Por Rafael Saldanha Duarte
O edifício é uma justaposição de volumes prismáticos de diferentes tamanhos e materiais, que abrigam diferentes funções.
Por Rafael Saldanha Duarte
O edifício é uma justaposição de volumes prismáticos de diferentes tamanhos e materiais, que abrigam diferentes funções.
Relembre os três Pavilhões do Brasil construídos nas Feiras Mundiais de Nova York '39, Bruxelas 58' e Osaka '70.
Por Carlos Eduardo Comas
Graça, leveza, extroversão, exuberância e porosidade respondem ao desejo de transmitir atributos convencionalmente considerados apropriados para um pavilhão de feira. A teatralidade também convém a um tipo de construção que não deve durar mais que uma estação, como uma peça.
Sob o título Fundamentals, a Biennale Architettura 2014 tem como curador o arquiteto holandês Rem Koolhaas, que propôs um tema específico aos países participantes: Absorbing Modernity 1914-2014, procurando entender como as arquiteturas nacionais absorveram a modernidade no último século e como, eventualmente, mantiveram elementos tradicionais.
Clive Bell define arte como significant form.
O rabisco não é nada, o risco – o traço – é tudo. O risco tem carga, é desenho com determinada intenção – é o “design”. É por isto que os antigos empregavam a palavra risco no sentido de “projeto”: o “risco para a capela de São Francisco”, por exemplo. Trêmulo ou firme, esta carga é o que importa. Portinari costumava dar como exemplo a assinatura, feita com esforço, pelo analfabeto (risco), com o simples fingimento de uma assinatura (rabisco).
O arquiteto (pretendendo ser modesto) não deve jamais empregar a expressão “rabisco” e sim risco.
Risco é desenho não só quando quer compreender ou significar, mas “fazer”, construir.
A Escola da Cidade promove nesta sexta-feira, dia 25 de outubro, às 19h30, o lançamento do livro “Lucio Costa, Inventor de Brasília”, de autoria da arquiteta Maria Elisa Costa, filha de Lucio.
Segundo Maria Elisa, ao produzir o livro, a ideia foi apresentar Lucio Costa antes de Brasília, traçando um resumo informal de sua trajetória pessoal e profissional. “O livro é, literalmente, uma conversa com o leitor, em que apresento um lado de Lucio que poucas pessoas conhecem”, comenta a autora.
“Brasília é de um passado esplendoroso que já não existe mais.
Há milênios desapareceu esse tipo de civilização.”
Clarice Lispector
“A Arquitetura Portuguesa pelo traço de Lucio Costa” apresenta os registos feitos em pequenos blocos de desenho pelo famoso arquitecto e urbanista durante a sua viagem a Portugal, no ano de 1952. Esses blocos ficaram perdidos durante 50 anos e agora são revelados ao público nesta exposição que tem curadoria de Maria Elisa Costa (filha de Lucio Costa) e José Pessôa.
Através desta exposição, a arquitectura portuguesa é vista, e desenhada, com olhos do Brasil. Mais propriamente, os olhos de um dos maiores mestres da arquitectura mundial que, entre outras obras, desenhou o Plano Piloto de Brasília, juntamente com Oscar Niemeyer, e recebeu alguns dos principais prémios nacionais e internacionais da sua época.