1. ArchDaily
  2. Reuso

Reuso: O mais recente de arquitetura e notícia

Como os serviços de assinatura se relacionam com a arquitetura?

As assinaturas estão rapidamente se tornando parte integrante da vida cotidiana. Por exemplo, as plataformas de streaming substituíram completamente a necessidade de possuir aparelhos de DVD, enquanto que os serviços de veículo por aplicativo suprem parcialmente a necessidade de possuir um carro particular. As assinaturas têm sido amplamente entendidas como serviços digitais, mas uma nova tendência sugere que o mesmo conceito pode ser transferido para objetos físicos em um futuro próximo. Em vez de ter uma geladeira, uma máquina de lavar ou mesmo lâmpadas, pode-se adquirir uma assinatura para garantir a durabilidade dos produtos, roupas limpas e uma casa bem iluminada.

O conceito é conhecido como “economia baseada em assinaturas”, uma variante da noção de “economia circular”. Ele postula que, em vez de possuir alguns dos objetos utilizados diariamente, é possível subscrever um serviço para ter acesso às mesmas vantagens, mas sem a necessidade de possuir, manter ou alienar o objeto em questão. Os consumidores não compram mais produtos; eles compram acesso a serviços. Às vezes, isso significaria simplesmente alugar o objeto em vez de comprá-lo, mas o modelo vai um passo além. Ele traz uma mudança de responsabilidade e mentalidade. Isso porque os consumidores já não são os proprietários dos objetos, a responsabilidade de reutilizar e reciclar recai sobre os produtores, que passam a ser responsáveis por todo o ciclo de vida dos objetos que criam.

Como os serviços de assinatura se relacionam com a arquitetura? - Image 1 of 4Como os serviços de assinatura se relacionam com a arquitetura? - Image 2 of 4Como os serviços de assinatura se relacionam com a arquitetura? - Image 3 of 4Como os serviços de assinatura se relacionam com a arquitetura? - Image 4 of 4Como os serviços de assinatura se relacionam com a arquitetura? - Mais Imagens+ 5

Brasileira cria tijolo sustentável feito de resíduos de construção

A startup escocesa Kenoteq lançou o K-Briq – um tijolo de construção mais sustentável que não é queimado e é feito de 90% de resíduos de construção. Desenvolvido pela professora de engenharia Gabriela Medero na Universidade Heriot-Watt de Edimburgo, o K-Briq gera menos de um décimo das emissões de carbono em sua fabricação do que um tijolo comum.

Brasileira cria tijolo sustentável feito de resíduos de construção - Image 1 of 4Brasileira cria tijolo sustentável feito de resíduos de construção - Image 2 of 4Brasileira cria tijolo sustentável feito de resíduos de construção - Image 3 of 4Brasileira cria tijolo sustentável feito de resíduos de construção - Image 4 of 4Brasileira cria tijolo sustentável feito de resíduos de construção - Mais Imagens+ 1

Estádio 974 é desmontado após partidas da Copa do Mundo no Qatar

Autoridades do Qatar começaram a desmontar o Estádio 974 após sediar sete partidas durante a Copa do Mundo da FIFA, com seis jogos da fase de grupos e uma partida eliminatória das oitavas de final. Este foi o único estádio construído para a Copa do Mundo sem ar-condicionado, por isso, só recebia partidas noturnas. De acordo com a BBC, os trabalhadores da construção se mudaram para o local no dia 9 de dezembro para “tirar o estádio do modo de torneio”. A estrutura foi projetada para ser o primeiro estádio compatível com a FIFA que pode ser totalmente desmontado e reaproveitado após o término da competição. Embora o Qatar tenha chamado isso de “exemplo de sustentabilidade”, especialistas alertam que a sustentabilidade real depende de vários fatores, incluindo quando e onde o estádio será reutilizado.

