No dia 5 de junho, a Apple lançou o Apple Vision Pro, um novo tipo de computador espacial que utiliza óculos de realidade aumentada para permitir aos usuários experimentar uma mistura entre os mundos digital e físico. O dispositivo promete oferecer aos usuários uma tela infinita para aplicativos, maior e mais imersiva do que as telas tradicionais, permitindo que permaneçam presentes e conectados com outras pessoas. Ele conta com o visionOS, o primeiro sistema operacional espacial para criar esta nova forma de interagir com o conteúdo digital. Conceitos anteriores como o metaverso já prometeram transformar a forma como experimentamos os mundos digitais, e os arquitetos aproveitaram a oportunidade para mergulhar no design de espaços virtuais sem restrições. A pergunta agora é se este novo dispositivo poderá trazer novas formas de vivenciar espaços tridimensionais, para melhor integrar a arquitetura com ambientes digitais.
Inteligência Artificial: O mais recente de arquitetura e notícia
Qual é o impacto dos óculos de realidade aumentada Vision Pro da Apple na arquitetura?
A inteligência artificial é realmente a próxima grande novidade na arquitetura?
Este artigo foi originalmente publicado em Common Edge.
Está aqui! A renascença digital do século XXI acabou de produzir sua última debutante, e sua entrada chique e sensacional enviou o mundo a uma histeria impressionada. Agora, sambando sem esforço na disciplina da arquitetura, brilhando com a promessa de ser imaculada, revolucionária e invencível: o ChatGPT. O mais recente chatbot da OpenAI foi recebido com uma recepção frenética que parece tudo muito familiar, quase um dèjá vu de algum tipo. A razão é esta: toda vez que qualquer inovação tecnológica aparece no horizonte da arquitetura, ela é imediatamente empurrada para um holofote cegante e anunciada como o "próximo grande acontecimento". Mesmo antes de ser entendida, absorvida ou ratificada, a ideia já atraiu uma multidão de defensores e uma horda ainda maior de detratores. Hoje, enquanto todos se preparam para serem varridos pela enxurrada de uma nova descoberta, voltamos nosso olhar introspectivo, desembrulhando onde a tecnologia nos levou e o que mais está por vir.
Navegando no metaverso com seu concierge de inteligência artificial
Este artigo é o quarto de uma série que se concentra na Arquitetura do Metaverso. O ArchDaily, em colaboração com John Marx, designer, fundador e diretor da Form4 Architecture, traz mensalmente artigos que buscam definir o metaverso, transmitir o potencial desse novo domínio e entender suas limitações.
De todas as características que definirão o metaverso, a mais importante é a experiência. À medida que avançamos mais profundamente no Antropoceno, os humanos parecem ter mudado seu foco de coletar coisas para coletar experiências. À medida que a demanda por experiências se torna mais intensa e refinada, a necessidade de conteúdo e o uso inteligente e eficaz desse conteúdo aumenta exponencialmente. Desde uma perspectiva mais detalhada, a gestão e a qualidade dessas experiências determinarão o sucesso inicial do metaverso. É aqui que entra em jogo o ideia de um Concierge Responsivo de IA.
O que é tecnologia da arquitetura e como ela está mudando a indústria?
Profissionais das indústrias de arquitetura, engenharia e construção estão bem cientes dos problemas que afetam o ambiente construído. A indústria da construção civil ser a maior consumidora de materiais e também responsável por 40% de todas as emissões de carbono é um fato conhecido. O trabalho de construção também é um grande gerador de resíduos e poderia se beneficiar muito dos princípios do design circular. Quase três quartos de todos os projetos de construção tendem a exceder o orçamento, e quase metade dos gastos em edifícios são destinados às despesas gerais. Em um mundo acelerado com desafios multifacetados, a tecnologia e a digitalização buscam fornecer soluções significativas.
Conversando com o ChatGPT: a inteligência artificial pode projetar um edifício?
“Você pode me ajudar a projetar minha torre residencial? São 30 andares e está localizada no Brooklyn, em Nova York.” A resposta do ChatGPT pode ser surpreendente. Dado que o robô não tem experiência em arquitetura e certamente não é um arquiteto licenciado, ele foi rápido em listar considerações para o meu edifício. Códigos de zoneamento, funcionalidade da planta, códigos de construção, materialidade, design estrutural, espaços de comodidades e medidas sustentáveis foram apenas alguns dos tópicos sobre os quais o ChatGPT compartilhou informações.
Pesquisadores constroem abóbada de tijolo com ajuda de realidade aumentada
As tecnologias atuais de desenho e fabricação podem ser incorporadas às técnicas de construção vernaculares e tradicionais? No campus da IE University, em Segovia, um grupo de pesquisadores da IE University, Princeton University e University of Bergamo construíram uma estrutura de alvenaria não reforçada chamada innixAR que demonstra como as tecnologias digitais podem contribuir com os trabalhos artesanais. Este experimento emprega as últimas inovações em realidade aumentada (AR) para auxiliar a construção de uma estrutura de alvenaria sem a necessidade de guias físicas e gabaritos temporários.
