O escritório Skidmore, Owings & Merrill foi selecionado para projetar a Bolsa de Clima de Nova York em parceria com a Stony Brook University, um instituto de pesquisa pública nova-iorquino. O novo campus net-zero, localizado na Governors Island, será uma instituição âncora no desenvolvimento de novas soluções climáticas. Sendo um centro internacional pioneiro, "A Bolsa" também atuará como um hub regional para a economia verde.
Migração Climática: O mais recente de arquitetura e notícia
SOM projeta campus net-zero em Nova York
Dia da Terra 2023: cidades abordam crise climática iniciativas comunitárias e engenharia inovadora
Todo ano, desde a sua criação em 1970, o Dia da Terra tem como objetivo destacar não só os efeitos cada vez mais ameaçadores das mudanças climáticas, mas também as medidas eficazes e as iniciativas de adaptação que podem melhorar a qualidade do nosso ambiente. O evento deste ano ocorreu após um relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU em março, que apresentou outro alerta sobre a magnitude das mudanças produzidas pelo aquecimento global induzido pelo homem e seu impacto nas pessoas e ecossistemas.
O mesmo relatório também traz perspectivas otimistas, mostrando que medidas de adaptação podem construir resiliência, mas transformações urgentes em todo o sistema são necessárias para garantir um futuro net-zero. Em resposta a essas descobertas, o tema do Dia da Terra de 2023 é "Investindo em Nosso Planeta" – um incentivo para governos, instituições, empresas e sociedade civil acelerarem a mudança. A seguir, conheça iniciativas em nível municipal alinhadas com esses objetivos de construir resiliência e um futuro mais sustentável por meio de legislação, envolvimento cívico e sistemas inovadores.
Como Amsterdã usa a economia da rosquinha para criar estratégias equilibradas para pessoas e meio ambiente
Em 2020, em meio à primeira onda de bloqueios devido à pandemia, o município de Amsterdã anunciou sua estratégia para se recuperar dessa crise adotando o conceito de “Economia Donut” (traduzido também como economia da rosquinha). O modelo é desenvolvido pela economista britânica Kate Raworth e popularizado por meio de seu livro, Doughnut Economics: Seven Ways to Think Like a 21st-Century Economist, lançado em 2017. Ela argumenta que o verdadeiro propósito da economia não precisa igualar o crescimento. Em vez disso, o objetivo é encontrar um ponto ideal, uma forma de equilibrar a necessidade de fornecer a todos o que precisam para viver uma vida boa, uma “base social”, enquanto limitamos nosso impacto no meio ambiente, “o teto ambiental”. Com a ajuda de Raworth, Amsterdã reduziu essa abordagem às proporções de uma cidade. O modelo agora é usado para informar estratégias em toda a cidade em apoio a essa ideia abrangente: proporcionar uma boa qualidade de vida para todos sem colocar mais pressão no planeta. Outras cidades estão seguindo este exemplo.
COP27 coloca em foco a necessidade de zerar emissões de gases de efeito estufa
Desde de 6 de novembro, líderes mundiais estão se reunindo em Sharm el Sheikh, no Egito, para a COP27. O nome significa a 27ª Conferência das Partes, um evento quase anual iniciado sob a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) de 1992. O objetivo dessas conferências é garantir que os países estejam comprometidos em tomar medidas para evitar mudanças climáticas perigosas e encontrar maneiras de reduzir globalmente as emissões de gases de efeito estufa de maneira equitativa. A eficácia dessas reuniões variou ao longo dos anos, com algumas iniciativas bem-sucedidas, como o Acordo de Paris de 2015, um tratado internacional juridicamente vinculativo adotado por 196 partes com o objetivo de limitar o aquecimento global em menos de 2ºC ou, preferencialmente, 1,5ºC em comparação com o período pré-industrial.
Território contestado: relações entre a crise climática e a propriedade da terra
A arquitetura é um ofício ou prática que, na maioria dos casos, envolve a construção de estruturas físicas e materiais. A arquitetura procura dar forma a edifícios destinados a servirem diferentes propósitos como trabalho, moradia, convivência, oração entre outros tantos. Estruturas construídas e intervenções arquitetônicas, no entanto, necessitam de um espaço físico para materializar-se. Dito isso, a melhor compreensão a relação intrínseca entre espaço e arquitetura, pode ser a chave para estabelecermos práticas mais sustentáveis nos campos da arquitetura, engenharia e construção civil.
O custo da mudança climática: quem realmente está protegido pelos esforços de mitigação urbana?
O impacto que a crise climática teve no planeta na última década é uma influência crítica de como os arquitetos e urbanistas projetam as cidades do futuro. É claro que, tanto em nível individual quanto corporativo, é importante agir e proteger a Terra antes que os impactos negativos mudem nossos ambientes familiares para sempre - e o tempo esteja se esgotando rapidamente. Quando se trata de criar formas para salvar nossas cidades do “the next big one”, seja um furacão, enchente, nevasca ou incêndio, a maneira como projetamos a infraestrutura preventiva negligencia um número significativo de pessoas. A mudança climática não afeta apenas os lugares mais ricos do mundo, na verdade, tem efeitos maiores sobre os mais pobres.
Como as cidades estão assumindo um papel central no combate à crise climática
Desde que o acordo de Paris foi firmado em 2015, minimizar os efeitos e consequências das mudanças climáticas em curso no planeta tem sido, pelo menos declarativamente, um objetivo comum em todo o mundo; no entanto, as ações que estão sendo tomadas variam amplamente de país para país. Pensando nisso, as principais grandes cidades do planeta decidiram se posicionar e partir para a ação ao invés de apenas esperar ordens de cima. Fato é que muitas das iniciativas levadas a cabo pelas administrações municipais e regionais acabam sendo neutralizadas pelo consequente aumento das emissões de carbono em outras regiões do país e do mundo. Além disso, é importante ressaltar que a vulnerabilidade e a capacidade de adaptação frente às consequências do agravamento da crise climática varia muito de lugar para lugar. Procurando esclarecer e discutir o conceito de desigualdade ambiental, este artigo chama a atenção para o fato de que a crise climática só pode ser combatida de maneira eficaz através de um esforço global conjunto, coordenado e transdisciplinar.