Como explicar para o publico geral a importância de contratar um arquiteto? No décimo terceiro episódio do Betoneira a convidada é Stephanie Ribeiro, que nos conta como venceu esse desafio com a oportunidade de estar a frente do programa Decore-seda GNT. A conversa gira em torno dos erros e acertos dos arquitetos e clientes na hora de se comunicar.
Enquanto um espaço eminentemente hegemônico, em que os homens brancos cisgênero representaram ao longo do tempo e ainda representam a maioria nas posições de maior prestígio — desde as lideranças de grandes escritórios às premiações internacionais, como o Prêmio Pritzker —, a prática arquitetônica tradicionalmente tem invisibilizado a trajetória e experiência profissional de muitas arquitetas.
É neste contexto que realizamos a entrevista a seguir, na qual perguntamos sobre seus interesses atuais, as motivações territoriais e seus projetos colaborativos, além de discutirmos sobre sua carreira ascendente, seus próximos projetos e prospecções para o futuro da arquitetura do Chile.
A arquiteta e urbanista Nadia Somekh, de São Paulo, foi eleita hoje presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) para o triênio 2021-2023. É a primeira vez que uma mulher ocupa o cargo. A escolha se deu, por votação secreta, entre os 28 conselheiros federais. A arquiteta obteve 19 novos votos. Em seu plano de gestão, Nadia Somekh afirma que “a conjuntura do país e a ameaça em curso às entidades profissionais representativas demandam uma dupla postura”.
https://www.archdaily.com.br/br/955068/nadia-somekh-e-a-primeira-mulher-a-ser-eleita-presidente-do-cau-brEquipe ArchDaily Brasil
Para uma profissão que gosta de se vangloriar por suas boas intenções e que se acha super liberal, diversa, aberta e progressista, no contexto do Reino Unido e além, por outro lado, podermos dizer que a arquitetura é completamente o oposto disso tudo. A profissão da arquitetura foi, ao longo de toda sua história, e permanece sendo nos dias de hoje, um território dominado por uma pequena comunidade de origem abastada. Atualmente, ainda que o Reino Unido tenha sido responsável pela formação de uma horda de arquitetas brilhantes ao longo das últimas décadas, a indústria da arquitetura e da construção civil ainda não foi capaz de estabelecer um piso salarial congênere e independente de gênero. Como consequências disso, a profissão da arquitetura tem assistido historicamente uma imensa perda de arquitetas mulheres após os 30 anos de idade, principalmente por ser incapaz de consentir um equilíbrio entre o trabalho e a vida familiar. Etnicamente falando, a arquitetura é uma profissão majoritariamente branca, isso considerando que estamos entrando no ano de 2021. Uma suposta luz no fim do túnel é a suposta aceitação da comunidade LGBTQ dentro de uma disciplina que se auto denomina inclusiva, mas assim como muitas arquitetas mulheres denunciam com frequência, minorias religiosas e étnicas bem como toda a comunidade não heteronormativa costumam conviver diariamente com comentários não profissionais e inadequados.
Croqui autografado em folha de ouro de 24k da Casa da Família Abrahamic por David Adjaye. Cortesia de ARCH
Recém lançada, a Architecture for Change (ARCH ) é uma iniciativa sem fins lucrativos dedicada a combater o racismo sistêmico na indústria da arquitetura e construção civil. Como parte de sua primeira série de ações, a ARCH realizou um leilão online com obras — esboços, maquetes, plantas, fotografias etc. — doadas por alguns dos mais importantes nomes da arquitetura contemporânea, incluindo Sir David Adjaye, Daniel Libeskind, Michel Rojkind, David Rockwell, Jennifer Bonner, Trey Trahan entre outros.
O IABsp acaba de registrar seu novo Estatuto Social, aprovado pelo Conselho Superior do IAB (Cosu) em de setembro deste ano, colocando em vigor a primeira grande mudança de estrutura estatutária desde 1957. A proposta do estatuto agora vigente havia sido aprovada em assembleia geral do IABsp em agosto, por unanimidade dos 80 associados presentes. As mudanças buscam elevar os patamares de transparência e representatividade, além de tornar mais eficazes a gestão e a governança do departamento paulista, fortalecendo seu papel institucional.
https://www.archdaily.com.br/br/953588/genero-raca-transparencia-e-governanca-no-novo-estatuto-do-iab-sao-pauloFernando Túlio, Gabriela de Matos, Hannah Machado e Rafael Mielnik
O acesso à moradia adequada é difícil em um país como o Brasil, que possui um déficit habitacional de 6,3 milhões de moradias (FUNDO FICA, 2019). A lógica perversa do mercado imobiliário – em que os custos de compra de terras e imóveis e mesmo de aluguel são altíssimos –, associada à carência de políticas públicas de provisão habitacional – em um contexto social em que famílias com renda de até dois salários mínimos residentes em áreas urbanas gastam 41,2% da renda familiar em despesas de consumo com à habitação (GUERREIRO; MARINO; ROLNIK, 2019) –, fazem com que a aquisição da casa própria seja extremamente difícil para as camadas mais pobres da população.
Quando Walter Gropius criou sua famosa escola de design e artes em 1919, Bauhaus, ele a criou como um lugar aberto a "qualquer pessoa de boa reputação, independentemente da idade ou do sexo". Um espaço onde não haveria “diferença entre o sexo belo e o sexo forte".
A ideia deflagrava uma sociedade na qual a mulher pedia para entrar em espaços que anteriormente lhe haviam sido vetados. Se a educação artística que as mulheres então recebiam era transmitida dentro da intimidade de suas casas, na escola de Gropius elas foram bem-vindas e seu registro aceito. Tanto que o número de mulheres que se matricularam foi maior que o dos homens.
