Como explicar para o publico geral a importância de contratar um arquiteto? No décimo terceiro episódio do Betoneira a convidada é Stephanie Ribeiro, que nos conta como venceu esse desafio com a oportunidade de estar a frente do programa Decore-se da GNT. A conversa gira em torno dos erros e acertos dos arquitetos e clientes na hora de se comunicar.
Mulheres Arquitetas: O mais recente de arquitetura e notícia
A importância da comunicação entre arquitetos e clientes: Betoneira entrevista Stephanie Ribeiro
30 Casas projetadas por arquitetas e escritórios liderados por mulheres
Enquanto um espaço eminentemente hegemônico, em que os homens brancos cisgênero representaram ao longo do tempo e ainda representam a maioria nas posições de maior prestígio — desde as lideranças de grandes escritórios às premiações internacionais, como o Prêmio Pritzker —, a prática arquitetônica tradicionalmente tem invisibilizado a trajetória e experiência profissional de muitas arquitetas.
Azócar Catrón: "A questão não é a escala do projeto, mas a escala da paisagem"
Ricardo Azócar e Carolina Catrón fundaram em 2015 seu escritório de arquitetura e urbanismo na cidade de Concepción, na região central do Chile. Em pouco tempo, seu trabalho começou a ser amplamente celebrado. Um exemplo disso foi o reconhecimento de seu projeto "Duas torres e um caminho", que ganhou o prêmio Obra Revelação da CA-CCP 2016 e foi reconhecido pelo Y.A.L.A. da Bienal de Veneza de 2018. Além disso, seu artigo "Catalejo" ganhou o Primeiro Premio de Publicações da Bienal da Costa Rica de 2018 e mais recentemente o ArchDaily destacou seu trabalho como um dos melhores jovens escritórios de arquitetura de 2020.
É neste contexto que realizamos a entrevista a seguir, na qual perguntamos sobre seus interesses atuais, as motivações territoriais e seus projetos colaborativos, além de discutirmos sobre sua carreira ascendente, seus próximos projetos e prospecções para o futuro da arquitetura do Chile.
Nadia Somekh é a primeira mulher eleita presidente do CAU/BR
A arquiteta e urbanista Nadia Somekh, de São Paulo, foi eleita hoje presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) para o triênio 2021-2023. É a primeira vez que uma mulher ocupa o cargo. A escolha se deu, por votação secreta, entre os 28 conselheiros federais. A arquiteta obteve 19 novos votos. Em seu plano de gestão, Nadia Somekh afirma que “a conjuntura do país e a ameaça em curso às entidades profissionais representativas demandam uma dupla postura”.
A arquitetura britânica se diz progressista, mas atua pela exclusão
Este artigo foi publicado originalmente em Common Edge como “Presenting Architecture as Progressive, but Practicing Through Exclusion.”
Para uma profissão que gosta de se vangloriar por suas boas intenções e que se acha super liberal, diversa, aberta e progressista, no contexto do Reino Unido e além, por outro lado, podermos dizer que a arquitetura é completamente o oposto disso tudo. A profissão da arquitetura foi, ao longo de toda sua história, e permanece sendo nos dias de hoje, um território dominado por uma pequena comunidade de origem abastada. Atualmente, ainda que o Reino Unido tenha sido responsável pela formação de uma horda de arquitetas brilhantes ao longo das últimas décadas, a indústria da arquitetura e da construção civil ainda não foi capaz de estabelecer um piso salarial congênere e independente de gênero. Como consequências disso, a profissão da arquitetura tem assistido historicamente uma imensa perda de arquitetas mulheres após os 30 anos de idade, principalmente por ser incapaz de consentir um equilíbrio entre o trabalho e a vida familiar. Etnicamente falando, a arquitetura é uma profissão majoritariamente branca, isso considerando que estamos entrando no ano de 2021. Uma suposta luz no fim do túnel é a suposta aceitação da comunidade LGBTQ dentro de uma disciplina que se auto denomina inclusiva, mas assim como muitas arquitetas mulheres denunciam com frequência, minorias religiosas e étnicas bem como toda a comunidade não heteronormativa costumam conviver diariamente com comentários não profissionais e inadequados.
Leilão com trabalhos de David Adjaye e Daniel Libeskind levanta fundos para combater racismo na profissão
Recém lançada, a Architecture for Change (ARCH ) é uma iniciativa sem fins lucrativos dedicada a combater o racismo sistêmico na indústria da arquitetura e construção civil. Como parte de sua primeira série de ações, a ARCH realizou um leilão online com obras — esboços, maquetes, plantas, fotografias etc. — doadas por alguns dos mais importantes nomes da arquitetura contemporânea, incluindo Sir David Adjaye, Daniel Libeskind, Michel Rojkind, David Rockwell, Jennifer Bonner, Trey Trahan entre outros.
Gênero, raça, transparência e governança no novo Estatuto do IAB São Paulo
O IABsp acaba de registrar seu novo Estatuto Social, aprovado pelo Conselho Superior do IAB (Cosu) em de setembro deste ano, colocando em vigor a primeira grande mudança de estrutura estatutária desde 1957. A proposta do estatuto agora vigente havia sido aprovada em assembleia geral do IABsp em agosto, por unanimidade dos 80 associados presentes. As mudanças buscam elevar os patamares de transparência e representatividade, além de tornar mais eficazes a gestão e a governança do departamento paulista, fortalecendo seu papel institucional.
Mulheres e a luta por moradia: trajetórias de empoderamento e autonomia na experiência do MST-Leste 1
O acesso à moradia adequada é difícil em um país como o Brasil, que possui um déficit habitacional de 6,3 milhões de moradias (FUNDO FICA, 2019). A lógica perversa do mercado imobiliário – em que os custos de compra de terras e imóveis e mesmo de aluguel são altíssimos –, associada à carência de políticas públicas de provisão habitacional – em um contexto social em que famílias com renda de até dois salários mínimos residentes em áreas urbanas gastam 41,2% da renda familiar em despesas de consumo com à habitação (GUERREIRO; MARINO; ROLNIK, 2019) –, fazem com que a aquisição da casa própria seja extremamente difícil para as camadas mais pobres da população.
As mulheres esquecidas da Bauhaus
Quando Walter Gropius criou sua famosa escola de design e artes em 1919, Bauhaus, ele a criou como um lugar aberto a "qualquer pessoa de boa reputação, independentemente da idade ou do sexo". Um espaço onde não haveria “diferença entre o sexo belo e o sexo forte".
A ideia deflagrava uma sociedade na qual a mulher pedia para entrar em espaços que anteriormente lhe haviam sido vetados. Se a educação artística que as mulheres então recebiam era transmitida dentro da intimidade de suas casas, na escola de Gropius elas foram bem-vindas e seu registro aceito. Tanto que o número de mulheres que se matricularam foi maior que o dos homens.
O peixe morto na praia: o problema das “mulheres na arquitetura”
Altamira disponibiliza gratuitamente o ebook "Arquitetas e arquiteturas na América Latina do século XX"
A Altamira Editorial disponibilizou gratuitamente o livro Arquitetas e arquiteturas na América Latina do século XX para download em seu website. De autoria de Ana Gabriela Godinho Lima, a publicação reúne um "levantamento da atuação das arquitetas latino-americanas do século XX, no campo da produção teórica e prática do edifício."
Mulheres ganham protagonismo na próxima gestão do CAU/SP
A Chapa 1 CAU+Plural, protagonizada só por mulheres arquitetas e urbanistas, recebeu 11.568 votos na eleição para o CAU/SP, realizada no último dia 15 de outubro. O pleito, que teve a maior participação das arquitetas e arquitetos na história do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo, teve pela primeira vez uma chapa que atingiu quase 40% dos votos válidos.
A Chapa conseguiu, de maneira inédita, obter o maior número de vagas no Conselho, elegendo 49 cadeiras no plenário. Do total de 77 cadeiras, 52 serão ocupadas exclusivamente por mulheres. Graças à estratégia, o próximo mandato contará com 77% de mulheres - 54 e 66 entre titulares e suplentes, respectivamente. Inverteu-se, portanto, a composição anterior que tinha 76% dos conselhos estaduais representados por homens.
Maria Elisa Baptista é a primeira mulher a ocupar a presidência do IAB
A arquiteta e urbanista Maria Elisa Baptista é a nova Presidente da Direção Nacional do IAB. Ela sucede a Nivaldo Andrade, cujo mandato se encerrou em 26 de setembro deste ano. Em quase um século de existência, está a primeira vez que uma mulher ocupa o cargo.
A chapa é composta, ainda, por Rafael Pavan dos Passos (Vice-Presidente Nacional, do IAB-RS), Cláudio Listher Marques Bahia (Secretário Geral, do IAB-MG), Rosilene Guedes Souza (Diretora Administrativo-financeira, do IAB-MG), Luiz Eduardo Sarmento Araújo (Diretor Cultural, do IAB-DF), Fernando Túlio Salva Rocha Franco (Vice-Presidente Extraordinário de Relações Institucionais, do IAB-SP), e Luiza Rego Dias Coelho (Vice-Presidente Extraordinária de Ações Afirmativas, do IAB-DF).
Corpo e memória: a mulher no território urbano
Pensando na trajetória de ocupação da cidade de São Paulo e na busca pela produção de um urbanismo universal e democrático é importante entender o papel e o movimento das mulheres no contexto urbano, principalmente nas periferias da cidade. Aqui trataremos do bairro do Jardim Damasceno e seus espaços em movimento – as escadarias – entendendo como esses corpos se expressam nesse contexto, quais são suas ações e transformações e como a questão de gênero é percebida por esses corpos.
Não existe arquitetura neutra: uma conversa sobre acessibilidade
A acessibilidade é frequentemente abordada como um campo relacionado à deficiência, física ou mental. Quando se trata de projetos arquitetônicos, ela sempre surge como uma consideração periférica e não como algo fundamental. No entanto, existem outras barreiras.
Nesta edição do Editor's Talk, os editores do ArchDaily Brasil compartilham seus pensamentos sobre o que entendem como acessibilidade e se é possível criar uma arquitetura neutra.
Capacitando arquitetas e estudantes afro-americanas: conversa com Tiffany Brown, fundadora do 400 Forward
Pioneira em justiça, equidade, diversidade e inclusão na profissão da arquitetura, Tiffany Brown é a fundadora do 400 Forward, uma iniciativa que busca, inspira e orienta a próxima geração de mulheres arquitetas. Nomeado à luz do licenciamento da 400ª arquiteta afro-americana em 2017, o programa visa familiarizar as meninas com a arquitetura, fornecendo-lhes ferramentas para lidar com questões de injustiça social.
Impulsionando a presença de mulheres afro-americanas na profissão da arquitetura – atualmente menos de 0,3% nos EUA – 400 Forward também oferece bolsas e material de estudo para exames de licenciamento em arquitetura para mulheres afro-americanas. Para saber mais sobre a iniciativa, o ArchDaily teve a oportunidade de conversar com a fundadora Tiffany Brown sobre o programa, a diversidade no campo e o empoderamento das arquitetas e estudantes.