A degradação ambiental tem enfatizado a necessidade de novas fontes de energia e uma mudança nas fontes exige meios inovadores de armazenamento dessa energia. Por séculos, os edifícios têm demonstrado sua capacidade de armazenar pessoas, objetos e sistemas, entretanto, ultimamente, o seu potencial inexplorado para armazenar grandes quantidades de energia de forma eficiente tem sido discutido. Nessa nova era, os edifícios podem ir além de estruturas funcionais para se tornarem depósitos potenciais de energia?
Material construtivo: O mais recente de arquitetura e notícia
“Para uma construção sustentável, primeiro é preciso usar o material certo”: entrevista com Seratech
A tecnologia da Seratech, desenvolvida por Sam Draper e Barney Shanks, tem como objetivo reduzir a quantidade de dióxido de carbono liberada na construção civil. Este processo inovador utiliza sílica, um subproduto da queima de combustíveis, como um substituto do cimento convencional no concreto, contribuindo para a redução das emissões de carbono. Ao incorporar sílica, é possível diminuir em 40% a quantidade de cimento Portland necessária, o que resulta na produção de concreto com impacto de carbono negativo. Por esse avanço pioneiro, a tecnologia recebeu o Prêmio Obel 2022, em reconhecimento ao seu foco na redução das emissões associadas à construção civil.
O Prêmio Obel é tem alcance internacional e valoriza a arquitetura que contribui para o bem-estar das pessoas e do meio ambiente. A Seratech conquistou a quarta edição deste novo prêmio internacional de excelência arquitetônica, sendo precedida pelo projeto 'Living Breakwaters' da SCAPE Landscape Architecture no ano anterior. A equipe da ArchDaily teve a oportunidade de entrevistar Sam Draper, CEO da Seratech, para discutir o papel da empresa na promoção de uma indústria de construção sustentável e conhecer seus planos para expandir ainda mais seu processo inovador.
Mapeando o futuro da arquitetura e dos materiais de construção derivados do cânhamo
Nos últimos anos, o foco em materiais sustentáveis, alinhados à agenda ecológica e de baixo carbono se intensificou na indústria da arquitetura. Em meio a esse interesse, a arquitetura derivada do cânhamo está gradualmente ganhando força e escala global. Materiais à base de cânhamo surgiram como uma alternativa favorável aos industrializados tradicionais, apresentando uma infinidade de benefícios que poderiam revolucionar a indústria da construção. Apesar de sua grande promessa, vários obstáculos impedem a adoção generalizada do cânhamo, inibindo seu potencial transformador na indústria da construção.
Materiais ecologicamente corretos: 8 novos produtos para reduzir a emissão de carbono
Sem dúvida, o futuro da indústria da construção civil incluirá a “redução de carbono” como diretriz obrigatória. Além de materiais virgens de origem local, um número crescente de novos materiais está se tornando disponível. Novos materiais podem ser desenvolvidos de várias maneiras, incluindo a substituição de baixo carbono, reciclagem, melhoria de desempenho e impressão 3D. Novos materiais não só serão mais ecológicos e permitirão novos métodos de construção, mas também influenciarão o ponto de partida e a direção dos conceitos de projeto, resultando em edifícios inovadores e novas percepções dos espaços.
Arquitetura e experimentação: 7 projetos de pequena escala com materiais construtivos não usuais
Ir além do emprego daqueles materiais mais usuais na arquitetura requer um exercício de criatividade e experimentação na busca por novas possibilidades que sejam ao mesmo tempo eficientes e inusitadas. Projetos de pequena escala, em particular, são uma boa oportunidade para a experimentação destes materiais menos comuns na arquitetura por possuírem, entre outros fatores, menos cargas atuantes sobre as estruturas e ainda, em alguns casos, por possuírem um caráter temporário. De todo modo, o uso de materiais pouco usuais no âmbito da arquitetura de pequena escala pode abrir portas para o seu emprego em outros projetos, até mesmo naqueles de maiores dimensões.
Todos os plásticos são recicláveis? Conheça uma nova tecnologia que recupera rejeitos de plástico e vidro
Ao passo que nem todos os plásticos são reciclados, mesmo aqueles que exibem o sinal de reciclagem, o problema global causado por estes resíduos continua muito longe de ser resolvido. A reciclagem, geralmente determinada por fatores como demanda, legislação e economia, consome cerca de 20% da produção anual de plásticos, deixando uma grande quantidade não resolvida, destinada a durar para sempre em nosso ambiente. Além disso, ao competir com materiais recém-produzidos, os plásticos reciclados precisam atender aos padrões de qualidade e valor, bem como ser submetidos a uma transformação sustentável, eficiente e economicamente viável.
A ROGP ou Rejects of Glass & Plastics Technology é uma abordagem inovadora que redireciona tipos de plástico rotulados como materiais não recicláveis devido à sua complexidade técnica ou problemas relacionados à economia.
Maior torre de gelo do mundo é inaugurada em Harbin, China
Além de iglus, esculturas e o famoso hotel de gelo na Suécia, o gelo não é um material muito usado na construção. Uma equipe internacional de estudantes e professores holandeses e chineses da Eindhoven University of Technology, do Summa College e do Harbin Institute of Technology (HIT) usou este material para construir a “Flamenco Ice Tower” na cidade chinesa de Harbin, onde acontece anualmente o International Ice and Snow Sculpture Festival.