A Fundação Bienal de São Paulo anunciou a equipe de curadoria do Pavilhão do Brasil na 19ª Mostra Internacional de Arquitetura – La Biennale di Venezia, com inauguração prevista para 10 de maio de 2025. A tarefa ficará a cargo do grupo Plano Coletivo, composto pela arquiteta Luciana Saboia e pelos arquitetos Eder Alencar e Matheus Seco. A seleção do grupo reflete o compromisso da Fundação em destacar práticas arquitetônicas que promovam impacto social e ambiental positivo.
O Plano Coletivo é reconhecido por sua abordagem colaborativa e multidisciplinar, integrando arquitetura, urbanismo e design com foco em soluções sustentáveis e inclusivas. A equipe já realizou projetos significativos em diversas regiões do Brasil, sempre buscando envolver as comunidades locais no processo de criação e implementação.
https://www.archdaily.com.br/br/1024668/plano-coletivo-fara-a-curadoria-do-pavilhao-do-brasil-na-bienal-de-arquitetura-de-veneza-2025ArchDaily Team
A cidade de Osaka, no Japão, foi a escolhida para sediar a Expo Mundial de 2025, um evento internacional que deverá atrair milhões de visitantes. Prevista para começar em 13 de abril de 2025 e terminar em 13 de outubro do mesmo ano, essa é a segunda vez que o Japão é o anfitrião — a primeira foi em 1970. Ao longo de sua história, as Exposições Mundiais têm sido o local onde novas tecnologias e produtos são apresentados e popularizados, levando a avanços tecnológicos e projetos inovadores. O tema desta edição é Projetando a sociedade do futuro para nossas vidas, dividido em três subtemas que aprofundam a proposta: Salvando Vidas, Empoderando Vidas e Conectando Vidas. O arquiteto Sou Fujimoto é o responsável pelo projeto do masterplano da Expo, além de coordenar e oferecer diretrizes para os países participantes.
O Pavilhão Brasileiro "Terra", com curadoria de Gabriela de Matos e Paulo Tavares, venceu o Leão de Ouro de Melhor Participação Nacional na Bienal de Arquitetura de Veneza de 2023. Selecionada por um júri presidido pelo arquiteto e curador italiano Ippolito Pestellini Laparelli, acompanhado de Nora Akawi, Thelma Golden, Tau Tavengwa e Izabela Wieczorek, a intervenção vencedora na 18ª Bienal de Arquitetura de Veneza "propõe repensar o passado para projetar futuros possíveis, destacando atores esquecidos pelos cânones arquitetônicos, em diálogo com a curadoria da edição, O Laboratório do Futuro".
Transmitida ao vivo na página oficial da Bienal, a cerimônia ocorreu na Ca'Giustinian, sede da Biennale di Venezia, e também concedeu o Leão de Ouro de Melhor Participação na Exposição Internacional O Laboratório do Futuro para DAAR (Alessandro Petti + Sandi Hilal), ao passo que o Leão de Prata para participação jovem e promissora foi entregue a Olalekan Jeyifous. Outros reconhecimentos incluíram uma menção especial para Wolff Architects, Ilze Wolff e Heinrich Wolff, para Twenty Nine Studio / Sammy Baloji, e para o Pavilhão Nacional da Grã-Bretanha, intitulado Dancing Before the Moon, com curadoria de Jayden Ali, Joseph Henry, Meneesha Kellay e Sumitra Upham.
As Exposições Internacionais têm sua origem no século XIX, quando em Londres (1851), sob o título de Grande Exposição dos Trabalhos da Indústria de Todas as Nações, reuniu-se um conjunto de produtos manufaturados de diversas nações em um esforço de servir de vitrine para os avanços da técnica e, mais tarde, da indústria, em um momento de conjunção e compartilhamento das iniciativas das várias partes do mundo.
Desde 1980, com a primeira exposição dedicada exclusivamente à arquitetura, intitulada A presença do passado e dirigida por Paolo Portoghesi, a Bienal de Veneza se posicionou como um dos pontos de inflexão da história da arquitetura contemporânea. Desde então, 16 edições já ocuparam os espaços do Giardini e do Arsenale, abordando temas que vão dos elementos fundamentais da arquitetura ao futuro da disciplina.
