"É chegada a hora de criarmos uma nova interface com as profundezas do mar, a última fronteira da terra", diz o livreto da companhia japonesa Shimizu Corporation que apresenta a extravagante proposta Ocean Spiral, uma colônia no fundo do mar que pode, supostamente, oferecer condições de vida para 5.000 pessoas em sua esfera submersa de 500 metros de diâmetro.
A companhia descreve a Ocean Spiral como "mais segura e mais confortável" que as cidades na superfície graças às temperaturas constantes do fundo do mar, além de estar imune a terremotos e outras catástrofes naturais.
Como os caranguejos poderiam nos ensinar uma lição sobre a paz mundial? Em seu projeto intitulado "Por que não fazer o refúgio de um caranguejo eremita?" a artista Aki Inomata se inspira no intercâmbio pacífico das conchas destes crustáceos, uma metáfora para o intercâmbio entre os países.
Explorando ainda mais o tema, Inomata desenha novos refúgios com a forma característica de algumas cidades mundiais e oferece novos lares para os caranguejos, representando a percepção abstrata das mudanças de nacionalidade e identidade.
A exposição "Paperworks" do artista japonês Katsumi Hayakawa explora a impressão da densidade arquitetônica através de delicadas instalações feitas de papel. As complexas esculturas foram todas produzidas manualmente, peça a peça, com papel e cola, criando uma inspiradora montagem de cenários urbanos sobrepostos das mais variadas escalas. A seguir, mais informações e imagens sobre o trabalho de Hayakawa.
Ochoalcubo é um projeto pioneiro no Chile que busca unir influentes arquitetos e escritórios chilenos e japoneses. A iniciativa colaborativa foi iniciada por Eduardo Godoy, um empresário que começou a trabalhar no Chile nos anos 80 e que sempre apoiou a inovação no design e arquitetura do país. Para um país que conta com mais de quarenta escolas de arquitetura, o número crescente de profissionais parece ter um impacto relativamente pequeno nas cidades chilenas. Cansado das "mesmice" que se constrói nos subúrbios, Godoy implementou o projeto Ochoalcubo visando proporcionar oportunidades para jovens profissionais, além de fomentar um novo tipo de apreciação da própria profissão.
Veja, a seguir, imagens de todas as dezesseis propostas das etapas 3 e 4 do Ochoalcubo, incluindo os projetos do SANAA, Sou Fujimoto, Kengo Kuma, Alejandro Aravena e Atelier Bow Wow.
A instalação "Air Garden" de Ryo Yamadaé uma passagem, mas não no sentido tradicional da palavra. Não é uma passagem que conecta um ponto a outro, já que o caminho não leva a um destino tangível, mas, ao invés disso, conecta um jardim fechado à vastidão do céu. O artista acredita que todos compartilhamos de um desejo comum pelo céu, que representa liberdade e igualdade. Mais informações, imagens e um vídeo da instalação a seguir.
Os visitantes da Bienal de KOBE 2013 tiveram a oportunidade de experienciar a mágica de um caleidoscópio de uma forma completamente nova graças a instalação premiada de Saya Miyazaki e Masakazu Shirane. A instalação psicodélica foi projetada para o Art Container Contest, que desafiava os participantes a criarem ambientes diversos dentro do volume de um contêiner. Ao passo que os visitantes percorriam a instalação, se tornavam participantes ativos - não apenas observadores passivos - da mudança constante do caleidoscópio. Mais informações e imagens a seguir.
O "Fusionner 1.0" , da empresa Japonesa Kotaro Horiuchi Architecture estava em exposição no início deste ano na White Gallery Cube, na cidade de Nagoya, Aichi, Japão. A instalação consistia de duas membranas horizontais flutuantes esticadas sobre uma sala retangular, dividindo o espaço verticalmente em três partes.
A Japan Art Association (JAA) premiou o arquiteto americano Steven Holl com o Praemium Imperiale 2014. Holl será homenageado numa cerimônia que acontecerá em Tóquio no dia 15 de outubro. A citação do júri afirma que suas "obras são muito conceituadas internacionalmente, sobretudo como resultado de sua filosofia em relação à unificação da 'experiência' do espaço, conforme representada pela cor e luz, com a história e cultura de cada local de construção."
Na obra de Kengo Kuma pode-se ver um cuidado singular com a luz, transparência e materialidade. Quando visitou a Woodbury School of Architecture em San Diego, no entanto, Kuma compartilhou algumas de suas não tão aparentes influências, de Frank Lloyd Wright e Louis Kahn à música jazz. Assista ao vídeo Knowing Kuma para conhecer sua definição de arquitetura e materiais.
Como parte da série de vídeos sobre arquitetura japonesa, o arquiteto e filmmaker francês e Vincent Hechtcriou essa exploração visual da Casa Shibaura de Kazuyo Sejima. Concluída em 2011, a edificação de cinco pavimentos é quase completamente coberta de vidro e conta com espaços de pé-direito duplo que expõem os trajetos pelo edifício. O edifício também conta com um café público em seu térreo e um terraço em sua cobertura.
A influência do mundo ocidental e a modernização que seguiu a Segunda Guerra Mundial levaram o Japão ao posto de segunda maior economia mundial ainda em 1968. Com isso veio uma série de problemas, como poluição ambiental e a crise do petróleo, que desencadearam um novo olhar para o modernismo na arquitetura japonesa e uma série de experimentos radicais propostos por jovens arquitetos que sugeriam uma nova visão da cidade.
Destacando o trabalho destes jovens arquitetos, bem como o de historiadores, observadores urbanos, artistas e revistas dos anos 70, a participação do Japão na Bienal de Veneza 2014 destacará as "respostas independentes e fundamentalmente inovadoras" que "desdobraram um novo e fértil campo da arquitetura" e revelaram o "poder essencial" que nossa profissão tem no mundo real.
O Japão é famoso por sua arquitetura residencial radical. Mas, como o arquiteto Alastair Townsend explica, a tendencia pela habitação vanguardista pode ser incentivada tanto pela estranha economia imobiliária do país, como pela criatividade de seus arquitetos.
Muitas vezes aqui ArchDaily, vemos um fluxo constante de casas japonesas radicais. Estas casas, em sua maioria projetados por jovens arquitetos, muitas vezes, provocam perplexidade entre os leitores. Pode parecer que no Japão tudo é permitido: escadas e varandas sem corrimão, dormitórios e espaços de uso comum completamente abertas para o entorno, ou casas sem janela alguma.
Estas propostas de vida extravagantes, irônicas, e até extremas chama a atenção dos leitores, levando-nos a perguntar: O que acontece no Japão? As fotos viajam a blogsfera e as redes sociais sob suas próprias dinâmicas, ganhando exposição global e validação internacional para arquitetos japoneses, aparentemente tímidos e silenciosos,porém, com bastante conhecimento dos meios de comunicação. Afinal, no Japão - o país com mais arquitetos por habitante - destacar-se na multidão é a chave para jovens profissionais ficarem à frente. Mas o que motiva os seus clientes, a optar por tais expressões excêntricas do estilo de vida?