Um símbolo da era industrial, o telhado em shed é um ícone na história da arquitetura. Apesar de ser uma invenção funcional originada da necessidade há quase 200 anos, sua forma icônica está passando um renascimento em diversos projetos contemporâneos.
Composto por muitos telhados longos e finos, cada um com inclinações irregulares, dispostos lado a lado, o telhado serrilhado posiciona suas bordas mais íngremes - preenchidas com painéis de vidro - afastadas do cume. Essa estratégia permite que edifícios amplos controlem o ganho solar, evitando a luz solar direta, ao mesmo tempo, em que proporciona uma entrada uniforme de luz natural indireta em toda a área interna.
Os escritórios MVRDV e Diamond Schmitt divulgaram o projeto de um novo prédio para a Academia de Medicina e Saúde Integrada de Scarborough (SAMIH) no Campus da Universidade de Toronto. A nova estrutura, com espaços de laboratório, salas de aula e escritórios, funcionará como um local de encontro para a comunidade. As funções estão distribuídas ao redor de um átrio de cinco andares que se abre para o exterior em ambos os lados do edifício e estabelece um ponto de destino dentro dos fluxos de pedestres do campus. Painéis solares integrados na fachada ajudam a abastecer o edifício, enquanto os revestimentos internos contribuem para criar uma atmosfera acolhedora.
Todo ano, desde a sua criação em 1970, o Dia da Terra tem como objetivo destacar não só os efeitos cada vez mais ameaçadores das mudanças climáticas, mas também as medidas eficazes e as iniciativas de adaptação que podem melhorar a qualidade do nosso ambiente. O evento deste ano ocorreu após um relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU em março, que apresentou outro alerta sobre a magnitude das mudanças produzidas pelo aquecimento global induzido pelo homem e seu impacto nas pessoas e ecossistemas.
O mesmo relatório também traz perspectivas otimistas, mostrando que medidas de adaptação podem construir resiliência, mas transformações urgentes em todo o sistema são necessárias para garantir um futuro net-zero. Em resposta a essas descobertas, o tema do Dia da Terra de 2023 é "Investindo em Nosso Planeta" – um incentivo para governos, instituições, empresas e sociedade civil acelerarem a mudança. A seguir, conheça iniciativas em nível municipal alinhadas com esses objetivos de construir resiliência e um futuro mais sustentável por meio de legislação, envolvimento cívico e sistemas inovadores.
A luz do sol tem sido parte integrante da vida desde que o sol e a terra começaram sua dança. O bem-estar proporcionado pela luz natural é um tema recorrente na cultura humana, percorrendo a música popular, a moda, a fotografia e até os nossos ambientes mais luxuosos.
Mas o desejo de nossos corpos pela luz solar é mais do que apenas um sentimento. Pesquisas científicas provaram que ela ajuda nosso corpo a produzir mais melatonina, que ajuda a dormir e reduz o estresse, que a vitamina D melhora a imunidade e fortalece os ossos, e a serotonina combate a depressão. Além de nos ajudar a levar vidas mais saudáveis e felizes, as pesquisas sugerem que o sol também nos ajuda a viver durante mais tempo.
Que estratégias de projeto ou novas tecnologias podem ser integradas ao projeto arquitetônico sem colocar em risco o meio ambiente? Nos últimos anos, as energias renováveis têm se tornado cada vez mais populares no mundo inteiro, e a energia solar fotovoltaica é uma das muitas que estão crescendo exponencialmente.
O Het Nieuwe Instituut em Roterdã, na Holanda, inaugura o The Energy Show e a Bienal Solar na sexta-feira, 9 de setembro de 2022. Em colaboração com a designer e curadora da Bienal Solar Matylda Krzykowski e os designers solares Marjan van Aubel e Pauline van Dongen, a exposição apresenta uma série de projetos que exploram o significado e as possibilidades do sol na sociedade, no meio ambiente e na arquitetura. Com a Europa em meio a uma crise energética, o Energy Show e a Bienal Solar são uma oportunidade para arquitetos e o público examinarem a transição para a energia solar e a tecnologia à medida que avançamos em direção a um futuro pós-carbono.
Uma iniciativa na comunidade da Rocinha, na cidade do Rio de Janeiro, prevê a profissionalização dos moradores no mercado de energia solar e a instalação de duas usinas fotovoltaicas na comunidade (Acadêmicos da Rocinha e Igreja Batista), beneficiando diretamente as ONGS Rocinha Recicla e Pedrinho Social com geração própria de energia.
O primeiro campus do Google, projetado pelo BIG — Bjarke Ingels Group e o Heatherwick Studio em colaboração com as equipes de arquitetura e engenharia do Google, foi inaugurado no Vale do Silício. A missão do campus é criar um espaço centrado no ser humano para o futuro do local de trabalho do Google, além de definir novos padrões globais de sustentabilidade para construção e modelos de escritórios. O local pretende operar inteiramente com energia livre de carbono até 2030; integrando o sistema de estacas geotérmicas mais extenso da América do Norte, positivo para a rede de água. O campus também inclui 6,7 hectares (17 acres) de áreas verdes privilegiadas, incluindo prados úmidos, bosques e pântanos.