O conceito e título Muros de ar foi pensado para responder à proposta Freespace, das curadoras Yvonne Farrell e Shelley McNamara, como uma provocação capaz de questionar: 1. as diferentes formas de muros que constroem, em diversas escalas, o território brasileiro; 2. as fronteiras da própria arquitetura em relação a outras disciplinas.
Assim, partimos para uma reflexão sobre o quanto a arquitetura no Brasil e seus desdobramentos urbanos são de fato, livres. Sem a pretensão de chegar a uma resposta, mas com a ambição de abrir a conversa para um público grande e diverso, optamos por tentar tornar visíveis processos que muitas vezes não são percebidos, em função de sua natureza ou escala. As barreiras imateriais que são erguidas entre pessoas ou bairros, e os processos de urbanização do Brasil em uma escala continental são exemplos de questões sobre as quais nos debruçamos.
O capítulo Os limites dos objetos aborda o tema Muros de ar na escala das intervenções arquitetônicas e urbanas, numa tentativa de medir a capacidade da produção brasileira recente para mediar relações conflituosas entre os domínios público e privado.
Em oposição à abordagem cartográfica, que mapeia os múltiplos tipos de barreiras que constituem o território brasileiro, esta seção apresenta objetos arquitetônicos que estimulam a transposição dos muros que estão presentes em nossas cidades. As propostas selecionadas compartilham a motivação de investigar novos modos de lidar com os limites, as divisões e as rupturas dos tecidos urbanos. Ao mesmo tempo, trazem à tona a necessidade premente de usar o projeto como uma forma de transformar condições de exclusão em possibilidades de aproximar as pessoas.
Muros de Ar é o tema que norteia a participação brasileira na 16ª Exposição Internacional de Arquitetura em Veneza. Com curadoria conjunta de Laura González Fierro, Sol Camacho, Gabriel Kozlowski e Marcelo Maia Rosa, o Pavilhão do Brasil reúne 17 projetos de diferentes regiões do país, selecionados a partir de uma chamada aberta, além de uma série de grandes desenhos cartográficos que abordam diferentes aspectos da urbanização do país através das lentes da arquitetura.
Como parte da participação brasileira na Bienal de Veneza 2018, intitulada Muros de Ar, o Atelier Marko Brajovic levou a instalação NSDC, que propõe o redesenho de grades da cidade em mobiliários urbanos, considerando o processo de design como uma ferramenta de transformação, usada para moldar a paisagem urbana e seu uso.
O chamamento público de projetos para o Pavilhão Brasileiro na 16ª Mostra Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza fechou no dia 19 de janeiro, sexta-feira passada às 11h da noite, após um mês aberto ao público.
A iniciativa teve como objetivo a busca por projetos ao longo do Brasil que demonstrassem a Arquitetura como instrumento para mediar conflitos, negociar transições entre os domínios público e privado e articular conexões entre tecidos urbanos distintos.
A artista mineira Cinthia Marcelle propôs a instalação “Chão de caça” [Hunting Ground] no Pavilhão Brasileiro, com a curadoria de Jochen Volz, recebeu a menção honrosa durante a Bienal de Arte de Veneza 2017, inaugurada em 13 de maio. A instalação é composta por um piso inclinado feito de grades de ventilação soldadas que ocupa todo o interior das duas galerias do pavilhão brasileiro. Entre os pequenos vãos das grades, seixos rolados dos arredores do local da exposição foram inseridos. Entrelaçados com a grade e os seixos, estão elementos escultóricos adicionais, uma série de pinturas e um filme tocando ininterruptamente. O desenho, as resoluções técnicas e a estrutura do piso, assim como o processo de desenvolvimento da obra através de modelos eletrônicos e protótipos, foi realizado em parceira com os arquitetos Anna Juni, Enk te Winkel e Gustavo Delonero do escritório paulista Vão, com quem a artista vêm trabalhando há alguns anos.
A participação brasileira na Bienal de Veneza deste ano - JUNTOS- consiste na reunião de quinze projetos realizados em diversas regiões do país e que abrangem uma grande gama de abordagens do tema da Biennale: Reporting from the Front. Perguntamos a alguns dos idealizadores dos projetos que fazem parte de Juntos suas opiniões acerca do pavilhão do Brasil e da contribuição de seus projetos ao pavilhão e à própria Bienal, veja suas respostas, a seguir:
Pavilhão brasileiro em Veneza tem méritos, mas ignora momento histórico do país.
