Espaços imersivos são ambientes altamente sensoriais destinados a criar experiências impactantes criadas por meio de uma arquitetura com curadoria de luzes, imagens, sons e às vezes até mesmo cheiros. "Imergir" é ser envolto em um mundo moldado por estímulos sensoriais imediatos. Usar ferramentas digitais para criar esses ambientes e exibir arte, exposições cativantes e apresentar eventos de performance tornou-se cada vez mais popular. Experiências evocativas como essas podem oferecer um alívio da inundação de conteúdo digital personalizado e promover encontros compartilhados e fundamentais. O projeto desses ambientes pode existir na interseção da arquitetura, do design gráfico, da arte visual, do design de iluminação, da música e da performance. Eles destacam o poder da colaboração interdisciplinar para criar momentos memoráveis. Então, qual é o papel da arquitetura na formação desses ambientes?
Projeto de iluminação: O mais recente de arquitetura e notícia
Transformação da iconografia na arquitetura eclesiástica: 20 exemplos de vitrais contemporâneos em igrejas
Independentemente da religião à qual nos identificamos, ou mesmo se renunciamos ou criticamos ativamente a religião organizada em todas as suas formas, um único aspecto do Cristianismo que afeta as pessoas em países predominantemente cristãos em algum momento de suas vidas é a estética clássica da arquitetura da igreja.
Seja frequentando a igreja várias vezes por semana, comparecendo uma ou duas vezes por ano, ou apenas uma vez a cada dez anos para um dos três eventos principais da vida: nascimentos, mortes e casamentos, sempre ficamos impressionados com os arcos elevados, os complexos trabalhos em pedra e, em dias ensolarados, a beleza espiritual e os arco-íris coloridos de luz que fluem através dos vitrais.
Mulheres artistas exploram a interseção entre luz, espaço, tecnologia e comunidade
A luz desempenha um papel essencial no mundo do design de interiores, mas também pode criar espaços públicos imersivos. Enquanto James Turrell, Olafur Eliasson e Dan Flavin são celebrados por sua maestria na transformação de cores, reflexos e contrastes luminosos, é importante notar que o campo da iluminação artística não é exclusivamente dominado por homens. Em resposta à falta de representação de artistas femininas na área da luz, uma perspectiva inovadora e esclarecedora surge dos designers de iluminação britânicos Sharon Stammers e Martin Lupton, do Light Collective.
Após a criação da plataforma "Women in Lighting", o livro delas intitulado Women Light Artists dá um passo audacioso ao nos apresentar 40 mulheres criativas cujo trabalho irradia engenhosidade e brilho. O livro oferece uma variedade de projetos fascinantes, que vão desde piscinas interativas até a dança das sombras coloridas da luz do dia sobre uma ponte em Londres, da projeção tranquila em um marco icônico de Berlim até o arco-íris vibrante que se curva sobre o horizonte de Manhattan. Cada obra incorpora um diálogo único entre luz e espaço. Essa jornada luminosa presta uma valiosa homenagem ao poder das mulheres artistas que, por muito tempo, ficaram nas sombras.
Além do brilho: a arte da iluminação em 20 espaços comerciais sul-coreanos
Um número crescente de estudos sugere que uma iluminação bem pensada afeta e impulsiona o comportamento do consumidor. Acrescente a isso a "instagramabilidade" e requisitos promocionais, e o papel da iluminação torna-se fundamental para alcançar um visual diferenciado e comercialmente atraente. Isso levou a implementação de painéis e luminárias com novas tecnologias que oferecem uma gama de cores e capacidade de dimerização, modificando o clima e a paleta de cores geral de um espaço. Os resultados são algumas configurações divertidas, às vezes quase caricaturais, que sugerem os melhores cenários e locais convidativos.