Um dos blocos residenciais da Vila São Miguel, localizada na Asa Norte do Plano Piloto de Brasília, desenvolvido por Mayumi Watanabe. Imagem: Reprodução/Revista Habitare
A Altamira Editorial disponibilizou gratuitamente o livro Arquitetas e arquiteturas na América Latina do século XX para download em seu website. De autoria de Ana Gabriela Godinho Lima, a publicação reúne um "levantamento da atuação das arquitetas latino-americanas do século XX, no campo da produção teórica e prática do edifício."
https://www.archdaily.com.br/br/951280/altamira-disponibiliza-gratuitamente-o-ebook-arquitetas-e-arquiteturas-na-america-latina-do-seculo-xxEquipe ArchDaily Brasil
A Chapa 1 CAU+Plural, protagonizada só por mulheres arquitetas e urbanistas, recebeu 11.568 votos na eleição para o CAU/SP, realizada no último dia 15 de outubro. O pleito, que teve a maior participação das arquitetas e arquitetos na história do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo, teve pela primeira vez uma chapa que atingiu quase 40% dos votos válidos.
A Chapa conseguiu, de maneira inédita, obter o maior número de vagas no Conselho, elegendo 49 cadeiras no plenário. Do total de 77 cadeiras, 52 serão ocupadas exclusivamente por mulheres. Graças à estratégia, o próximo mandato contará com 77% de mulheres - 54 e 66 entre titulares e suplentes, respectivamente. Inverteu-se, portanto, a composição anterior que tinha 76% dos conselhos estaduais representados por homens.
https://www.archdaily.com.br/br/950016/mulheres-ganham-protagonismo-na-proxima-gestao-do-cau-spEquipe ArchDaily Brasil
Em parceria com o CAU/SC lançamos a oficina “Vem por aqui: criando espaços mais seguros para mulheres”. Este evento é exclusivo para as pessoas que se identificam como mulher, para que possamos criar uma rede de diálogo e acolhimento.
A oficina consiste em 6 encontros virtuais que contemplam debate, reflexão e ação! Com uma base teórica sólida, o curso proporcionará um debate construtivo e propositivo que dê voz às participantes. A ideia é formar uma rede de mulheres que, através de leituras e debates, compreendam situações e ferramentas para a transformação dos espaços públicos em prol da
A arquiteta e urbanista Maria Elisa Baptista é a nova Presidente da Direção Nacional do IAB. Ela sucede a Nivaldo Andrade, cujo mandato se encerrou em 26 de setembro deste ano. Em quase um século de existência, está a primeira vez que uma mulher ocupa o cargo.
A chapa é composta, ainda, por Rafael Pavan dos Passos (Vice-Presidente Nacional, do IAB-RS), Cláudio Listher Marques Bahia (Secretário Geral, do IAB-MG), Rosilene Guedes Souza (Diretora Administrativo-financeira, do IAB-MG), Luiz Eduardo Sarmento Araújo (Diretor Cultural, do IAB-DF), Fernando Túlio Salva Rocha Franco (Vice-Presidente Extraordinário de Relações Institucionais, do IAB-SP), e Luiza Rego Dias Coelho (Vice-Presidente Extraordinária de Ações Afirmativas, do IAB-DF).
https://www.archdaily.com.br/br/948786/maria-elisa-baptista-e-a-primeira-mulher-a-ocupar-a-presidencia-do-iabEquipe ArchDaily Brasil
Degraus, foto analógica, 2018 | Canon 50mm | produção própria
Pensando na trajetória de ocupação da cidade de São Paulo e na busca pela produção de um urbanismo universal e democrático é importante entender o papel e o movimento das mulheres no contexto urbano, principalmente nas periferias da cidade. Aqui trataremos do bairro do Jardim Damasceno e seus espaços em movimento – as escadarias – entendendo como esses corpos se expressam nesse contexto, quais são suas ações e transformações e como a questão de gênero é percebida por esses corpos.
A acessibilidade é frequentemente abordada como um campo relacionado à deficiência, física ou mental. Quando se trata de projetos arquitetônicos, ela sempre surge como uma consideração periférica e não como algo fundamental. No entanto, existem outras barreiras.
Nesta edição do Editor's Talk, os editores do ArchDaily Brasil compartilham seus pensamentos sobre o que entendem como acessibilidade e se é possível criar uma arquitetura neutra.
A Comissão Temporária de Equidade de Gênero do CAU/BR divulgou em 31 de julho, durante a 103ª Plenária Ordinária, o 1º Diagnóstico de “Gênero na Arquitetura e Urbanismo”. Realizado on-line, de julho de 2019 a fevereiro de 2020, o levantamento foi respondido por 987 profissionais, sendo 767 mulheres e 208 homens, com uma margem de erro de 3,11%, para mais ou para menos.
Tiffany Brown com estudantes. Imagem Cortesia de Tiffany Brown, 400 Forward
Pioneira em justiça, equidade, diversidade e inclusão na profissão da arquitetura, Tiffany Brown é a fundadora do 400 Forward, uma iniciativa que busca, inspira e orienta a próxima geração de mulheres arquitetas. Nomeado à luz do licenciamento da 400ª arquiteta afro-americana em 2017, o programa visa familiarizar as meninas com a arquitetura, fornecendo-lhes ferramentas para lidar com questões de injustiça social.
Impulsionando a presença de mulheres afro-americanas na profissão da arquitetura – atualmente menos de 0,3% nos EUA – 400 Forward também oferece bolsas e material de estudo para exames de licenciamento em arquitetura para mulheres afro-americanas. Para saber mais sobre a iniciativa, o ArchDaily teve a oportunidade de conversar com a fundadora Tiffany Brown sobre o programa, a diversidade no campo e o empoderamento das arquitetas e estudantes.