Estádio 974 é desmontado após partidas da Copa do Mundo no Qatar - Image 1 of 4Estádio 974 é desmontado após partidas da Copa do Mundo no Qatar - Image 2 of 4Estádio 974 é desmontado após partidas da Copa do Mundo no Qatar - Image 3 of 4Estádio 974 é desmontado após partidas da Copa do Mundo no Qatar - Image 4 of 4Estádio 974 é desmontado após partidas da Copa do Mundo no Qatar - Mais Imagens+ 1

Jovens brasileiros recebem prêmio da Unicef por projeto de minicisternas

Jovens do coletivo Quebrada Agroecológica receberam o prêmio ImaGen Ventures durante a COP-27, o maior encontro do mundo sobre mudanças climáticas, realizado em Sharm El Sheikh, no Egito. O coletivo leva minicisternas de baixo custo para assentamentos e comunidades de baixa renda.

A inversão da ordem projetual através da reciclagem de materiais: uma entrevista com RUÍNA Arquitetura

A RUÍNA Arquitetura busca por uma maior consciência socioambiental, bem como a valorização dos materiais enquanto incentiva a reutilização como uma alternativa para a indústria da construção civil. Em sua prática, criam novas possibilidades para materiais recuperados, reduzem a quantidade de resíduos de demolição e, com eles, fornecem materiais de construção com um menor impacto ambiental. Em 2024, o escritório foi selecionado como parte das Melhores Novas Práticas de Arquitetura do ArchDaily por sua atenção ao contexto, visando minimizar o impacto no ambiente construído por meio do reuso eficaz de materiais e resíduos de construção. Sua participação na Trienal de Arquitetura de Sharjah de 2023 mostra como ideias locais podem alcançar reconhecimento global.

A inversão da ordem projetual através da reciclagem de materiais: uma entrevista com RUÍNA Arquitetura - Image 1 of 4A inversão da ordem projetual através da reciclagem de materiais: uma entrevista com RUÍNA Arquitetura - Image 2 of 4A inversão da ordem projetual através da reciclagem de materiais: uma entrevista com RUÍNA Arquitetura - Image 3 of 4A inversão da ordem projetual através da reciclagem de materiais: uma entrevista com RUÍNA Arquitetura - Image 4 of 4A inversão da ordem projetual através da reciclagem de materiais: uma entrevista com RUÍNA Arquitetura - Mais Imagens+ 13

Pesquisadores australianos usam borracha de pneus velhos para produzir concreto

A borracha de pneus descartados pode substituir 100% dos agregados convencionais usados na fabricação de concreto. É o que descobriram os engenheiros da RMIT University, em Melbourne, na Austrália. O concreto fabricado com o material atende aos códigos de construção e prometendo ser um impulso para a economia circular.

O “concreto mais verde” usa a borracha de pneus que já não são mais usados no lugar de cascalho e brita. Segundo a equipe que desenvolveu o material, o novo concreto é mais leve e tem potencial para promete reduzir significativamente os custos de fabricação e transporte.

Reformas: por onde começar?

Com a escassez de espaços livres, a alta concentração de edifícios vazios em áreas já consolidadas nas cidades e uma conscientização sobre o impacto de novas construções no meio ambiente, cada dia mais as reformas fazem parte da rotina de trabalho do arquiteto e da escolha do cliente. Ao mesmo tempo, muitas vezes elas são sinônimo de surpresas e problemas inesperados durante a obra, causando atrasos e indisposições. Esse texto apresenta quatro estratégias anteriores à obra que podem ajudar a se preparar melhor para esse momento.

Reformas: por onde começar? - Image 1 of 4Reformas: por onde começar? - Image 2 of 4Reformas: por onde começar? - Image 3 of 4Reformas: por onde começar? - Image 4 of 4Reformas: por onde começar? - Mais Imagens

Economia circular no desenho urbano: sustentabilidade e envolvimento comunitário

Economia circular no desenho urbano: sustentabilidade e envolvimento comunitário - Imagem de Destaque
Schoonschip por Space&Matter. Imagem © Isabel Nabuurs

Embora a economia circular seja frequentemente discutida em relação ao objeto arquitetônico através das lentes da reciclagem de materiais, projetos para desmontagem e passaportes de materiais, a estrutura é mais plenamente implementada na escala do bairro e da cidade. Sejam visões de comunidades circulares que sugerem algum nível de autossuficiência ou políticas postas em movimento pelas cidades, projetos em escala urbana exemplificam os princípios orientadores da economia circular, fornecendo um vislumbre do que uma versão completa dela pode oferecer. A seguir, explore as estratégias usadas em ambientes urbanos circulares, desde a arquitetura e materiais de construção até a produção de energia, gestão de resíduos e produção de alimentos, bem como os processos e operações que regem esses projetos, fornecendo insights sobre as condições que informam a circularidade.

