Bjarke Ingels Group e a WXY architecture + urban design, em colaboração com a Downtown Brooklyn Partnership, imaginaram um novo futuro para a região centra do Brooklyn, em Nova Iorque. A proposta apresenta uma abordagem mais verde e segura voltada para um bairro que privilegie os pedestres.
pedestres: O mais recente de arquitetura e notícia
BIG e WXY projetam um Brooklyn mais verde e seguro
O poder econômico e social das cidades caminháveis
Nos últimos anos, as prioridades de mobilidade dos habitantes dos EUA apresentaram notórias mudanças, sobretudo entre os jovens. Se antes, a opção quase unânime de deslocamento era o automóvel, agora as opções incluem caminhadas, bicicletas ou o transporte coletivo, segundo apontam pesquisas recentes.
7 Dicas para criar cidades para os pedestres
A Associação de Pesquisa e Planejamento Urbano de San Francisco (SPUR), é uma ONG que se dedica a elaborar estratégias que procuram melhorar a qualidade de vida urbana, especificamente nas cidades que conformam a região da Baía de San Francisco.
Calçadas que geram energia através dos passos
Sol e vento vêm à nossa cabeça rapidamente quando pensamos em energias provindas de fontes renováveis. Descentralizar a produção de energia elétrica de grandes usinas é algo que tem movido engenheiros e inventores por todo o mundo. Mas pensar em transformar a energia mecânica do caminhar das pessoas em energia elétrica é algo que sai um pouco do senso comum. A tecnologia foi desenvolvida pelo fundador da Pavegen, Laurence Kemball-Cook, através de uma plataforma que se mescla ao passeio, desenvolvendo um produto que converte os passos em energia elétrica, mas que também pode gerar dados e até recompensas. Mas antes de sair por aí se sentindo o Michael Jackson em Billie Jean, entenda melhor como esse sistema funciona.
Três direitos dos pedestres que podem ser assegurados por meio do desenho urbano
Ainda que todos sejamos pedestres, muitas vezes quem está atrás do volante não respeita o espaço, o tempo ou a prioridade de quem anda a pé. Esse é um dos motivos que faz de qualquer caminhada nas cidades um desafio. Além das questões de segurança pública, a hierarquia e o consequente desenho urbano que configuram as vias urbanas brasileiras dificultam o atendimento dos direitos básicos dos pedestres.
Cidades caminháveis: como qualificar os atributos urbanos que afetam os pedestres na escala do bairro
A caminhada é a mais comum forma de transporte no mundo e é um direito humano básico. Ela nos conecta diretamente com o ambiente ao redor, não polui a cidade e apresenta inúmeros benefícios para a saúde, como a redução de doenças crônicas, da obesidade e de diabetes. É essa a mensagem que o ITDP e StreetFilms traz no filme The Right to Walk, lançado em este ano.
Se caminhar é tão bom, por que é tão difícil caminhar no ambiente urbano? O crescimento rápido das nossas cidades e o planejamento urbano focado no carro reduz cada vez mais o espaço e o respeito ao pedestre. Todo ano 1,3 milhões pessoas são vítimas fatais do trânsito, sendo metade pedestres, ciclistas ou motociclistas, e acidentes de trânsito causam entre 20 e 50 milhões de internações, sendo o principal causador de deficiências físicas em todo o mundo. Mais de 90% das mortes no trânsito ocorrem em países com renda média ou baixa como o Brasil, país com maior número de mortes de trânsito por habitante da América do Sul.
15 Pontes para pedestres e seus detalhes construtivos
É cada vez mais importante e coerente a criação de estruturas urbanas voltadas aos pedestres - arquiteturas que ajudam a melhorar a qualidade de vida nas cidades, conectando espaços e encurtando distâncias. Seu uso favorece não apenas os próprios pedestres, mas também milhares de ciclistas urbanos que optaram pelas duas rodas por questões de saúde e tempo. A seguir, compilamos imagens e detalhes construtivos de 15 pontes e passarelas peatonais, de diferentes materiais, formas e sistemas estruturais.
LightPathAKL / Monk Mackenzie Architects + Landlab
Como podemos planejar cidades que priorizem pedestres?
Cidades ativas são aquelas em que a população pode fazer escolhas mais saudáveis e sustentáveis. Para que isso seja possível, as cidades devem proporcionar acesso a espaços públicos e serviços de qualidade a todas as pessoas, garantindo que possam passear, descansar, brincar e se exercitar em praças, parques e equipamentos. Cidades ativas são também compactas, nas quais a proximidade entre a moradia e o trabalho, escola, serviços, lazer faz com que as redes de mobilidade a pé, cicloviária e de transporte público sejam mais eficientes e melhores distribuídas no território. Assim, a escolha pelo modal a pé ou bicicleta nos deslocamentos diários se torna viável. Por isso, cidades ativas são, necessariamente, mais caminháveis.
Multar pedestres e ciclistas melhorará a segurança? ITDP Brasil manifesta preocupação
No final de outubro, o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) publicou a resolução 706/2017, que padroniza a aplicação de multas para pedestres e ciclistas, previstas nos artigos 254 e 255 do CTB (Código de Trânsito Brasileiro). Ainda que a garantia de direitos e o estabelecimento de deveres seja uma premissa para o bom funcionamento do trânsito, o ITDP Brasil acredita que a aplicação de multas a pedestres e ciclistas nas cidades brasileiras não irá contribuir com a melhoria das condições de segurança e nem promover o acesso à cidade, objetivo estabelecido na Política Nacional de Mobilidade Urbana.