A iluminação como ferramenta de seguraça nos espaços públicos
A simples atividade de dar uma caminhada à noite pode facilmente se transformar de um passatempo relaxante em uma empreitada perigosa se retirarmos apenas um elemento da paisagem urbana: a iluminação pública. Embora nem sempre reconhecida como um aspecto fundamental dos ambientes urbanos, a iluminação artificial tem desempenhado um papel essencial nas cidades modernas. O controle do crime, o apelo da vida noturna, o surgimento da vitrine, movimentos revolucionários, utopias e ideais de equidade social são todos conceitos cujo desenvolvimento está estreitamente ligado à história da iluminação pública. Avanços tecnológicos ao longo dos últimos séculos vem moldando a aparência e o simbolismo dos postes de luz. Ainda assim, esse elemento permaneceu ao longo da história.
Circadia: "A luz na arquitetura deve nos acompanhar para promover um equilíbrio físico e emocional"
A história da luz experimentou várias mudanças ao longo dos séculos, sua relação intrínseca com a própria arquitetura desencadeou manifestações e críticas. Além de servir como ferramenta para iluminar o mundo habitado, ela influencia diretamente a percepção do mesmo e a produção de objetos construídos. Cada tipo de projeto de iluminação se relaciona diretamente com um entendimento particular de qualidade, classe, interpretação, intenção e significado.
Entre a luz e a sombra: explorando a iluminação para criar atmosferas na arquitetura
A luz é parte constitutiva de diversas disciplinas, dá forma para o mundo como se conhece. Na física, serve como medida de velocidade, explica a visão, o registro de imagens pelo olho, pela lente da câmera. Ao longo da história da arte, a representação da luz – ou ausência dela – pautou movimentos seculares em manifestações diversas com técnicas e suportes igualmente diferentes. O que significa dizer que a luz – e sua derivada, a sombra – são capazes de criar ambientes, atmosferas e sensações diversas, e que podem ser percebidas sobre os objetos e espaços. Dessa forma, a luz é constitutiva também da arquitetura.
Transformando a arquitetura tradicional com iluminação ambiente
A atmosfera que se sente ao entrar em edifícios centenários é evidente. Embora a degradação e até a destruição intencional de estruturas e espaços antigos seja lamentável e vergonhosa, muitas vezes é parte inevitável de um planejamento urbano saudável, tocando importantes leis e regulamentações de saúde e segurança.
Sempre que esses ambientes históricos, porém antiquados, são atualizados e adaptados para a vida moderna de forma imprudente, os resultados são grotescas versões Frankenstein de si mesmos. Quando a transformação é tratada com cuidado e respeito, no entanto, a grandeza e a escala contemplativa dos espaços permanecem.
Salone del Mobile de Milão apresenta o tema de 2023
A 61ª edição do Salone del Mobile transformou seu layout geral e programa, incluindo Euroluce, a icônica Exposição Internacional de Iluminação em Milão. Com curadoria do arquiteto Beppe Finessi, em colaboração com a Formafantasma e o estúdio Lombardini22, a nova versão do Salone del Mobile melhorará a acessibilidade, a feira e a experiência do usuário. Acontecendo de 18 a 23 de abril de 2023 na Rho Fiera Milano, o Salone 2023 se concentrará em escolas e universidades sob o tema "Escola de Design".
Como a iluminação evoca emoções e cria atmosferas: a obra de Moriyuki Ochiai Architects
Le Corbusier disse uma vez que “a luz cria ambiência e senso de lugar, bem como a expressão de uma estrutura”. Apesar de outras tecnicalidades externas e escolhas projetuais feitas dentro dos espaços públicos, como a forma na qual o espaço é construído e o uso de cores e da materialidade, esses elementos seriam essencialmente inutilizados sem o uso adequado da iluminação.
Muitas escolhas e decisões de projeto de arquitetos atendem à iluminação geral de um determinado ambiente e à sensação e ao humor que os arquitetos pretendem que os indivíduos do público experimentem enquanto ocupam o espaço. A iluminação, portanto, deve ser integrada ao mobiliário e à arquitetura, pois a iluminação desempenha um papel decisivo na criação da atmosfera certa.A iluminação mais baixa cria uma atmosfera íntima e sofisticada, especialmente em restaurantes, bares e lounges, onde os indivíduos são mais propensos a se aproximarem.
Como reduzir a poluição luminosa com luminárias urbanas adequadas?
