Uma das instâncias mais radicais de transformação do espaço público aconteceu recentemente. Durante os primeiros meses da pandemia de Covid-19, o espaço público se transformou em "um recurso médico, centro de distribuição, espaço de transbordamento, local de protesto e resistência, academia, centro para idosos, centro comunitário, creche, pátio escolar, boate, via de transporte, restaurante ao ar livre, shopping center, parquinho infantil, teatro aberto, espaço de música, refugio natural e um lugar de pertencimento, de 'sentir-se em casa'".
Inclusão Social: O mais recente de arquitetura e notícia
Espaços públicos socialmente justos são cruciais para sociedades prósperas
AWBQ lança guia para promover práticas inclusivas nas cidades
A organização Arquitetura Sem Fronteiras Quebec (ASFQ) divulgou o catálogo Architecture + Homelessness: Inclusive Practices for a Supportive City. A publicação, disponível em inglês e francês, foi criada para incentivar escritórios de arquitetura e design a contribuirem para o bem-estar das pessoas em situação de rua. O catálogo faz parte de um projeto de pesquisa em andamento iniciado pela ASFQ e apoiado pelo Governo de Quebec e pela Cidade de Montreal.
A iluminação como ferramenta de seguraça nos espaços públicos
A simples atividade de dar uma caminhada à noite pode facilmente se transformar de um passatempo relaxante em uma empreitada perigosa se retirarmos apenas um elemento da paisagem urbana: a iluminação pública. Embora nem sempre reconhecida como um aspecto fundamental dos ambientes urbanos, a iluminação artificial tem desempenhado um papel essencial nas cidades modernas. O controle do crime, o apelo da vida noturna, o surgimento da vitrine, movimentos revolucionários, utopias e ideais de equidade social são todos conceitos cujo desenvolvimento está estreitamente ligado à história da iluminação pública. Avanços tecnológicos ao longo dos últimos séculos vem moldando a aparência e o simbolismo dos postes de luz. Ainda assim, esse elemento permaneceu ao longo da história.
Como Amsterdã usa a economia da rosquinha para criar estratégias equilibradas para pessoas e meio ambiente
Em 2020, em meio à primeira onda de bloqueios devido à pandemia, o município de Amsterdã anunciou sua estratégia para se recuperar dessa crise adotando o conceito de “Economia Donut” (traduzido também como economia da rosquinha). O modelo é desenvolvido pela economista britânica Kate Raworth e popularizado por meio de seu livro, Doughnut Economics: Seven Ways to Think Like a 21st-Century Economist, lançado em 2017. Ela argumenta que o verdadeiro propósito da economia não precisa igualar o crescimento. Em vez disso, o objetivo é encontrar um ponto ideal, uma forma de equilibrar a necessidade de fornecer a todos o que precisam para viver uma vida boa, uma “base social”, enquanto limitamos nosso impacto no meio ambiente, “o teto ambiental”. Com a ajuda de Raworth, Amsterdã reduziu essa abordagem às proporções de uma cidade. O modelo agora é usado para informar estratégias em toda a cidade em apoio a essa ideia abrangente: proporcionar uma boa qualidade de vida para todos sem colocar mais pressão no planeta. Outras cidades estão seguindo este exemplo.
Cidades 8-80: como projetar espaços urbanos para pessoas de todas as idades?
Um dos maiores desafios que o planejamento urbano encontra hoje é como prever e sistematizar o inevitável crescimento de uma cidade. Os anos se passam e as grandes cidades continuam expandindo suas fronteiras em direção à periferia, e de fato, estima-se que 70% de todos os habitantes do planeta deverão estar vivendo em cidades até o ano de 2050. Neste contexto, como poderíamos construir cidades mais sustentáveis, saudáveis e equitativas para enfrentarmos os desafios do futuro?
Peru, Equador e Venezuela, vencedores do V concurso de desenvolvimento urbano e inclusão social da CAF
Um projeto cuja metodologia se concentra em meninos e meninas como agentes de mudança nos bairros de Lima é o vencedor da quinta edição do concurso de desenvolvimento urbano e inclusão social do CAF. O concurso buscava propostas em cidades latino-americanas que proponham uma melhoria integral do habitat nas comunidades, especificamente a melhoria da qualidade de vida de seus cidadãos, e a integração de assentamentos espontâneos à cidade através da concepção e desenho de propostas inovadoras, relevantes, justificadas e viáveis.
Este concurso é uma iniciativa do Programa Cidades com Futuro do CAF, cujo objetivo é acompanhar as autoridades latino-americanas na criação de cidades cada vez mais inclusivas, conectadas, integradas espacialmente, econômicas e socialmente com acesso universal a serviços básicos, oportunidades de formação e ambientalmente responsáveis.
Estes são os projetos premiados: