Até os meus 17 anos, mudei-me 11 vezes. Devido à minha própria experiência de mudança de um lugar para outro, dediquei a maior parte das últimas décadas a assegurar que todos tenham um lugar para chamar de lar e desfrutar do direito humano à habitação. No entanto, foi apenas durante o meu tempo na Enterprise Community Partners, uma organização sem fins lucrativos focada no desenvolvimento comunitário e habitação acessível, que percebi a importância dos métodos e materiais que usamos para garantir esse direito humano.
O Museu de Arte Moderna de Nova York anunciou a abertura de uma exposição focada nos primeiros projetos construídos e não construídos que abordam preocupações ecológicas e ambientais. Apresentando obras de arquitetos que atuaram principalmente nos Estados Unidos nas décadas de 1930 a 1990, a exposição intitulada Emerging Ecologies: Architecture and the Rise of Environmentalism está em exibição de 17 de setembro de 2023 a 20 de janeiro de 2024. As mais de 150 obras em destaque revelam o surgimento do movimento ambiental por meio da prática e do pensamento arquitetônico.
Londres é uma das grandes metrópoles do mundo e enfrenta um problema comum aos centros urbanos: a poluição do ar causada por veículos movidos à combustíveis fósseis. Para combater este programa, a cidade criou, em 2008, Zonas de Baixa Emissão e passou a multar veículos de grande porte que circulavam com emissões de poluentes acima dos limites estabelecidos.
O laboratório de pesquisa e design da IKEA, SPACE10, publicou o relatório The Healthy Home, a segunda edição da série Future Home. O relatório explora três temas principais relacionados aos ambientes domésticos: como nossas casas nos protegem de danos, restauram nossos corpos e mentes, e nos permitem evoluir ao longo das etapas da vida. A pesquisa tem como objetivo avaliar as formas pelas quais as casas podem contribuir positivamente e apoiar os ritmos e fluxos de vida das pessoas.
A 7ª edição da Trienal de Lisboa arranca em Veneza com um debate em torno da pergunta ‘How Heavy is a City?’ para uma reflexão aberta e participada que reúne especialistas de diversos campos disciplinares – da arte à arquitectura, ciência, tecnologia e humanidades.
O kick-off da Trienal 2025 conta com o contributo de Andreia Garcia, Lela Rekhviashvili, Mónica Bello, Raoul Bunschoten e Shaul Bassi.
Este momento público acontece no Pavilhão da Georgia na Bienal de Arquitectura de Veneza no âmbito do programa europeu New Temporality, e é o primeiro de várias sessões preparatórias que vão alimentar a discussão, instigar conexões e
Os arquitetos Amit e Britta Knobel Gupta se mudaram de Londres, na Inglaterra, para Nova Delhi, na Índia, e se depararam com um problema grave: uma poluição atmosférica que nunca haviam visto. Para ajudar a tornar o ar mais respirável e a cidade mais habitável, o casal desenvolveu uma torre capaz de purificar o ar usando como ferramenta o design. “Nosso principal negócio é arquitetura, não queríamos entrar na purificação do ar”, disse Amit. “Mas a poluição aqui simplesmente era inaceitável. É muito ruim.”
E eles tem razão. Um estudo publicado pela revista médica The Lancenet revelou que, apenas em 2019, a poluição do ar tenha causado quase 1,6 milhão de mortes na Índia. Nova Delhi é regularmente envolta em poluição, com emissões de veículos, queima de plantações e usinas movidas a carvão, todos contribuindo para o declínio da qualidade de vida da cidade. Foi neste cenário que os recém chegados decidiram atuar.
Uma barreira experimental para a coleta de lixo flutuante na Prainha da Ilha do Fundão, localizada na área costeira da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, foi instalada no início de junho, pelo Projeto Orla Sem Lixo. A iniciativa tem por objetivo encontrar uma alternativa sustentável para a questão do resíduo flutuante em áreas costeiras e oceânicas adjacentes, em uma dinâmica de troca de conhecimento entre a comunidade local pesqueira e pesquisadores.
O parlamento da Indonésia aprovou um projeto de lei para transferir a capital, Jacarta para uma cidade completamente nova a ser construída na ilha de Bornéu, a 1.300 quilômetros da capital atual. A decisão, anunciada pela primeira vez em 2019, surge como uma reação aos inúmeros desafios enfrentados por Jacarta, incluindo poluição, congestionamento de tráfego e, talvez o mais ameaçador, o aumento do nível do mar. Como consequência da extração excessiva de água subterrânea, urbanização rápida e aumento do nível do mar, 40% da cidade está atualmente abaixo do nível da água. O presidente Joko Widodo propôs uma alternativa: realocar o centro administrativo do país para uma nova metrópole, chamada de Nunsantara, que significa "arquipélago" em javanês antigo.
O Senado e a Assembleia da cidade de Nova York aprovaram a lei SIGH, proibindo a construção de novas escolas perto de rodovias. A lei, chamada The Schools Impact by Gross Highways Act (SIGH), visa proteger as crianças em idade escolar da poluição do ar. De acordo com esta lei, o comissário de educação da cidade não poderá aprovar os planos para a construção de qualquer nova escola a menos de 150 metros de uma rodovia de acesso controlado, a menos que o comissário determine que as limitações de espaço são tão severas que não haja outro local para uma nova escola.
