irregulares e vibrantes nas obras. Seus projetos eram um verdadeiro manifesto contra a arquitetura racional e repetitiva nos quais há direito de intervenções nas janelas para os inquilinos, pisos irregulares, telhados verdes e vegetação espontânea. Como arquiteto, ele sempre colocou a diversidade antes da monotonia, acreditando no direito de cada indivíduo de modificar a sua casa e expressar sua criatividade. Porém, acima de tudo, Hundertwasser acreditava na importância da identificação do homem com a natureza e o mundo ao seu redor, abordando conceitos relacionados à vida em comunidade e ao respeito pelo meio ambiente.
Projetado para durar: como criar edifícios para durar séculos
Alguns edifícios resistiram ao teste do tempo e depois de séculos ou mesmo milênios, eles permaneceram estruturalmente sólidos, reverenciados como espaços habitáveis da história e inovação humana. Alguns ainda estão em uso hoje, muitas vidas depois que seus projetistas originais morreram.
Esses edifícios, de propósito ou por acidente, foram projetados para durar. É um conceito cada vez mais relevante. A construção e operação de edifícios é responsável por uma quantidade preocupante de emissões de dióxido de carbono. O carbono incorporado que resulta da produção de materiais de construção e construção soma cerca de 11% de todas as emissões globais de carbono. De acordo com um novo livro sobre edifícios de vida longa, projetar edifícios para permanecer em pé por muito mais tempo – e sobreviver às várias voltas e reviravoltas que acompanham essa vida útil mais longa – é um novo imperativo para os arquitetos.
Arquitetura para animais: biodiversidade, abrigo e habitat
A arquitetura é criada para as pessoas, mas como se projeta além da escala humana? Com o interesse pela biodiversidade e habitats de animais em alta, acelerado pela crise climática, há também a questão do abrigo e o que significa projetar espaços de interação e reabilitação. À medida que o olhar dos arquitetos vai além das estruturas para as pessoas, sua atenção é voltada para diferentes tipos de recintos e espaços abertos que repensam o envolvimento com os animais e seu bem-estar.
Estratégias de ocupação urbana para reabilitar as encostas de Lima
Dedicado a famílias afetadas por desastres naturais e aquelas que vivem em zonas costeiras à espera de alternativas ou mudanças em seu habitat.
As encostas são como um manto que nos rodeia, mas de uma forma tendenciosa. A neblina de Lima esconde esse esquecimento. Falar em habitar as encostas ainda pode ser sinônimo de não-habitável por conta das más condições em que se encontram tantas casas vulneráveis pertencentes aos 70% da autoconstrução da cidade. No entanto, as encostas, devido à sua condição geográfica, oferecem qualidades habitáveis que devemos reconhecer e repensar, a fim de nos colocarmos sabiamente no território, e assim reabitar com novos ares. Nem todas as casas auto-construídas são "sem conhecimento", algumas delas têm suas próprias lições. Outras, em sua maioria, não. A verdade é que ainda é uma área a ser explorada.
Moshe Safdie discute sua obra não construída e o significado da atemporalidade na arquitetura
Embora Moshe Safdie possa ser mais conhecido por ousados projetos que compõe seu portfólio de obras construídas, o arquiteto considera sua obra não construída tão, se não mais, importante. Safdie reflete sobre o papel desses projetos no mais recente vídeo da série Time-Space-Existence da PLANE-SITE.
ONU-Habitat publica em português documentos sobre desenvolvimento urbano
Com o apoio de voluntários online da ONU, o Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-HABITAT) no Brasil coordenou a tradução para o português dos documentos temáticos da Terceira Conferência sobre Habitação e Desenvolvimento Urbano Sustentável, também conhecida como Habitat III.
O evento – que teve início no dia 17 e acontece até 20 de outubro em Quito, no Equador – vai reunir representantes dos Estados-membros para a elaboração de uma nova agenda urbana para o mundo.
ONU-Habitat: Brasil mobiliza gestores e sociedade civil para contribuir com o futuro das cidades
Sensibilizar os gestores públicos e a sociedade civil para participar do processo de preparação da Terceira Conferência das Nações Unidas sobre Habitação e Desenvolvimento Urbano Sustentável (Hábitat III) foi um dos objetivos do Seminário Nacional Habitat III – Participa Brasil, um evento de três dias realizado no final de fevereiro em Brasilia. A Conferência Hábitat III acontece em Quito, Equador, entre 17 e 21 de outubro de 2016.
O Ministério das Cidades, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o Conselho das Cidades, o Ministério das Relações Exteriores e a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República são parceiros nesta iniciativa.
ONU anuncia Quito como sede da conferência Habitat III em 2016
A cidade de Quito, capital do Equador, vai sediar a cúpula Habitat III, a 3ª Conferência das Nações Unidas sobre Moradia e Desenvolvimento Urbano Sustentável. O anúncio foi feito pelo diretor-executivo da ONU-Habitat, Joan Clos.
O Ministério de Desenvolvimento Urbano e Habitação do país emitiu um comunicado dizendo que a oportunidade de receber o evento é única e que é uma oportunidade para o Equador colocar em evidência e discutir suas políticas de urbanismo e inclusão social.
A América do Sul tem se firmado como palco de importantes espaços de discussão sobre moradia e urbanismo. Em 2014, Medelín, na Colômbia, recebeu o Fórum Urbano Mundial, também promovido pela ONU-Habitat. Em 2020, o Rio de Janeiro vai sediar o 27º Congresso Mundial da União Internacional dos Arquitetos (UIA).
Ministério das Cidades cria plataforma online participativa para enfrentar desafios urbanos
O Ministério das Cidades lançou recentemente uma plataforma online colaborativa sobre as questões e desafios urbanos das cidades brasileiras. A página servirá de base para a participação da sociedade; nela as pessoas poderão ajudar ativamente na produção do relatório oficial apresentado pelo Brasil na 3ª Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Urbano Sustentável, que acontecerá em 2016.
Recomendação da ONU, a participação popular será organizada através de um questionário baseado nos sete tópicos abordados pelo relatório nacional sobre demografia urbana e planejamento urbano territorial: questões e desafios para uma nova agenda urbana, meio ambiente e urbanização, governança urbana e legislação, economia urbana, habitação, serviços básicos e indicadores.