Em geral, as cidades brasileiras ainda não oferecem condições mínimas de segurança e atratividade para os deslocamentos a pé ou de bicicleta: calçadas esburacadas e estreitas, limites de velocidade incompatíveis com as vias urbanas, ausência de redes cicloviárias que permitam o uso seguro da bicicleta, ausência de faixas de travessia de pedestre e tempos semafóricos que permitam a travessia segura são alguns dos desafios enfrentados cotidianamente pela população.
Por um futuro caminhável: para mudar a forma como vivemos nas cidades é preciso colocar os pés na rua
Ah, a urb!... O vaivém nas ruas, o signo pulsante da modernidade, o espaço público por excelência. No início do século XX, João do Rio, o cronista marginal, fez um inventário dos “tipos” que circulavam pela cidade em A alma encantadora das Ruas, um clássico nacional. Mais do que um livro sobre crônicas de costumes, a obra retrata as transformações urbanas que o Rio sofria no momento de autoestima elevada da Belle Époque, quando despontava como capital da república nascente.
Vagas de estacionamento custam caro para quem não tem carro
Quanto mais carros nas ruas, mais vagas de estacionamento são necessárias. Não é incomum que as pessoas se questionem se existem vagas suficientes. Mas provavelmente o problema é que perguntas erradas levam a respostas erradas. Na verdade, não faltam vagas: sobram carros. O que acontece de fato é que quanto maior a oferta de vagas, maiores as chances de que as pessoas escolham o automóvel como transporte individual, o que gera, claro, maior demanda por vagas.
Elevadores urbanos: integração e continuidade em cidades com relevos acidentados
Quando falamos de urbanização e enfrentamos uma topografia complexa, o tema da integração urbana começa a tomar mais força e protagonismo. Muitos dos bairros mais deteriorados socialmente se encontram em pontos geográficos complexos rodeados de desníveis que fazem com que o pedestre, o ciclista ou os idosos se vejam excluídos de uma acessibilidade urbana eficiente.
Neste contexto, os elevadores urbanos aparecem como uma solução e um elemento articulador, funcional e escultórico. Com até 30 metros de altura, convertem-se em marcos urbanos e turísticos ao criar um novo ponto de vista mediante passarelas e mirantes, ao mesmo tempo que respeitam o patrimônio histórico dos entornos.
A seguir mostramos alguns exemplos interessantes de elevadores urbanos que têm sido chave no ordenamento de seus entornos urbanos imediatos.
Elogio da caminhada, por Björk
Clay Cockrell, psicoterapeuta de Nova Iorque, cidade onde os psicoterapeutas poderiam ter um bairro somente para eles, realiza suas sessões ao ar livre. Caminhando, mais precisamente. Em lugares como o Central Park ou o Battery Park, onde o cliente preferir, o lugar da consulta é totalmente flexível. O método é mais ou menos o mesmo que o de qualquer terapeuta. Os honorários também. Só o entorno muda, o que não é pouco: o divã, a cadeira de couro, o tapete persa e a biblioteca são substituídos pelo concreto ou o cascalho da rua ou do parque escolhido pelo paciente.
Caminhar é muito mais que cobrir uma distância com os pés. É também uma das mais básicas ferramentas para alcançar o que comumente chamamos de esvaziar a mente. Caminhar é um recurso gratuito, facilmente acessível e quase sempre disponível para voltar a um mundo lento em que a mente pode fazer uma conexão livre de interferências com o corpo, e o corpo, por sua vez, com o solo que pisa e o entorno que o rodeia.
TEDx com Jeff Speck: 4 formas de tornar uma cidade mais caminhável
O designer e planejador urbano estadunidense Jeff Speck tem se dedicado ao longo de sua carreira a difundir os benefícios da caminhabilidade e a promover este aspecto em seus projetos urbanos.
Os benefícios deste aspecto, incorporados à vida urbana através do projeto, serviram de tema para seu livro “Walkable City. How downtown can save America, one step at time”, que em 2013 foi escolhido entre as 100 melhores publicações sobre cidades pela Planetizen.
Como Vancouver se tornou uma cidade multimodal
A meta de Vancouver para 2040 é que utilizar apenas energia proveniente de fontes limpas para abastecer os sistemas de calefação e transporte público da cidade.
Como parte desta meta, a cidade pretende, até 2020, fazer com que 50% dos deslocamentos urbanos sejam realizados a pé, de bicicleta ou em transporte público.
Nova Iorque propõe redistribuição viária para aumentar a segurança nas ruas
Cruzamentos peatonais inseguros, ciclovias que não são respeitadas pelos condutores, e trechos permitidos para automóveis apesar do risco que geram para ciclistas e pedestres são, lamentavelmente, problemas comuns em diversas cidades.
Mostramos a seguir um caso bem sucedido em Nova Iorque que apresentava os mesmos problemas, mas que foi resolvido com uma proposta de desenho urbano que consistiu, basicamente, em redistribuir o espaço viário a partir do Plano Visão Zero.
Como anda a mobilidade a pé no Brasil?
Projeto ‘Como Anda’ quer fortalecer a mobilidade a pé no Brasil: compreender quem são e como atuam as organizações que trabalham com o tema, promover a pauta com levantamento de dados e estudos de caso e contribuir com a articulação do movimento.