Como a Inteligência Artificial enxerga a casa contemporânea? Diferentes perspectivas em 15 países
Pensar o modo como habitamos é pensar a arquitetura. Se foi na necessidade primordial de um abrigo que surgiu a disciplina, hoje a habitação ainda segue como uma das maiores inquietações dos arquitetos. Trazer conforto, buscar por materiais inovadores, respeitar a memória, transformar a cultura. São diversas as camadas que atravessam o projeto de uma residência. Por isso, imaginar o que seria a síntese da casa contemporânea é um grande desafio. Em busca de novos olhares, fizemos uma colaboração com o Ulises Design Studio para entender como a Inteligência Artificial (IA) olha para a casa contemporânea no contexto de 15 diferentes países. Entre dados que esbarram fatos da realidade e da ficção, as imagens que surgem podem trazer não só inspirações, mas também importantes reflexões sobre a prática espacial.
Direitos autorais de imagens arquitetônicas na era da IA
A arquitetura é uma disciplina referencial. Desde os zigurates, máquinas para morar, até os projetos contemporâneos de arranha-céus biofílicos, é impossível saber se as ideias são genuinamente inovadoras ou se já foram conceituadas antes. A inteligência artificial tem acelerado a conversa sobre propriedade intelectual. Conforme milhões de pessoas geram trabalhos gráficos únicos digitando palavras-chave, controvérsias têm surgido, especialmente relacionadas à proteção do trabalho criativo e dos direitos autorais dos arquitetos em suas criações. Portanto, entender o escopo do que é protegido ajuda a determinar se licenças são suficientes, se o longo caminho para o registro de marcas comerciais é válido ou se uma peça gráfica não pode ser protegida e pertence ao domínio público.
Resorts de outro mundo e uma metrópole utópica: 8 projetos para o metaverso ou gerados por IA
O metaverso está se mostrando um terreno fértil para pesquisa e experimentação, especialmente para os arquitetos. Este novo reino é atualmente indefinido e reúne muitas narrativas, explorações e oportunidades para arquitetos e designers moldarem um novo tipo de ambiente. Ferramentas como geradores de imagens por Inteligência Artificial estão contribuindo para a compreensão das suas inúmeras possibilidades. Embora eles ainda não façam parte da prática padrão, trazem a promessa de uma mudança na produção da arquitetura. Projetos conceituais como os apresentados a seguir não têm propósito externo mas, ainda assim, são importantes para a consciência das novas tecnologias que provavelmente terão um efeito significativo no futuro de nossa profissão.
A curadoria desta semana apresenta os melhores projetos de arquitetura não construída, destacando criações enviadas pela comunidade ArchDaily que experimentam um novo meio e integram novas tecnologias. De edifícios abstratos criados para serem experimentados por meio da realidade virtual no metaverso a investigações sobre a capacidade dos mecanismos geradores de imagens por IA de desenvolver expressões arquitetônicas inovadoras e até pesquisas em planimetria, os projetos a seguir estão ampliando os limites de como a arquitetura poderá ser na nova era dos desenvolvimentos tecnológicos.
As tendências de arquitetura de 2023 de acordo com ChatGPT, um bot treinado em IA
2022 pode ser lembrado como o ano em que ferramentas surpreendentes alimentadas por IA se tornaram acessíveis a um público maior: da geração de texto para imagem Stable Diffusion, Midjourney e DALL-E 2 a experimentos de design perturbadores, como This House Does Not Exist, para o surpreendentemente inteligente OpenGPT, o processamento da linguagem levou a inteligência artificial à gerar textos semelhantes aos feitos por humanos.
Cautelosamente descrito pelo CEO da OpenAI, Sam Altman, como "uma prévia do progresso", qualquer usuário pode conversar com o OpenGPT sobre quase tudo: os resultados são surpreendentes e ele pode facilmente incorporar mais uma ameaça aos trabalhos relacionados à criação. No entanto, o OpenGPT não tem acesso a Internet. Em vez disso, ele interage com base no gigantesco banco de dados no qual foi treinado. Conforme expresso por Eric Ulken da Gannett, "mesmo as melhores ferramentas de IA generativas são tão boas quanto seu treinamento", então, o que seria um "pedido inapropriado" já foi ajustado anteriormente (por humanos).
A arquitetura pode salvar a terceira dimensão?
Este artigo foi publicado originalmente em Common Edge.
Em Childhood’s End, clássico livro de ficção científica de Arthur C. Clarke de meados do século XX, um personagem questiona se os habitantes achatados que experimentam a tremenda força gravitacional de um planeta distante estão cientes da terceira dimensão. Nos últimos anos, essa hipótese encontrou paralelos em nosso crescente universo digital, onde somos continuamente atraídos para nossas telas planas para confirmar nossa relevância, nos conectar com pessoas que pensam como nós ou criar perfis de namoro. Com lapsos de atenção cativados pelo infinito conteúdo digital, andar na rua tornou-se uma dança delicada de impedir que as pessoas olhem inadvertidamente para seus telefones - aqueles que, lembrando a famosa pergunta de Ada Louise Huxtable, "Chutaram um edifício ultimamente?".
