Visitar obras-primas da arquitetura dos grandes mestres pode parecer uma peregrinação, especialmente quando estão longe e são difíceis de chegar. Nem todo mundo desprende o tempo necessário para visitar estes edifícios quando estão viajando, o que faz do fato de conseguir chegar lá ainda mais especial. Com estranhos horários de funcionamento e localizações difíceis, mostramos a seguir uma seleção de obras-primas da arquitetura e o que é preciso fazer para chegar nelas. Não esqueça de levar sua câmera!
Casa para Arte e Pavilhão (lado direito), Visto do Parque Berower. Image Cortesia de Atelier Peter Zumthor & Partner
O Atelier Peter Zumthor revelou seus projetos conceituais para a ampliação da Fundação Beyeler em Riehen, na Suíça, nos arredores da cidade de Basileia. Localizado em um lote anteriormente não acessível para o público, a extensão irá adicionar uma série de novos espaços de eventos e galerias ao museu existente, desenhado pela Renzo Piano Building Workshop e aberto em 1997.
Com base no "caráter da vila" de Riehen, a adição consistirá em três prédios novos relativamente pequenos que se misturam harmoniosamente ao cenário cheio de natureza do museu: um edifício austero para administração e serviços, um pavilhão de vidro para eventos e uma Grande Casa para a Arte. Juntos, seu arranjo ajudará a criar uma conexão sutil entre as áreas novas e antigas do terreno.
Projetar um museu é sempre um desafio arquitetônico emocionante. Os museus muitas vezes vêm com suas próprias necessidades e limitações - desde museus de arte que precisam de espaços especializados para preservar as obras, até enormes coleções que requerem um extenso espaço de arquivos. Em homenagem ao Dia Internacional dos Museus, selecionamos 23 museus emblemáticos que fazem parte de nossa base de dados, com cada editor do ArchDaily explicando o que torna esses edifícios tão impressionantes.
https://www.archdaily.com.br/br/871640/23-exemplos-de-museus-impressionantes-no-mundoAD Editorial Team
O Los Angeles County Museum of Art (LACMA) divulgou novas imagens do projeto de renovação de sua sede, a cargo do Atelier Peter Zumthor e orçado em US$600 milhões, e uma coisa se destaca: o edifício não é mais preto.
Embora a terceira grande revisão do projeto apresenta o edifício na mesma forma desde a alteração anterior, muitos aspectos mudaram, incluindo o modo como o volume flutuante toca o chão e a nova cor arenosa da fachada.
Peter Zumthor (26 de abril, 1943) completa hoje 74 anos de idade. Conhecido por sua sensibilidade material e sua grande atenção ao lugar, o vencedor do Pritzker de 2009 é um dos mais respeitados arquitetos do século XX.
Quatro renomados arquitetos - Thom Mayne (Morphosis), Tadao Ando, Kengo Kuma e Peter Zumthor - foram convidados a contribuir projetos para a nova "Casa dos Arquitetos" no Hotel 7132 em Vals, Suíça. A mais recente adição ao hotel, The House of Architects, possui um hall de entrada também projetado pelo escritório Morphosis Architects.
Após documentar a Capela de Campo Bruder Klaus, o fotógrafo Aldo Amoretti mais uma vez capta a simplicidade de Peter Zumthor, desta vez com imagens de seu Museu da Mineração Allmannajuvet em Sauda, Noruega. O projeto evoca a estética das minas de zinco abandonadas do país desde o século XIX, evocando o trabalho árduo dos trabalhadores sobre a pedra áspera. O museu se localiza em uma das rotas turísticas nacionais de Noruega e foi construído a pedido do Estado como parte de um esforço para aumentar o turismo na região. Os edifícios estão implantados dentro e sobre a paisagem, oferecendo vistas do desfiladeiro ao passo que os visitantes se movem através dos interiores escuros do projeto.
As fotos de Amoretti expressam a singeleza do projeto, da escuridão das galerias interiores às esbeltas palafitas que sustentam os edifícios sobre as rochas. As estruturas do museu são suspensas e estão em equilíbrio com o clima frio e rigoroso - uma representação nobre das condições de trabalho dos mineiros que o projeto pretende transformar em memória.
Uma das principais motivações de Peter Zumthor em relação à sua própria obra consiste em propor o entendimento imediato do objeto construído, para atingir, através de um vislumbre, a sensibilidade emocional do observador. Em busca deste objetivo, Zumthor procura que as combinações de formas, materiais, cores e texturas se combinem no pensamento perceptivo, dando lugar à criação de ima atmosfera arquitetônica de identidade unívoca.
A partir desta ideia, o arquiteto manipula o desenho, perfilando sua anatomia, decidindo onde e quando deve influir ou não em um contexto determinado, e como deve expressar sua presença material nesse meio. A tensão que propõe entre o entorno e o objeto busca alcançar um sentido de lugar de maneira natural, sem que a imposição de massas altere o equilíbrio existente. Para isso, harmoniza as possibilidades cinemáticas dos elementos da arquitetura mediante sequências espaciais que criam situações de surpresa.
A Capela de Campo Bruder Klaus de Peter Zumthor, concluída em 2007, é conhecida por seu respeito pelos materiais empregados na construção daquele espaço sensível. O interior da capela é uma cavidade negra criada pela queima de 112 troncos de árvores usados na fôrma do concreto. Vinte e quatro camadas de concreto foram despejadas em uma fôrma cuja parte interna era formada pelos troncos arranjados de modo a criar uma forma cônica, contrastando com a parte externa angular que definiu as fachadas da capela. Após a remoção da fôrma, muitos pequenos orifícios foram deixados nas paredes, criando um efeito que lembra uma noite estrelada. O "belo silêncio" da capela e inegável conexão com a paisagem onde se encontra faz dela um destino para muitos turistas.