É fato conhecido que a indústria da construção civil está entre os maiores produtores de CO2. Embora muito progresso tenha sido feito em tecnologia e em processos de projeto e construção, ainda há um longo caminho a percorrer para minimizar ou quase zerar as emissões de carbono no desenvolvimento de ambientes construídos.
Muitas vezes não consegui decifrar se uma construção cheia de árvores se encaixa bem na categoria de arquitetura sustentável. Da mesma forma, já tive que argumentar com amigos ou familiares, ou seja, pessoas que não estão familiarizadas com a ideia de infraestrutura verde, que essas edificações podem estar muito longe de serem realmente sustentáveis.
Atualmente, o marketing feito em cima da ideia de arquitetura sustentável está, em grande medida, ligado ao greenwashing. Não há mais uma lacuna clara entre o que pode ou não contribuir para a criação de ambientes mais saudáveis. Quando trazemos essa inquietação para a tipologia residencial, isto é, o tipo de arquitetura mais produzido no planeta, a questão se torna realmente preocupante. Então nos perguntamos: o que torna uma casa "verde"?
Durante o primeiro lockdown, o mundo inteiro parece ter parado ou ao menos, diminuindo de ritmo. Alguns ambientalistas foram rápidos em afirmar o lado positivo daquela situação: nunca antes havíamos presenciado uma queda tão significativa nas emissões de dióxido de carbono na atmosfera do nosso planeta. Entretanto, essa circunstância durou pouco—ou quase nada. Considerando a atual conjuntura no que se refere ao agravamento das consequências do aquecimento global, o que este ano atípico pode ter significado quanto aos esforços para combater a crise climática?
De Wuhan a Nova Iorque, o epicentro do coronavírus está se deslocando para o ocidente e deixando um número impressionante de vítimas fatais. Lemos sobre relatórios alarmantes, notícias contraditórias e lembramos todos os dias que vivemos em tempos sem precedentes e difíceis. Uma boa notícia, no entanto: as emissões nas cidades estão diminuindo e a natureza segue seu curso regenerativo. Mas quanto tempo isso vai durar?
A partir de amanhã, 8 de abril, a Prefeitura de Londres, na Inglaterra, passará a implementar regras rígidas de emissão de poluentes e materiais particulados na região central da cidade. O objetivo é reduzir os níveis de contaminação do ar. De acordo com o prefeito londrino Sadiq Khan, essa medida pode ajudar a reduzir a incidência de doenças pulmonares e mortes prematuras relacionada à efeitos da poluição atmosférica – segundo estimativas oficiais, cerca de nove mil pessoas morrem anualmente vítimas de doenças associadas à poluição na cidade.
A concepção do sustentável na arquitetura é fundamentada a partir do ambiente. Os múltiplos focos que são abordados em projetos a partir do conceito de sustentabilidade permitiram configurar uma diversidade de espaços habitáveis com melhores rendimentos quando comparados com outros tipos de aproximações projetuais.
Os benefícios da incorporação de vegetação - tanto em fachadas como em coberturas - e os estudos em relação ao desenho de conforto térmico e os sistemas construtivos - respeito ao material e sua manufatura - outorgam uma série de questões que permitem considerar o desenho sustentável como um fator determinante na busca de edificações que melhoram as condições de vida e respeitam seu entorno natural.
Veja uma seleção de 30 esquemas e detalhes construtivos de projetos que se destacam por sua abordagem sustentável.
Com o aumento do nível do mar e o consumo incessante de plástico, os oceanos têm sofrido uma rápida deterioração. Em vez de descartar ou queimar os resíduos plásticos, os arquitetos Erik Goksøyr e Emily-Claire Goksøyr questionaram se existe algum potencial arquitetônico neste material negligenciado. Ao conduzir um extenso estudo do material, a dupla projetou três protótipos para postular essa teoria.
Embora começando como uma humilde tese, este projeto está sendo atualizado sob a organização Out of Ocean. Das margens das Ilhas Koster, na Suécia, amostras de plástico foram coletadas e estudadas para o desenvolvimento de vários materiais que variam em nuances como cor, textura, luz e translucidez.
O prefeito de Londres, Sadiq Khan, lançou esse mês o esboço do novo plano para a cidade que, segundo ele, marca uma ruptura com os planos anteriores. E ele não está exagerando, já que entre as novas metas a serem perseguidas até 2029 estão a quase completa proibição de estacionamentos para carros e a construção de 650 mil novas habitações. Enquanto o plano ainda está em sua versão inicial, os esforços da capital inglesa para conter a poluição do ar fazem avançar o processo de pedestrianização de uma de suas principais avenidas centrais, a Oxford Street, e até a apostar em biocombustível derivado do café para mover os ônibus pela terra da Rainha.
A torre de purificação de ar de 100 metros de altura construída na cidade de Xi'an na China - considerada o maior purificador de ar do mundo - melhorou consideravelmente a qualidade do ar da cidade, como sugerem os dados que estão sendo avaliados desde o início de sua operação.
Segundo pesquisadores do Institute of Earth Environment da Academia Chinesa de Ciências, a estrutura é capaz de filtrar até 10 milhões de metros cúbicos de ar por dia. Uma área de observação de 10 quilômetros quadrados está sendo monitorada. Os níveis de smog foram reduzidos à níveis moderados, até mesmo nos piores dias, uma considerável melhora em relação às péssimas condições as quais a cidade tem sido submetida ao longo dos últimos anos.