Economia circular no desenho urbano: sustentabilidade e envolvimento comunitário - Image 1 of 4Economia circular no desenho urbano: sustentabilidade e envolvimento comunitário - Image 2 of 4Economia circular no desenho urbano: sustentabilidade e envolvimento comunitário - Image 3 of 4Economia circular no desenho urbano: sustentabilidade e envolvimento comunitário - Image 4 of 4Economia circular no desenho urbano: sustentabilidade e envolvimento comunitário - Mais Imagens+ 1

5 Estratégias regenerativas para ativar áreas mortas de nossas cidades após a pandemia

Enquanto a cidade continua a evoluir e se transformar, cantos mortos na paisagem urbana começam a emergir, reduzindo, em consequência, os níveis de atividades no nosso ambiente construído. Essas "zonas mortas" se referem a áreas onde falta engajamento ativo, elas permanecem vazias e privadas de pessoas, já que não se mostram mais úteis ou atraentes. Enquanto a pandemia de Covid-19 se aproxima do fim, a primeira questão que podemos enfrentar após a pandemia é a retomada do nosso ambiente urbano. Um sopro de vida em uma paisagem urbana cansada e desatualizada...

O elemento focal na criação de um ambiente urbano ativo e saudável é o aumentar a vitalidade através da ocupação e criação de espaços. Criar lugares diversos e interessantes para morar, florescer, e trabalhar. Aqui estão cinco estratégias regenerativas que animam a paisagem urbana e produzem ambientes resilientes, atraentes e flexíveis.

5 Estratégias regenerativas para ativar áreas mortas de nossas cidades após a pandemia - Image 1 of 45 Estratégias regenerativas para ativar áreas mortas de nossas cidades após a pandemia - Image 2 of 45 Estratégias regenerativas para ativar áreas mortas de nossas cidades após a pandemia - Image 3 of 45 Estratégias regenerativas para ativar áreas mortas de nossas cidades após a pandemia - Image 4 of 45 Estratégias regenerativas para ativar áreas mortas de nossas cidades após a pandemia - Mais Imagens+ 13

Inauguração RUÍNA MATERIAIS + Lançamento do Catálogo de Reuso de Materiais 2022

O Catálogo da RUÍNA Materiais é uma iniciativa que objetiva repensar os materiais de construção e demolição a partir da lógica do REUSO. 
Por meio da seleção de materiais prontos para reinserção em projetos, obras ou diretamente no lar, trabalho, etc a RUÍNA busca incentivar a circularidade das cadeias produtivas, contribuindo para a redução da quantidade de resíduos de demolição e fornecendo materiais de qualidade com mínimo impacto ambiental. Buscamos parcerias com iniciativas que lidem com descarte/desmontagem/demolição de espaços e produtores com excedente de material sem destinação.

Pavilhão Reciclado 1300 / Hyunje Joo

Pavilhão Reciclado 1300 / Hyunje Joo - Fotografia de Exterior, Instalações TemporáriasPavilhão Reciclado 1300 / Hyunje Joo - Fotografia de Interiores, Instalações TemporáriasPavilhão Reciclado 1300 / Hyunje Joo - Desenhos, Instalações TemporáriasPavilhão Reciclado 1300 / Hyunje Joo - Fotografia de Exterior, Instalações TemporáriasPavilhão Reciclado 1300 / Hyunje Joo - Mais Imagens+ 9

  • Arquitetos: Hyunje Joo
  • Área Área deste projeto de arquitetura Área:  60
  • Ano Ano de conclusão deste projeto de arquitetura Ano:  2021

É preciso reformar (e não demolir) os assentamentos informais

Estima-se que mais de um bilhão de moradores urbanos vivam em assentamentos informais. Estes aumentaram em resposta ao rápido crescimento populacional e à falta de alternativas acessíveis e de melhor qualidade. Eles são “informais” porque não estão em conformidade com os regulamentos governamentais. A resposta oficial geralmente era intimidar ou, se não fossem muito visíveis, ignorá-los.

