A arquitetura é humana. Então, quando entrei na Faculdade de Arquitetura, Arte e Planejamento de Cornell em 1973 e todo o corpo docente feito de homens brancos como eu, não fazia sentido para mim, mas era um reflexo do fim do domínio masculino na minha profissão que escolhi. Naquele mundo, alguns professores costumavam comentar sobre como as alunas os olhavam. Alguns vitimavam sexualmente as alunas.
"Crescer sendo queer significa experimentar a desestabilizadora ausência de uma história queer ampla e acessível, principalmente em relação ao pensamento espacial". Este relato é o que intrigou o designer Adam Nathaniel Furman e o historiador de arquitetura Joshua Mardell a reunir uma comunidade de colaboradores para apresentar novas perspectivas ao campo da arquitetura. A partir de histórias de espaços que desafiam a moral cis-heteronormativa e abrigam pessoas que buscam viver suas próprias verdades, surgiu o livro intitulado "Queer Spaces: An Atlas of LGBTQIA+ Places and Stories", o qual explora distintos contextos sociais, políticos e geográficos da comunidade LGBTQIA+.
Embora as mulheres constituam metade da população, elas não são igualmente representadas quando imaginam, planejam, projetam e constroem o ambiente construído em todo o mundo. Prosperando para reequilibrar as forças e fechar a lacuna da desigualdade de gênero, o mundo está se movendo lentamente, mas seguramente para um futuro mais diversificado, equitativo e inclusivo. Olhando para 2021, este ano viu a seleção de Lesley Lokko como curadora da Bienal de Veneza 2023, Anne Lacaton ganhando com seu parceiro Jean-Philippe Vassal o Prêmio Pritzker 2021, a 6ª mulher a receber o prêmio, e o Museu MAXXI celebrando o papel transformador das arquitetas na evolução da profissão ao longo do último século.
O Dia Internacional da Mulher 2022, segundo a ONU, está centrado na “Igualdade de gênero hoje para um amanhã sustentável”, com foco nas mulheres envolvidas na construção de um futuro sustentável, enquanto a plataforma oficial de 8 de março concentra seus esforços em quebrar o preconceito e eliminar a discriminação. Reconhecendo a cada dia a força feminina que molda o ambiente construído, neste ano, o ArchDaily, por outro lado, voltou-se para seu público global, buscando informações para lançar luz sobre ainda mais mulheres arquitetas, dos quatro cantos do mundo. Sempre tentando alcançar novos domínios, esta seleção de 25 profissionais busca ajustar a narrativa histórica, destacando as pioneiras do campo, apresentar profissionais estabelecidas moldando o mundo em que vivemos e compartilhar perfis de ativistas e acadêmicas envolvidas na mudança.
Bryant Park en Nueva York. Imagen de ymgerman. . Image via Shutterstock
Um dos maiores desafios que o planejamento urbano encontra hoje é como prever e sistematizar o inevitável crescimento de uma cidade. Os anos se passam e as grandes cidades continuam expandindo suas fronteiras em direção à periferia, e de fato, estima-se que 70% de todos os habitantes do planeta deverão estar vivendo em cidades até o ano de 2050. Neste contexto, como poderíamos construir cidades mais sustentáveis, saudáveis e equitativas para enfrentarmos os desafios do futuro?