É possível fotografar o tempo através das transformações no espaço urbano? Acumular passado e presente em uma mesma imagem, convidando o espectador para uma investigação visual e arqueológica? O Betoneira Podcast conversou com o fotógrafo alemão Michael Wesely sobre fotografia e cidades. Pioneiro em fotografias de longa exposição, Michael desenvolveu uma técnica que permite expor um mesmo negativo por horas, dias ou mesmo anos. O resultado é a condensação de todo o tempo de exposição em uma única fotografia, gerando imagens poéticas de grande impacto visual.
Michael Wesely: O mais recente de arquitetura e notícia
Fotografando o tempo: uma conversa com Michael Wesely
Nevoeiros ontem e hoje: Guilherme Wisnik conversa com Michael Wesely
O desenvolvimento das interfaces digitais, somado ao bombardeamento de imagens que sofremos cotidianamente pela publicidade, aumentam a demanda pela nitidez das coisas, que tendemos a naturalizar. É o que Baudrillard chamou de "mundo da hipervisibilidade". A arte, no entanto, pode propor uma desaceleração da percepção, nos apontando dimensões mais profundas da experiência, onde a velocidade se torna retardamento.
Guilherme Wisnik conversa com Michael Wesely, fotógrafo de arte alemão mais conhecido por suas fotos de cidades, edifícios e paisagens, tiradas com uma técnica especial de exposição ultra longa. De 1986 a 1988, Michael Wesely freqüentou a Bayerische Staatslehranstalt für Photographie em Munique, antes de estudar na Academia de Belas Artes de Munique.
Michael Wesely: Fotografias de longuíssima exposição
A Escola da Cidade compartilhou conosco mais um dos vídeos do Baú da Escola, desta vez com o artista alemão Michael Wesely, que apresentou retratos e imagens de Berlim em transformação, além de exposições, em que ele explica que o tempo de exposição é determinado pela necessidade dele de entender quanto tempo aquilo precisa ser exposto.
Mesa “Modos de ser moderno” com Lina Kim e Michael Wesely
Quando participou da 25a Bienal de São Paulo, em 2002, o artista alemão Michael Wesely conheceu Brasília e se encantou pela cidade. Admirado diante de sua magnitude e elegância, perguntou pelos livros que documentariam essa experiência tão rica quanto recente – a cidade tem apenas 53 anos. E, surpreso diante da inexistência de tais documentos, como um Fitzcarraldo desembarcando em terras amazônicas, lançou-se à tarefa árdua de pesquisar e recuperar um imenso acervo de fotografias da construção da cidade, bem como de sua vida nos primeiros anos. A artista brasileira Lina Kim aderiu com paixão a essa missão histórica, e os dois juntos levantaram em torno de 200 mil fotos, restaurando meticulosamente a seleção que fizeram desse material. O resultado foi publicado pela editora Cosac Naify em 2010.
Abertura da Bienal no Centro Universitário Maria Antonia da USP – Mesa “Modos de ser moderno”
O evento da X Bienal de Arquitetura aconteceu no dia 14/10/13 no Centro Universitário Maria Antonia. Iniciada com a mesa “Modos de ser moderno”, com os artistas Lina Kim e Michael Weseby e mediação do curador Guilherme Wisnik, a exposição propicia um balanço e a revisão do legado moderno no Brasil.