Não é fácil criar um Plano Diretorpara uma cidade com 12 milhões de habitantes, cerca de 10 milhões de imóveis, circulação diária de cinco milhões de veículos e uma economia municipal que corresponde a 12% da nacional, sendo a 10ª. maior metrópole do planeta e coração financeiro da América Latina. As aspirações de crescimento se não são proporcionais ao seu tamanho, são maiores. "Assim como não é um desafio pequeno combinar tantos interesses e mitigar a desigualdade pelo planejamento urbano", explica Nabil Bonduki, vereador e relator do novo Plano Diretor Estratégico de São Paulo (Lei nº 16.050/14), sancionado no final de julho deste ano pelo prefeito Fernando Haddad.
Projeto do escritório Snøhetta, realizado durante a gestão de Janette Sadik-Khan, que faz da Times Square uma rua permanentemente de pedestres. Cortesia de Snøhetta
A ex-secretária de transportes de Nova Iorque Janette Sadik-Khan participará de um debate, na próxima segunda-feira, 22 de setembro, na sede do IAB-RJ, para discutir as experiências bem sucedidas em mobilidade e planejamento urbano em solo americano, e inspirar cidades brasileiras a enfrentarem seus desafios.
Promovido pelo Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP Brasil), com apoio do IAB-RJ e do Movimento Rio Como Vamos, o evento é gratuito e aberto ao público, mediante inscrição prévia através do e-mail inscricoes@iabrj.org.br.
O urbanismo luz é uma disciplina recente que iniciei na França no final dos anos 80. A ideia era se diferenciar de uma visão parcial da cidade noturna centrada na iluminação do patrimônio construído e propor estudos integrais, chamados “Schémas Directeurs d’aménagement Lumière” SDAL, (Plano Geral de Iluminação), que poderiam tratar em conjunto a iluminação das vias, as paisagens noturnas, os ambientes luminosos para os pedestres e a iluminação da arquitetura e monumentos.
Um dos grandes desafios do planejamento urbano é o fato de que aqueles que se encarregam dessa tarefa estão, geralmente, longe dos reais problemas que afetam as pessoas para as quais as mudanças são planejadas.
Por exemplo, se o encarregado de planejar a rede de ciclovias de uma cidade não se desloca de bicicleta, dificilmente entenderá quais são as soluções que um ciclista necessita. Ou se, como ocorre em Nova Iorque, o encarregado do planejamento tem um alto salário, vive em Manhattan e seus trajetos são curtos e feitos de metrô, com certeza seus problemas serão muito diferentes dos da maioria da população que realmente necessita de melhorias nos transportes.
https://www.archdaily.com.br/br/625252/para-quem-a-cidade-e-planejada-nova-iorque-tem-a-resposta-para-essa-perguntaEquipo Plataforma Arquitectura
Qual é a relevância do urbanismo na agenda pública? Como é concebido o “público” no planejamento urbano e ambiental do Estado? Que critérios e estratégias empregar para orientar o crescimento urbano frente a cenários de incerteza climática, econômica e social?
Buscar responder essas perguntas é o objetivo do primeiro simpósio da Associação Internacional de Planejamento Urbano e Ambiental da América Latina, que acontecerá na cidade de La Plata, Argentina, entre os dias 16 e 19 de setembro deste ano.
O encontro, intitulado “Conduzir as transformações urbanas. Um debate sobre as direções, orientações, estratégias e políticas que modelam a cidade futura”, busca se converter em uma plataforma para compartilhar e debater os problemas sócio-territoriais e ambientais que afetam os principais países do continente e avaliar os resultados obtidos a partir do processo de urbanização em diferentes contextos sociopolíticos e culturais.
Mais informações sobre como participar e o cronograma, a seguir.
Após ter sido aprovada pela Comissão de Política Urbana de São Paulo no dia 24 de abril, a proposta de substitutivo do Plano Diretor Estratégico foi aprovada nesta quarta-feira, 30 de abril, pela Câmara dos Vereadores de São Paulo com 46 votos favoráveis contra dois contrários.
Momentos antes da votação, mais de 3.000 manifestantes que reivindicavam a aprovação do plano como forma de se avançar na discussão sobre a política urbana da cidade. Em face dessas manobras regimentais, os ânimos se inflamaram e a polícia reagiu, mais uma vez, de forma abusiva sobre manifestações públicas, tentando conter manifestantes que protestavam pelo seu direito à cidade com bombas de gás e violência.
A proposta da gestão Fernando Haddad (PT) será levada a segunda e definitiva votação, que deve ocorrer até o final do mês de maio.
Leia a seguir o manifesto do Movimento pelo Direito à Cidade no Plano Diretor:
O Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) promovem, entre os dias 27 de fevereiro e 1º de março, o primeiro seminário do ciclo Q+50, que será realizado na sede do IAB no Rio de Janeiro e tem como tema “Arquitetura, Cidade, Metrópole – Democratizar Cidades Sustentáveis”. O Q+50 visa a contribuir para o reforço da agenda política das cidades e das metrópoles brasileiras e também comemora os 50 anos do histórico Seminário Nacional de Habitação e Reforma Urbana, realizado no Hotel Quitandinha.
