Desde o furacão Sandy duas coisas passaram a ser “urgentes” para o prefeito Michael Bloomberg. A primeira é o fato de Nova Iorque estar afundando progressivamente a cada ano, e a segunda é que futuros desastres naturais podem colocar a cidade e seus habitantes mais uma vez em risco. Por estes motivos, Bloomberg lançou há poucos dias o plano “Uma Nova Iorque mais forte e resistente”, que inclui nada menos que 250 medidas com um orçamento de 19,5 bilhões de dólares. Entre elas destaca-se um novo Código de Edificações para residências e escritórios, um complexo urbano chamado Seaport City e um sistema de diques e dunas.
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Como Fazer Cidades: Grande Birmingham
A imagem acima indica as palavras mais mencionadas no Plano Big City Birmingham e evidencia o foco dos esforços no centro da cidade e a planificação dos bairros. Birmingham entra na categoria “Como Fazer Cidades” por gerar uma nova leitura em torno de seu centro histórico, direcionando suas tendências de desenvolvimento a um cenário de projeção regional. Afirma-se que o centro de Birmingham deve ser intenso e movimentado, expandindo seus limites para além do anel de concreto que durante décadas manteve o tecido da cidade segregado e inacessível àqueles que não possuíam carro. Um centro que faça jus à Grande Birmingham deve incrementar seu movimento mediante uma maior conectividade com o restante da cidade, enquanto se diversifica, multiplica sua oferta de habitação e classifica distintos bairros especializados para potencializar um ambiente urbano único e diferenciado que seja o motor de seu crescimento econômico local.
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Novo urbanismo de transformação e reciclagem: Projeto Madrid Centro
O Projeto Estratégico para o Centro de Madrid realizado pela iniciativa da Prefeitura da Capital constituiu a oportunidade de ensaiar um novo enfoque urbanístico capaz de afrontar os desafios derivados da globalização, mudanças climáticas e transformações. A estrutura do Projeto Madrid Centro é organizada como sintaxe inovadora de conceitos e políticas urbanísticas capazes de reinventar/reinterpretar a cidade conforme princípios de responsabilidade social, cultural e ambiental.
Madrid evoluiu desde macrocefalia centralizadora à perda de peso relativo a respeito do entorno metropolitano. Na última década, a cidade seguiu o caminho do modelo urbano anglo-saxão: crescente tendência à suburbanização metropolitana, primeiro das famílias e em segundo momento das instituições e atividades econômicas. Este processo é particularmente preocupante quando se refere às atividades mais inovadoras. O alojamento no centro manifesta uma heterogeneidade marcada. Convivem processos de modernização e de entrincheiramento de grandes bolsões de deterioração estrutural. Em síntese, pode-se afirmar que a “bolha” imobiliária experimentada durante a última década se manifestou no Centro numa polarização dos processos de “gentrificação” (atração de rendas altas suburbanas a arredores de qualidade reabilitada) e de “guetização” (consolidação de grandes bolsões de deterioração residencial vinculadas à imigração, particularmente aquela de caráter irregular).
Em relação com o espaço público e paisagem é detectado um processo de banalização e perda de identidade associado à degradação do meio ambiente urbano gerado pela preeminência do automóvel.