A paisagem natural da América Latina é excepcionalmente diversificada, abarcando desde montanhas imponentes até vastas planícies desérticas. Nesse mosaico geográfico, muitos projetos arquitetônicos se destacam por estabelecer um diálogo harmonioso com o entorno, inserindo-se de forma sutil na paisagem. Esse cuidado é evidente no uso de materiais, cores e formas que mimetizam o construído no natural.
Latin America: O mais recente de arquitetura e notícia
As cidades mais populosas da América Latina em 2023
Em 11 de Julho foi celebrado o Dia Mundial da População, um evento anual criado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento em 1990 que busca conscientizar o público sobre as questões demográficas globais. Um tema não menos importante nos dias de hoje, já que espera-se que sejamos quase 10 bilhões de pessoas até 2050 e os últimos relatórios da ONU-Habitat estimam que, até lá, dois terços da população viverão em cidades. Ao mesmo tempo, este ano é especialmente interessante porque a Índia se tornou o país mais populoso do mundo, com 1,4286 bilhão de habitantes, o que naturalmente levanta a questão de como será construir para bilhões de pessoas.
O World Population Review avalia anualmente o crescimento das cidades e a quantidade de habitantes que vivem em áreas metropolitanas para entender as tendências de evolução global. Embora a lista das 20 cidades mais populosas do mundo contenha figuras repetidas da Ásia, como Tóquio, no Japão, Délhi, na Índia, e Xangai, na China, ao mesmo tempo há várias cidades latino-americanas, como São Paulo, Cidade do México e Buenos Aires, que tiveram um crescimento de 0,85%, 0,89% e 0,78%, respectivamente, em relação ao ano passado.
Fazer a América: Sameer Makarius e suas fotografias da Feira da América de 1954 em Mendoza
Sameer Makarius nasceu no Cairo em 1924. Em 1933, emigrou com sua família para Berlim. Aos dez anos, seu pai lhe deu uma câmera com a qual ele iniciou sua história na fotografia. Após o início da Segunda Guerra Mundial, em 1940, eles se mudaram para Budapeste, onde ele completou seus estudos secundários, começou sua formação artística e estabeleceu uma relação com os protagonistas da vanguarda local. Em 1946, ele retornou ao Egito, passando por Zurique. Lá, ele organizou uma exposição de arte moderna húngara com o apoio de Max Bill. De volta ao Cairo, trabalhou com arte para publicidade e também para um escritório de arquitetura e construção.
Sua obra plástica chegou ao Rio da Prata alguns anos antes dele, por meio de sua companheira Eva Reiner, que já vivia na Argentina com sua família. Em 1948, ela emprestou uma de suas obras para a exposição de arte MADI, organizada no estúdio do escultor alemão Martin Blaszko. Depois de se casar com Eva no Egito, em 1952, eles viajaram juntos para Paris, onde trabalharam como designers de estampas. Finalmente chegaram a Buenos Aires em abril de 1953, a cidade que se tornaria seu local de residência permanente. Sua jornada migratória foi marcada pelo drama da guerra e, ao mesmo tempo, durante esses deslocamentos, Makarius construiu uma rede de relacionamentos em torno da fotografia, das artes visuais e da arquitetura, o que lhe permitiu projetar seu trabalho em diferentes territórios e formatos.
A água na arquitetura latino-americana: estratégias de captação e armazenamento
Ano após ano, organizações, autoridades governamentais e outras entidades em todo o mundo enfrentam o desafio de implementar regulamentações e medidas para lidar com a escassez de água: até o ano de 2017, segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 3 em cada 10 pessoas não tinham acesso a água potável em casa, enquanto 6 em cada 10 também não tinham acesso a saneamento básico.
Investir nas pessoas, priorizar a educação: arquitetura para aprender na América Latina
No dia 24 de janeiro foi celebrada a quinta edição do Dia Internacional da Educação com o lema “Invista nas pessoas, priorize a educação”. Proclamado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, a celebração promove forte mobilização política buscando traçar o caminho e acelerar o progresso rumo ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4: Educação de Qualidade.