Hoje, 20 de Fevereiro às 19h30, no IAB-RS, a arquiteta Cláudia Titton apresenta sua pesquisa de mestrado intitulada “Reestruturação Produtiva e Regeneração Urbana: O caso do IV Distrito de Porto Alegre", realizada na Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Imagem do empreendimento Porto Atlântico via Studio-X Rio
O Porto Maravilha é um dos maiores e mais impressionantes planos de requalificação e revitalização urbana do mundo. A transformação da antiga área portuária do Rio em um novo distrito de negócios irá afetar drasticamente a cidade, alterando o mapa de sua região central.
O Studio-X Rio traz pesquisadores, líderes sociais e educadores para debater sobre os desafios dos processos urbanos participativos, tendo como referência os casos de Rocinha e Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro.
A premissa da AA São Paulo Visiting School de 2013 é redefinir o desenho de arquitetura e urbanismo através da criação de uma fusão simbiótica entre paisagem, infra-estrutura e design. Ateliers, palestras e seminários desafiarão o planejamento paulista da década de 60, que destruiu o sistema de águas da cidade a fim de construir uma rede de avenidas em uma macro-escala e privilegiou a separação de usos, o que causou alagamentos, poluição e decadência. Em contraponto, a Visiting School promove uma relação intricada de eco-sistemas naturais dentro de uma nova interface intra-modal conectando transporte e infra-estruturas urbanas. Isso será proposto através do uso de ferramentas de design computacional avançadas, incorporando estratégias paramétricas e mídias interativas, a fim de criar sistemas de paisagem urbana altamente responsivos.
A gestão das cidades será o tema da edição São Paulo do Seminário de Política Urbana Q+50, que será realizado naBiblioteca Municipal Mário de Andrade, na próxima segunda-feira, 27 de maio. Promovido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), o seminário, que terá transmissão ao vivo, via internet, no site do IAB, debaterá os sistemas de planejamento, os planos diretores estratégicos, o desenho urbano e a governança metropolitana.
Para o presidente do IAB, Sérgio Magalhães, o Q+50 SP vai ampliar a reflexão dos arquitetos brasileiros sobre a gestão das cidades, tema importante para o desenvolvimento das cidades e metrópoles, mas pouco debatido entre os profissionais.
A Batalha de Ideias é uma série anual de debates sediada em Barbican, Londres, que abrange assuntos que vão desde neurociência a música, e tudo aquilo que estiver entre. Com um forte viés em arquitetura e urbanismo, este ano a série ofereceu uma ótima chance de sondar as tendências populares e os modismos no mundo do design atual.
Da janela de um avião fica muito claro que o apartheid foi severamente escrito na paisagem Sul Áfricana. Até as menores cidades aparecem como duas cidades diferentes. Uma conta com uma ampla rede de ruas arborizadas e casas confortáveis rodeadas de gramados. A outra, é sua gêmea renegada, a alguma distancia mas conectadas através de uma rodovia muito transitada, consiste em um conjunto de quadrículas muito mais restritas de caminhos de terra rodeados de cabanas. Árvores são uma raridade, gramados não existem. Este padrão duplo aparece não importando o tamanho da população: aqui a cidade branca; ali, o bairro negro. -- Lisa Findley, “Red & Gold: A Tale of Two Apartheid Museums.”
Poucos sistemas de governo confiaram tanto nas delimitações de espaço do que o governo do Apartheid na África do Sul )1948-1994). Manejando agressivamente as teorias do Modernismo e da superioridade racial, os planejadores urbanos Sul africanos não apenas reforçaram o Apartheid, como incrustaram-no em todas as cidades - tornando a vida cotidiana em uma experiencia degradante para todos os cidadãos marginalizados na África do Sul.
Quando Nelson Mandela e seu partido, o Congresso Nacional Africano, foram democraticamnete eleitos para tomar o poder em 1994, reconheceram como uma das medidas mais importantes para a dimunuição do legado do Apartheid a espacial: integrar as cidades brancas e os bairros negros e reatar aqueles "gemeos renegados".
Ao lembrarmo-nos de Mandela - sem dúvida o homem mais importante da história Sul Africana - e ponderamos seu legado, devemos também consideram deu legal territorial. Pois nas dimensões físicas, territoriais das cidades da África do Sul que podemos realmente ver a resistencia ao Apartheid, e considerar: até onde as palavras de reconciliação e integração justa de Mandela foram levadas a cabo?
A Escola da Cidade – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo promove na terça-feira, dia 04 de junho, às 18 horas, palestra com o arquiteto urbanista Jaime Lerner.
O arquiteto é convidado do curso de pós-graduação lato sensu, Habitação e Cidade, e na ocasião falará sobre a “Interface da Técnica e da Política no Planejamento das Cidades”. A especialização tem como objetivo dar continuidade à formação dos profissionais e acadêmicos que desenvolvem projetos e enfrentam a questão da Habitação de Interesse Social nos territórios urbanos.