O projeto Refúgio polonês, do arquiteto Jakub Szczesny , sugere, a partir da casa provisória, de uma plataforma de atividades e da publicação, questionar os rótulos culturais em uma época de crescimento de políticas xenófobas. As indagações sobre o que é ser polonês, o que é ser brasileiro, fundamentam-se na ideia de que todas as construções identitárias são sempre resultados de processos heterogêneos.
Jakub Szczesny: O mais recente de arquitetura e notícia
"Refúgio Polonês" por Jakub Szczesny
O futuro da arquitetura moderna comunista polonesa
Nos últimos tempos tem-se debatido intensamente o futuro da arquitetura polonesa da era comunista, uma arquitetura pontuada por grandes e impressionantes edifícios que têm muito a dizer. De um lado estão os críticos, que vêem os edifícios como uma "feia" recordação de um passado indesejado que é melhor esquecer. Do outro lado do debate estão os defensores destas obras, que argumentam dizendo que estes edifícios fazem parte do patrimônio nacional. Segundo um recente artigo publicado pelo jornal The Economist, o debate se concentrou em torno de diferentes edifícios da Polônia, desde o Palácio da Cultura e Ciência (Palac Kultury i Nauki) até edifícios residenciais.
Antigamente conhecido como Palácio Joseph Stalin da Cultura e Ciência (PKiN), projetado pelo arquiteto Lev Rudnev, o edifício foi um presente do povo soviético para a Polônia. Atualmente, com mais de 230 metros de altura, é o sexto edifício mais alto da União Européia, podendo ser avistado de todas as partes de Varsóvia. O edifício, cuja construção foi concluída em 1955, se converteu em um símbolo de contradições e da dominação soviética.