Nesta série fotográfica, Aldo Amoretti registra a dramática relação entre a arquitetura e seu entorno natural. Apesar de suas superfícies de concreto e duras arestas, a capela não se impõe na paisagem. Em vez disso, as imagens mostram uma manifestação visual das palavras de Zumthor: uma arquitetura com "compostura, auto-evidência, durabilidade, presença e integridade, além de calor e sensualidade."
Na Bienal de Veneza de 2016, Peter Zumthor colocou seu projeto para o Museu de Arte de Los Angeles (LACMA) em exposição para a comunidade profissional. Dentro do edifício do Arsenal, uma maquete de edifício foi suspensa, parecendo flutuar dentro de um mostruário curvo de obras de tecido da artista Christina Kim, enquanto que uma música de Walter De Maria - 'Ocean Music', escrita em 1968 - proporciona um fundo rítmico para a instalação.
Fundação Prada / OMA. Image Cortesia de Gabriel Kogan
Quatro encontros analisarão criticamente a arquitetura contemporânea internacional por meio das obras de Rem Koolhaas, SANAA, Toyo Ito, Souto de Moura, Álvaro Siza e Peter Zumthor. Outros arquitetos – como Sou Fujimoto e Aires Mateus – complementarão e ilustrarão as discussões. O curso permitirá o aprofundamento sobre conceitos fundamentais dos arquitetos destacados, compreendendo interações entre teoria e prática a partir do estudo de projetos e textos. Entre os assuntos explorados, destaca-se a relação entre arquitetura contemporânea e cidade histórica, além das origens modernas da produção no pós-guerra.
O escritório de Peter Zumthor divulgou novas imagens de seu projeto para a nova sede do Los Angeles County Museum of Art de $600 milhões. As imagens oferecem uma primeira visão do interior do museu e dos espaços das galerias e apresenta a sua versão quase finalizada do projeto. A partir de agora, Zumthor diz que "haverá apenas algumas pequenas alterações".
CURSO . SALVADOR: ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA INTERNACIONAL
GABRIEL KOGAN - SETEMBRO
Quatro encontros analisarão criticamente a arquitetura contemporânea internacional por meio das obras de Rem Koolhaas, SANAA, Toyo Ito, Souto de Moura, Álvaro Siza e Peter Zumthor. Outros arquitetos – como Sou Fujimoto e Aires Mateus – complementarão discussões.
O curso permitirá o aprofundamento sobre conceitos fundamentais dos arquitetos destacados, compreendendo interações entre teoria e prática a partir do estudo de projetos e textos. Entre os assuntos explorados, destaca-se a relação entre arquitetura contemporânea e cidade histórica, além das origens modernas da produção no pós-guerra.
Aulas expositivas e discussões buscarão formular uma crítica sobre a
Fotografia: Pedro Kok - Rolex Learning Center / SANAA
Quatro encontros analisarão criticamente a arquitetura contemporânea internacional por meio das obras de Rem Koolhaas, SANAA, Toyo Ito, Souto de Moura, Álvaro Siza e Peter Zumthor. Outros arquitetos – como Lacaton & Vassale Sou Fujimoto – complementarão e ilustrarão as discussões.
O curso permitirá o aprofundamento sobre conceitos fundamentais dos arquitetos destacados, compreendendo interações entre teoria e prática a partir do estudo de projetos e textos. Entre os assuntos explorados, destaca-se a relação entre arquitetura contemporânea e cidade histórica, além das origens modernas da produção no pós-guerra.
O Los Angeles County Museum of Art (LACMA) anunciou duas doações que totalizam US$75 milhões, trazendo a remodelação de seu campus, projetada por Peter Zumthor, para mais perto da realidade, publicou o Los Angeles Times. Elaine Wynn, uma das maiores colecionadoras de arte do mundo, contribuiu com a quantia de US$ 50 milhões, e o ex-presidente da Univision, A. Jerrold Perenchio, se comprometeu com US$ 25 milhões. Estas doações, somadas ao valor já arrecadado, totalizam US$ 275 milhões, menos da metade dos US$ 600 milhões necessários para o projeto.
Peter Zumthor, Jean Nouvel, Norman Foster, Diébédo Francis Kéré e outros três grandes nomes da arquitetura se reúnem neste vídeo do Louisiana Channel para compartilhar seus pensamentos sobre como projetar para diferentes culturas. Para a maior parte deles, compreender o contexto, colaborar com os locais e usar a arquitetura para abordar questões sociais mais amplas são os aspectos que fazem da arquitetura global um sucesso.
Cabral examina o modelo da Capela do Chá. Cortesia de Gloria Cabral e Peter Zumthor/Rolex Mentor and Protégé Arts Initiative
Em maio do ano passado, a iniciativa Rolex Mentors & Protégés anunciou uma surpreendente parceria: a arquiteta paraguaia Gloria Cabral foi selecionada para passar um ano trabalhando ao lado do famoso arquiteto suíço Peter Zumthor. As diferenças entre ambos - do idioma que falam ao tempo de suas carreiras - eram óbvias desde o início. Mas, como explorado neste artigo de Paul Clemence, originalmente publicado na Metropolis Magazine como "Intuitive Connection" , ao longo do último ano os dois arquitetos vêm descobrindo que as coisas que têm em comum são muito mais profundas.
Esta é uma dupla improvável. Ele é um arquiteto bem estabelecido com uma longa carreira que trabalha em uma pequena cidade localizada no meio das montanhas do cantão Graubünden na Suíça; ela está no início de uma promissora carreira em Assunção, capital e maior cidade do Paraguai. Eles não compartilham nem um idioma em comum, no entanto, se conectam através de algo mais forte que a palavra falada: um senso intuitivo de espaço - e sua ética de trabalho.