A mudança climática continua sendo a principal preocupação na política, economia e pesquisa científica globais, particularmente no que diz respeito às indústrias de arquitetura e construção. Essa maior culpabilidade para o campo da arquitetura deriva do fato de que a indústria da construção contribui com 40% das emissões globais, e a demanda no setor de construção está projetada para aumentar apenas 70% até 2050. As energias renováveis fazem parte de um paradigma de sustentabilidade do século 21 que responde às mudanças climáticas e à degradação ambiental, fortalecendo o impulso para a transformação global. Estratégias de produção de energia renovável são necessárias para mitigar futuros problemas de segurança energética à medida que as fontes tradicionais de combustível se tornam cada vez mais escassas e são uma parte indispensável do projeto para a sustentabilidade na arquitetura.
https://www.archdaily.com.br/br/962742/integrando-a-tecnologia-solar-em-fachadas-claraboias-telhados-e-outros-elementos-de-construcaoLilly Cao
O UNStudio acaba de concluir as obras de reforma da sede da Hanwha em Seul, enquanto a edificação permaneceu totalmente ocupada. As operações de reforma criaram um estabelecimento moderno que atende aos requisitos atuais de sustentabilidade.
O funcionamento das telhas solares, ou telhas fotovoltaicas, acontece da mesma forma que os painéis fotovoltaicos, já bastante utilizados na construção civil. A diferença está na montagem, já que essas fazem parte da construção do telhado desde seu início, ou seja, são projetadas em conjunto à nova cobertura enquanto os painéis são parafusados em uma cobertura existente.
As telhas são compostas por células fotovoltaicas que, no momento em que recebem luz solar, criam um campo elétrico capaz de fornecer energia elétrica para ser utilizada no interior da construção, já que as placas fotovoltaicas são conectadas através de cabos elétricos até o quadro de força.
Uma nova empresa entrou no mercado de baterias solares domésticas, e é um nome conhecido: a mundialmente famosa IKEA.
Concorrente das baterias da Tesla e do sistema de cobertura solar, a bateria da IKEA será vendida pela primeira vez no Reino Unido, onde os proprietários de casas com energia solar normalmente só vendem o excesso de energia produzido de volta à rede nacional. A bateria, em vez disso, permitirá que essa energia restante seja armazenada para uso posterior, ajudando os proprietários a reduzirem suas contas de luz em até 70%.
A primeira rodovia de painéis solares do mundo foi oficialmente inaugurada em uma pequena cidade da Normandia, França;
Construído na pequena cidade de Tourouvre-au-Perche, a rota de um quilômetro, apelidada de "Wattway", é coberta por 2.800 metros quadrados de painéis fotovoltaicos. Ela foi projetada para receber até 2.000 veículos por dia, enquanto geram em média 767 quilowatts-hora (kWh) por dia, energia suficiente para alimentar toda a iluminação das ruas da pequena cidade de 3.400 residentes.
A energia solar é considerada por muitos como o futuro da eletricidade mundial. Cidades como Houston e Mumbai estão adotando a incorporação de infraestruturas solares em coberturas de edifícios e também em zonas rurais, sistemas que em sua maioria estão padronizados e compostos por painéis fixos dispostos de forma que otimize a absorção do sol nos horários de pico. Somente os painéis mais sofisticados são ajustáveis e acompanham o sol ao longo do dia e, são capazes de absorver a máxima quantidade de luz permitida pela tecnologia, o que significa que metade do painel do edifício perde uma quantidade significativa da energia disponível.
Pesquisadores da Universidade de Michigan desenvolveram um sistema de energia solar que pode absorver a maior quantidade de luz reduzindo ao mesmo tempo a liberação da pegada de carbono proveniente da produção dos próprios painéis. Os resultados são surpreendentemente interessantes: através da utilização da antiga arte japonesa do Kirigami, uma variação do Origami, os pesquisadores foram capazes de aumentar em até 40% a absorção da luz solar em relação aos painéis tradicionais.
Acione um comando no seu celular e vá para o chuveiro; desça a escada 15 minutos depois e terá uma caneca de café esperando por você. Este é um ritual que não é mais uma fantasia para muitas pessoas. O crescimento da Internet das Coisas permitiu-nos controlar ações com o simples tocar em uma tela. Até agora, a escala destes processos é limitada a dispositivos pessoais: qualquer coisa entre passar café pela manhã a ligar o carro. Mas e se pudéssemos cultivar alimento para milhares de pessoas com um simples botão? Este é o objetivo do projeto Smart Floating Farms [Fazendas Flutuantes Inteligentes], desenvolvido pelo Forward Thinking Architecture.