Exposições Mundiais têm sido importantes no avanço da inovação e do discurso arquitetônico. Muitos dos nossos monumentos mais amados foram projetados e construídos especificamente para as feiras mundiais, apenas para permanecerem como objetos icônicos nas cidades que os hospedam. Mas como as Expos já criaram marcos arquitetônicos tão duradouros, e esse ainda é o caso hoje? Ao longo da história, cada nova Expo ofereceu aos arquitetos uma oportunidade de apresentar ideias radicais e usar esses eventos como um laboratório criativo para testar inovações ousadas em tecnologia de projeto e construção. As feiras mundiais inevitavelmente encorajam a concorrência, com todos os países se esforçando para dar o melhor de si a qualquer custo. Essa carta branca permite que os arquitetos evitem muitas das restrições programáticas das comissões diárias e se concentrem em expressar ideias em sua forma mais pura. Muitas obras-primas como o Pavilhão Alemão de Mies van der Rohe (mais conhecido como o Pavilhão de Barcelona), para a Exposição Internacional de Barcelona de 1929 são tão dedicadas à sua abordagem conceitual que só poderiam ser possíveis no contexto de um pavilhão de exposições.
Reunimos algumas das mais importantes Exposições Mundiais da história para observar mais de perto o impacto delas no desenvolvimento arquitetônico.
Bernard Tschumi Architects foi premiado com uma das maiores comissões na França, com o projeto e a construção de um centro de educação e pesquisa de última geração, de € 283 milhões (U$ 350 milhões) na Université Paris-Sud em Saclay, sul da capital francesa. O “METRO Centre” fará parte da ala de biologia, farmácia e química da universidade, compreendendo seis prédios conectados por passarelas elevadas, com instalações de ensino, laboratórios de pesquisa, escritórios, restaurantes e áreas de logística.
Tendo vencido um concurso contra equipes como Herzog & De Meuron e MVRDV, Bernard Tschumi trabalhará em colaboração com Bouygues Construction, Groupe-6 e BE para a realização e operação do esquema.
Em março de 1972, um artigo no The Architectural Review proclamouoque essa estrutura era “provavelmente o melhor prédio de Paris desde a Cité de Refuge de Le Corbusier para o Exército de Salvação”. [1] O artigo se referia, obviamente, ao primeiro projeto na Europa do arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer: a sede do Partido Comunista Francês em Paris, França, construída entre 1967 e 1980. Tendo trabalhado com Le Corbusier no Edifício das Nações Unidas de 1952 em Nova Iorque e concluído recentemente o Congresso Nacional, além de edifícios governamentais icônicos adicionais em Brasília Niemeyer não era estranho à íntima relação entre arquitetura e o poder político. [2]
Sou Fujimoto, Nicolas Laisné e Dimitri Roussel construirão um novo empreendimento na cidade de Rosny-sous-Bois. Seu projeto, Village Vertical foi escolhido como ganhador do concurso "Inventons la Métropole du Grand Paris". A equipe inclui paisagistas e planejadores urbanos do Atelier Georges e urbanistas da La Compagnie de Phalsbourg e REI Habitat.
Paris é conhecida por sua rede de transporte público eficiente, conectando diferentes modos, como trem, metrô, ônibus e até bicicletas públicas, de maneira a facilitar a mobilidade urbana. A maioria da população utiliza o transporte público como principal forma de locomoção: quase 60% dos deslocamentos na cidade são realizados via trem, metrô e ônibus. No entanto, apesar da oferta diversa de meios de transporte, ainda persiste o problema do transporte individual, predominante nas ruas da capital francesa.
Skidmore, Owings and Merrill (SOM), com sede em Chicago, ganhou uma competição internacional para o projeto de um distrito urbano em Charenton-Bercy, na extremidade leste de Paris. Trabalhando com uma equipe de urbanistas, paisagistas e grupos de pesquisa comunitários, SOM propôs uma paisagem urbana altamente conectada, incorporando uma torre de eficiência energética de 180 metros, e uma rotunda contemporânea servindo como centro de realidade virtual.
https://www.archdaily.com.br/br/890828/som-e-escolhido-para-projetar-masterplan-sustentavel-para-o-leste-de-parisNiall Patrick Walsh
Recentemente a França testemunhou um dos invernos mais chuvosos dos últimos 50 anos. Em Paris, o rio Sena inundou parques e ruas afetando o funcionamento dos serviços de transporte público como o metrô. A cheia do rio também provocou um curioso acontecimento arquitetônico. No dia 8 de fevereiro, a Louise-Catherine, uma embarcação de concreto, reformada por Le Corbusier, foi arrastada pelas águas turvas do Sena até atracar na parte baixa do rio próximo a Quai D'Austerlitz, no leste de Paris.