As 10 maiores cidades da América Latina em 2022
Hoje, 11 de julho, é celebrado o Dia Mundial da População, um evento anual iniciado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em 1990 que visa aumentar a conscientização sobre questões demográficas globais. Uma questão ainda mais urgente hoje: não só seremos dez bilhões de pessoas em 2050, como também dois terços de nós viverão em cidades, segundo relatórios recentes da ONU-Habitat.
Anualmente, o World Population Review avalia o crescimento das cidades e o número de residentes que vivem em áreas metropolitanas para entender as tendências globais em transformação. Embora na lista das 20 cidades mais populosas do mundo encontremos muitas da Ásia, como Tóquio, Delhi e Xangai, ao mesmo tempo, diversas cidades latino-americanas, como São Paulo, Cidade do México e Buenos Aires, também marcam presença. Decidimos, portanto, listar as dez cidades mais populosas da América Latina e, assim, entender seu crescimento e participação no contexto global.
"Urbanismo cidadão é um conceito que estamos promovendo a partir da América Latina": Lucía Nogales da Ocupa tu Calle
Lucía Nogales é a coordenadora geral da "Ocupa tu Calle" - uma iniciativa promovida por Lima Cómo Vamos e apoiada pela Fundação Avina e pela ONU Habitat - que se concentra no "urbanismo cidadão" na América Latina para cidades mais justas, inclusivas e resilientes.
Desenho ecológico: estratégias para cidades vulneráveis na América Latina
Em nossas cidades, frente a todos os urgentes desafios globais que enfrentamos hoje—crises ambientais, sanitárias e econômicas—, há uma questão importantíssima a qual deveríamos tentar responder antes de todas as outras: como preparar as populações mais vulneráveis para enfrentar estes desafios?
Acontece que os dados não são nem um pouco animadores, ao mesmo tempo que a população urbana continua crescendo a um ritmo muito acelerado—produto de uma população desesperada por um futuro melhor e mais promissor—, nos encontramos com o fato de que as cidades, cada dia mais, são as principais responsáveis pela criação e o agravamento destes mesmos problemas. Nesta linha, há outro dado muito particular que tem muito a dizer sobre a atual condição de nossas cidades: 3 em cada 5 cidades da América Latina e Central encontram-se em áreas onde desastres naturais costumam ocorrer com frequência.
Habitação social na América Latina: exemplos de padrões e códigos geradores
O artigo a seguir faz parte de uma série desenvolvida por Nikos A. Salingaros, David Brain, Andres M. Duany, Michael W. Mehaffy e Ernesto Philibert-Petit, que explora as particularidades da habitação social na América Latina. Nesta ocasião, os autores revisam exemplos de estratégias e planejamento, como a importância de processos sociais colaborativos e a sequência específica das etapas de construção.
Escalalatina, escalas humanas de um mundo em desenvolvimento
Nessa era de hipervisualização o projeto de arquitetura é apreendido pela visão e entra na eterna discussão a respeito da exatidão da representação digital. Outra discussão relativa a esse tema é quanto às pessoas (calungas, as escalas humanas) que estamos incluindo em nossos projetos - ou na representação deles.
Vemos famílias que parecem ter saído da Escandinávia nas representações visuais de projetos brasileiros, ou hipsters do Brooklyn em centros culturais mexicanos. Mas quem, de fato, usará o espaço? Qual é o público real?
Se o assunto também lhe incomoda, apresentamos Escalalatina, uma iniciativa de um grupo de jovens da América Latina que oferece gratuitamente uma série de escalas humanas "em desenvolvimento". A ideia foi inspirada no projeto Skalgubbar de Teodor J.E.
Veja alguns exemplos das escalas humanas já disponíveis, a seguir.