Um estudo recente sugere que nossa galáxia, a Via Láctea, não pode ser vista por um terço da humanidade. Por quê? Milhões de lâmpadas urbanas permanecem ligadas em nossas cidades todas as noites, mas apenas parte de sua luz é usada para realmente iluminar ruas ou calçadas – o resto é perdido e emitido acima do horizonte, iluminando o céu noturno e contribuindo para o que é conhecido como poluição luminosa. Como o brilho artificial das cidades aumenta a cada ano, as consequências desse fenômeno urbano vão além de apenas nos impedir de ver estrelas. Outros efeitos nocivos incluem: um ofuscamento perigoso que pode reduzir a segurança, consumo excessivo de energia, desperdício de dinheiro e recursos, interrupção dos ciclos diurnos e noturnos naturais dos ecossistemas, supressão da produção de melatonina e várias repercussões negativas na saúde pública. Nesse sentido, escolher as luminárias certas (com um design bem pensado) é fundamental para reduzir a poluição luminosa.
A luz como elemento projetual: maneiras criativas de usar a iluminação artificial
A luz serve a um propósito essencial na arquitetura: nos ajudar a ver. Seja através de métodos naturais ou artificiais, os ambientes devem ser iluminados adequadamente para que os ocupantes possam habitá-los com segurança e cumprir suas funções diárias. Quando o sistema certo é selecionado, a iluminação também pode contribuir para a eficiência energética e sustentabilidade no edifício como um todo. No entanto, para além do seu evidente valor funcional e ambiental, o projeto de iluminação pode ter um grande impacto no conforto visual e na atmosfera dos interiores, chamando a atenção para as texturas, realçando as cores e definindo os volumes. Portanto, das muitas peças envolvidas no design de interiores, a iluminação é certamente aquela que pode melhorar ou destruir um espaço e até afetar o bem-estar dos usuários, razão pela qual deve ser considerada um elemento crucial do design por si só.
A luz como elemento projetual: maneiras inspiradoras de gerenciar a iluminação natural
Para a maioria das pessoas, a vida moderna exige passar a maior parte do dia em espaços interiores - na verdade, de acordo com um relatório da Environmental Protection Agency, a pessoa média passa cerca de 90% de sua vida em ambientes fechados. Como resultado, isso implica perder benefícios para a saúde associados à exposição à luz solar, como absorção de vitamina D, regulação dos ritmos circadianos, níveis mais altos de energia e até melhora do humor. Uma opção é aumentar a quantidade de tempo que passamos ao ar livre. Mas como a maioria das funções diárias são realizadas no interior dos edifícios, é crucial incorporar e priorizar a iluminação natural nos interiores.
Como escolher o tipo certo de luminária pendente: exemplos e inspirações
Com paredes e tetos distantes, muitas vezes a maneira mais prática de controlar uma fonte de luz é colocá-la na posição exata onde se faz necessária, com uma luminária pendente.
Mesmo a iluminação suspensa pode ser tão simples ou tão complexa quanto os parâmetros do projeto exigem. Das esculturas mais intrincadas de vidro ou peças mecânicas a uma única lâmpada em um cabo, aqui estão sete tipos de luminárias pendentes e os propósitos para os quais são mais adequadas:
O que é Iluminação Saudável?
Talieh Ghane pesquisa a interação entre luz e saúde no California Lighting Technology Center. Conversamos sobre o sistema biológico versus o sistema visual da luz, como sincronizar nosso relógio circadiano para melhorar a saúde, como a luz é tipo uma droga e por que você não deveria usar o seu celular antes de dormir.
Aprendendo com os mestres seis formas de projetar com a luz natural
A luz é uma importante, embora complexa, ferramenta na arquitetura. Não apenas proporciona atmosfera, textura e vitalidade, mas é cada vez mais essencial em uma época onde a tecnologia nos afasta da natureza. Neste trecho do novo livro de Mary Guzowski, The Art of Architectural Daylighting, a autora introduz a ciência e a arte da iluminação natural - e detalha seis maneiras pelas quais os mestres abordam o desafio.