À medida que o nível das águas diminuía, a estrutura de concreto de mais de 100 anos acabou ficando presa no cais, inclinando-se de forma perigosa em relação ao rio, de acordo com Le Parisien. Ainda que os bombeiros estivessem presentes e tentassem salvar a histórica barca de concreto, ela inundou e afundou em questão de poucos minutos.
Monumentos urbanos são elementos fundamentalmente para a identidade de uma cidade. Permanecem impassíveis observando-nos de cima enquanto aparecem na maioria das fotos de cada visitante. Mas eles continuariam instantaneamente reconhecíveis se tivessem sido projetados de outra forma?
O icônico Arco do Triunfo em Paris poderia ter sido um elefante gigante, grande o suficiente para receber banquetes e outros eventos sociais enquanto o Lincoln Memorial em Washington D.C poderia ter sido uma enorme pirâmide.
O GoCompare compilou uma série de ilustrações sobre projetos não construídos dos monumentos mais conhecidos e visitados do mundo, apresentando-os em um contexto moderno de modo a celebrar as formas que poderiam ser tão banais quanto agora nos parecem absurdas. Estas são as nossas favoritas:
O futuro de uma nova Paris já vem sendo noticiado há alguns meses. Desde que a atual prefeita, Anne Hidalgo, assumiu o cargo, seu desejo de uma cidade com cada vez menos carros vem se realizando em pequenas (ou nem tão pequenas) ações. No entanto, parece que esse objetivo ganhou uma data perfeita para ser alcançado: os Jogos Olímpicos de 2024.
A próxima floresta vertical de Stefano Boeri Architetti será construída em Paris, é o que revelam as imagens da Forêt Blanche, uma torre de uso misto de 54 metros de altura localizada na região metropolitana da capital francesa, em Villiers-sur-Marne.
Mais recente projeto da série de florestas verticais, que incluiu propostas construídas e planejadas na China, Europa, América do Sul e Estados Unidos, a Forêt Blanche contará com 2.000 árvores e área verde equivalente a um hectare - mais de 10 vezes a área do terreno.
Como parte do tema de pesquisa do ano 2017/18 da Escola de Arquitetura de Paris, que está discutindo as implicações infraestruturais da saída do Reino Unido da União Européia, a instituição lançou um concurso internacional de arquitetura chamado Brexit Monuments.
Gárgulas quebradas e balaustradas caídas foram substituídas por tubos de plástico e tábuas de madeira. Os contrafortes estão escurecidos pela poluição e corroídos pela água da chuva. Pináculos danificados e mantidos juntos por amarrações.
De acordo com a associaçãoFriends of Notre-Dame de Paris, A icônica catedral parisiense "necessita desesperadamente de atenção". Talvez mais preocupantemente ainda é o fato de que o território sagrado e o monumento nacional francês também estejam em "um estado preocupante de preservação". Construída em pedra calcária - um material notoriamente suscetível à erosão - a edificação está em um estado acelerado de desgaste, exigindo novos esforços de financiamento e perícia para garantir seu futuro imediato e a longo prazo. Do telhado de chumbo aos contrafortes de pedra, as mundialmente famosas gárgulas e os vitrais, cada centímetro da estrutura requer diferentes níveis de atenção.
https://www.archdaily.com.br/br/881493/iconica-e-reverenciada-a-catedral-de-notre-dame-de-paris-tem-futuro-incertoAD Editorial Team
Dispersas pelas ruas de Paris, as elegantes entradas Art Nouveau às estações do Métropolitain (metrô) são um monumento coletivo à Belle Époque da cidade do final do século XIX e início do século XX. Com o trabalho sinuoso sinuosa modelado a partir de plantas estilizadas, as entradas do metrô agora figuram entre os mais famosos emblemas arquitetônicos da cidade; No entanto, devido à cautela da cidade em face à industrialização e da decisão do arquiteto Hector Guimard de utilizar uma estética arquitetônica então nova, levaria décadas antes que as entradas ganhassem a ilustre reputação que agora desfrutam.
O escritório MAD Architects, sob liderança de Ma Yansong, apresentou "Mirage" - uma proposta de renovação para a Torre de Montparnasse em Paris. O projeto transformará este enorme edifício monolítico preto em uma instalação artística de luz que reflete a cidade de cabeça para baixo.
O consórcio Nouvelle AOM foi anunciado como vencedor do concurso internacional para a renovação e redesenho da Torre Montparnasse de Paris, superando o finalista Studio Gang e uma lista de grandes escritórios.
Elogiado pelo júri por sua "identidade poderosa, dinâmica e ousada", a proposta vencedora irá introduzir um sistema de fachada verde inteiramente nova que melhorará o entorno imediato da torre e o bairro como um todo.
"Este foi um grande desafio, já que a Torre não é como qualquer outra", explicou o júri. "O projeto da Nouvelle AOM captura perfeitamente o espírito do século XXI, dando à Torre uma identidade multifacetada que gira em torno de novos, atraentes e inovadores usos. A Torre vai dar vida nova ao bairro de Montparnasse".