Inteligência artificial, moradias pequenas e o que mais construímos em 2022
2022 foi um ano agitado que, novamente, resultou em uma cobertura diversificada no ArchDaily, desde a especulação acerca dos materiais de construção do futuro até a análise do papel narrativo que a arquitetura desempenha na literatura. Uma seleção de artigos do ano que passou foi reunida abaixo, organizada em quatro tópicos.
O que é Dall-e e por que ela vai transformar os projetos criativos
Muito tem se falado sobre o poder da inteligência artificial e de como sua ascensão pode transformar a profissão de arquiteto. Esse tema já foi assunto de alguns artigos por aqui.
A principal ferramenta que tem assustado os especialista do mercado é o Dall-e, um software baseado em aprendizagem de máquina que gera imagens a partir das palavras que o usuário informa em um campo. Há outras com a mesma proposta, como o Midjourney e a Stable Diffusion.
Os limites do algoritmo e as tendências humanas nas imagens feitas com inteligência artificial
2022 foi o ano dos geradores de imagem IA. Recentemente, esses sistemas de aprendizado de máquina foram ajustados e refinados até encontrar sua atual popularidade com o usuário comum da Internet. Esses geradores de imagens (DALL-E e Midjourney indiscutivelmente os mais populares) geram imagens a partir de texto, por exemplo, permitindo que as pessoas criem interpretações conceituais das arquiteturas do futuro, presente e passado. Mas, como somos parte de um cenário digital repleto de preconceitos humanos, navegar nesses geradores de imagens requer uma reflexão cuidadosa.
"A arquitetura nunca está finalizada": entrevista com FAR, criador do primeiro projeto generativo para o metaverso
A promessa do metaverso, esse novo tipo de espaço digital tridimensional imersivo, está se mostrando cada vez mais atraente para arquitetos ansiosos por explorar o novo reino da criação virtual. Tal como está atualmente, o metaverso não tem uma definição singular, mas é composto por muitas narrativas e explorações. No entanto, esta terra desconhecida é um terreno fértil para os arquitetos, que têm a oportunidade de moldar não apenas o novo ambiente, mas também as experiências dos futuros usuários. O projeto SOLIDS representa uma resposta a essas condições. Desenvolvido por FAR, um arquiteto e engenheiro que trabalha com ambientes digitais, o SOLIDS utiliza um processo generativo para projetar edifícios únicos compatíveis com o metaverso.
Estética pós-humana na arquitetura: entrevista com Matias del Campo
A tecnologia está revolucionando a indústria criativa, que fica cada vez melhor e mais rápida. A inovação no setor de arquitetura nunca foi tão desenfreada quanto neste momento. O advento da inteligência artificial (IA) na arquitetura - o primeiro método de design genuíno do século XXI - está mudando a maneira como os edifícios são imaginados e projetados. Geradores de imagens de IA como Midjourney e DALL-E proporcionam uma maneira exploratória e eficiente para a concepção de conceitos arquitetônicos. Uma emergente e interessante estética de design é revelada através das imagens, que são geradas em menos de 5 minutos. Em entrevista exclusiva ao ArchDaily, o arquiteto e educador Matias del Campo levanta a hipótese de qual seria o futuro da estética arquitetônica.
Gerador de imagens com inteligência artificial permite redesenhar ambientes internos
Interior AI é uma plataforma que ajuda os usuários a gerar novos estilos e até novas funções para seus espaços interiores. O programa utiliza a entrada de uma imagem 2D de um ambiente interno, seja uma imagem encontrada na internet ou uma fotografia feita pelo usuário. Ele pode então modificar essa imagem para se adequar a um dos 16 estilos pré-selecionados, variando de minimalista, art nouveau ou biofílico a barroco ou cyberpunk. O programa também permite que os usuários selecionem uma função diferente para quarto, cozinha, home office, pátio externo ou até academia, gerando um espaço completamente novo.
Esta casa não existe: inteligência artificial cria imagens de projetos inspirados no ArchDaily
Desenvolvido pelo empresário indie @levelsio, This House Does Not Exist é uma plataforma que permite aos usuários gerar imagens de casas contemporâneas no estilo do ArchDaily. O programa usa difusão latente de texto para imagem para gerar automaticamente imagens realistas de casas. O site é intuitivo e fácil de usar, com um botão no canto superior direito escrito “tap image to generate new house” (toque na imagem para gerar uma nova casa). O site também permite que os usuários votem nas melhores imagens geradas ou vejam casas semelhantes clicando nas palavras-chave exibidas na parte inferior da imagem.