No momento que um muro dividindo a Esplanada dos Ministérios em Brasília se tornou o símbolo de um país segregado, o tema do pavilhão brasileiro na Bienal de Veneza de Arquitetura em 2016 dificilmente poderia ser mais paradoxal: “Juntos”.
Em nossa cobertura da 15ª Bienal de Arquitetura de Veneza, tivemos a oportunidade de acompanhar de perto as exposições que fazem parte da mostra internacional Reporting from the Front e também os 63 pavilhões nacionais que expõem exemplos de projetos e iniciativas que estão "na linha de frente" da arquitetura e que lidam com questões que ultrapassam o desenho e envolvem fatores sociais, geográficos, econômicos e políticos.
O Brasil contribui com essa discussão com a exposição "Juntos", que tem curadoria de Washington Fajardo e reúne quinze projetos de diferentes regiões do país. Os trabalhos selecionados variam em tipo, escala e abordagem, incluindo desde um conjunto residencial até escolas, intervenções urbanas e uma revista. Assista à entrevista no vídeo acima e saiba mais sobre a posição do Pavilhão do Brasil em relação ao tema que norteia a Bienal deste ano.
Como parte da cobertura do ArchDaily Brasil na Bienal de Veneza deste ano, compartilhamos a seguir informações sobre o Pavilhão do Brasil, que reúne quinze projetos e iniciativas de diferentes regiões do país e que tem curadoria de Washington Fajardo.
A Casa da Flor é uma arquitetura onírica erguida a partir do sonho de Gabriel Joaquim dos Santos (1892-1985). Filho de um escravo negro com uma índia, este trabalhador das salinas próximas a São Pedro da Aldeia (140 km do Rio de Janeiro) construiu sua casa a partir da coleta de restos e resíduos, os quais ganharam um novo sentido de uso nas paredes da pequena edificação unifamiliar.
O mesmo princípio moveu a arquiteta Lina Bo Bardi (1914-1992) na Casa Valéria Cirell, em São Paulo. Primeira expressiva realização da arquiteta manifestando o que defendia ser o nacional-popular, em oposição ao modernismo hegemônico dos circuitos de debate e da produção arquitetônica na época. Bo Bardi vai se interessar pelo homem simples e popular, identificando signos da cultura negra e sentidos lentamente burilados por fricção e amálgama, por desejo de converter-se em outra coisa: no brasileiro.
Em resposta à proposição de Alejandro Aravena, diretor da 15ª Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza - Reporting from the front, o curador escolhido pela Fundação Bienal de São PauloWashington Fajardo apresentará a mostra “JUNTOS”. O projeto para o Pavilhão do Brasil busca evidenciar histórias de pessoas que lutam e alcançam mudanças na passividade institucional das grandes cidades do País, conquistando arquitetura em processos lentos cujo vagar não é problema, mas um apontamento de soluções ao esfacelamento político do planejamento do território. De acordo com o curador, “a mostra é uma composição dessas trajetórias e parcerias, do processo do encontro do ativista, do lutador, com o arquiteto e com a arquitetura, tornando-se imanados pela elaboração do novo espaço”.
Aberta desde o dia 1 de maio e contando com a participação de 96 pavilhões de diversos países, a Expo Milão 2015 trata de um dos temas mundiais de maior urgência - a alimentação - com o mote "Feeding the Planet: Energy for Life".
O pavilhão brasileiro, projetado pelos escritórios Studio Arthur Casas e Atelier Marko Brajovic, foi considerado um dos mais atrativos pelos milhares de visitantes que já passaram pelo campus da Expo nestes quatro meses de evento. Contando com um amplo espaço aberto atravessado por uma rede elevada por onde os visitantes podem caminhar, o pavilhão é "permeável como a cultura brasileira" e exibe um "grande volume aberto que acolhe os visitantes e estabelece um percurso entre as mais variadas espécies aqui cultivadas.
Veja a seguir uma belíssima série de fotografias do pavilhão feitas por Fernando Guerra, um dos fotógrafos mais importantes do mundo, sócio do estúdio Últimas Reportagens juntamente com seu irmão, Sérgio Guerra.