Um (novo) fim para o entulho na cidade de São Paulo

De que forma um resíduo pode se tornar recurso? Ou melhor, quando que um resíduo deixou de ser um recurso? Porque a arquitetura contemporânea ainda constrói como se nossos edifícios fossem grandes titãs que sobreviverão às diversas eras e às adversidades? Essas são todas questões que passam pela mente de um recém-formado em arquitetura. Um dos desafios atuais da produção arquitetônica em uma metrópole como São Paulo é compreender que, após a demolição, o edifício não desaparece. O que nossa Política Nacional de Resíduos Sólidos nos aponta?

Mesmo que latente, esta questão é ainda pouco debatida dentro da academia, espaço que deveria ser de proposições constantes de alternativas ao nosso estilo de vida. E mesmo que debatida, onde está seu retorno para a população? De que forma podemos difundir esses aprendizados? A educação ainda sim é a chave para a mudança de trilhos do nosso futuro.

Um (novo) fim para o entulho na cidade de São Paulo - Image 1 of 4Um (novo) fim para o entulho na cidade de São Paulo - Image 2 of 4Um (novo) fim para o entulho na cidade de São Paulo - Image 3 of 4Um (novo) fim para o entulho na cidade de São Paulo - Image 4 of 4Um (novo) fim para o entulho na cidade de São Paulo - Mais Imagens+ 9

RUÍNA lança catálogo de materiais de construção recuperados em demolições

Responsável por grande parte das emissões de carbono na atmosfera, a indústria da construção civil segue, a rigor, um percurso linear que se inicia da extração de recursos naturais, passa pela construção da edificação e termina em sua eventual demolição – ou, em alguns casos, adaptação a outros usos. Buscando tensionar esse sistema, transformando-o em um processo circular, a RUÍNA, escritório paulistano fundado pelas arquitetas Julia Peres e Victoria Braga, lançou um catálogo de materiais de construção recuperados em demolições.

Repensando os ciclos de produção e uso dos materiais na arquitetura

Já ouviu falar em agrowaste design ou “design com agroresíduos”? É assim a arquiteta filipina-ganesa Mae-Ling Lokko intitula o seu trabalho, uma pesquisa pioneira sobre o uso dos biomateriais na arquitetura. Junto com a crescente demanda por produção de alimentos e habitação no século XXI, há um fluxo de recursos materiais de crescimento igualmente rápido na forma de subprodutos de agrotóxicos. Isso tem o potencial não apenas de fechar as lacunas do ciclo de vida de produtos, mas também de impulsionar formas de cidadania generativa por meio do upcycling.

Ling procura repensar os ciclos e uso dos produtos na construção civil através da economia circular, ou seja, nada é desperdiçado, tudo pode ser reutilizado, mesmo depois de obsoleto.

Pavilhão do Japão na Bienal de Veneza aborda consumo de massa e reuso na arquitetura

Para a edição deste ano da Bienal de Arquitetura de Veneza, o Pavilhão do Japão nos convida a refletir sobre o movimento de bens e mercadorias, sobre o consumo de massa, a sustentabilidade e o reaproveitamento de materiais na arquitetura. Intitulado Co-propriedade de Ação: Trajetórias de Elementos e com curadoria de Kadowaki Kozo, o Pavilhão Japonês para a Biennale deste ano será construído a partir da estrutura de uma tradicional casa japonesa de madeira, a qual será desmontada, enviada para Veneza e então reconstruída e ressignificada através do uso de novos materiais e soluções construtivas. Desta forma, o Pavilhão do Japão procura demonstrar que materiais e estruturas existentes podem ter uma segunda vida, colocando em cheque a crescente demanda por novos insumos e matérias primas, abraçado a reutilização em detrimento do consumo.