Historicamente, o desenvolvimento das cidades se dá de forma lenta e gradual. Paisagens urbanas transformam-se constantemente à medida que enfrentam novas questões sociais, econômicas e políticas, a tal ponto que nos é difícil apontar apenas uma única razão pela qual o espaço urbano e construído se modifica ao longo do tempo. Mais recentemente, em razão dos muitos desafios que nossas cidades enfrentam, muitos arquitetos e arquitetas têm começado a se perguntar sobre como poderíamos construir um futuro melhor para nossas cidades e, principalmente, para as pessoas que nelas habitam. Neste longo e inexorável processo de evolução, muitas vezes a razão pela qual construimos nossas cidades de uma maneira e não outra tem a ver mais com uma linha de pensamento dominante do que com as condicionantes sociais, econômicas, políticas e também geográficas as quais arquitetos e urbanistas deveriam tentar responder.
Robert Moses: O mais recente de arquitetura e notícia
As batalhas urbanas que moldaram as cidades que conhecemos
"Never Built New York" explora o passado esquecido e o futuro que nunca chegou
Esse artigo foi publicado originalmente pela Revista Metropolis como "An Incredible Journey into the New York City that Never Was."
Imagine que as águas que cercam a Estátua da Liberdade foram aterradas. Que você poderia caminhar até a própria estátua, seguindo um caminho do Manhattan Battery Park. Acredite ou não, em 1911, isso poderia ter ocorrido.
Em Never Built New York, os autores Greg Goldin e Sam Lubell (prefácio de Daniel Libeskind) descrevem com ironia e, às vezes, nostalgia, os projetos arquitetônicos e de planejamento mais significativos do século passado, os quais teriam mudado drasticamente a cidade - mas que nunca foram implantados.
Risco: Lina Bo Bardi
Vinculada ao Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (IAU-USP) e ao seu Programa de Pós-Graduação, situados no campus de São Carlos, a Revista Risco, publicada desde 2002, dedica-se à ampliação do debate teórico, histórico e crítico em arquitetura e urbanismo. Na sua edição número 20, apresenta artigos que celebram a obra de Lina Bo Bardi - e que estão disponíveis para download.
Saiba mais, a seguir.
Documentário sobre Jane Jacobs será lançado ainda este ano
O documentário de Jane Jacos - um longa metragem que foca na vida e obra da celebrada autora e ativista urbana, tem lançamento previsto para a segunda metade deste ano. Coincidindo com seu centenário de nascimento, Robert Hammond, cofundador e diretor executivo do Friends of the High Line, e Matt Tyrnauer, produtor e diretor de Valentino: The Last Emperor, planejam levar o filme a festivais a partir do final do ano.
Uma cidade sem carros: A superação do domínio do automóvel em Nova Iorque
Originalmente publicado na Metropolis Magazine como “Playing in Traffic“, este artigo de Jack Hockenberry investiga a relação entre o homem e o veículo, ilustrando a dinâmica complexa criada em Nova Iorque - uma cidade com mais de 2,1 milhões de veículos registrados. Ao contrário dos esquemas que colocavam o carro como elemento central, do famoso ex-chefe de planejamento urbano de Nova Iorque, Robert Moses, Hockenberry argumenta que a cidade é o "espaço negativo", ao passo que os veículos são obscurecidos pelo nosso inconsciente.
É uma curiosidade da vida urbana moderna que, quanto mais carros se aglomeram em cidades, mais eles se tornam invisíveis. É uma característica padrão em qualquer cidade grande de hoje. Infelizmente, não podemos controlá-la a partir do assento do condutor - por mais que gostaríamos de acenar as mãos e assistir através de nossos pára-brisas os carros desaparecendo e libertando-nos da prisão do tráfego. A invisibilidade de que estou falando só ocorre se você é um pedestre ou ciclista. O número de veículos motorizados estacionados ou em movimento em qualquer hora nas ruas de Nova Iorque é surpreendente. De acordo com o Departamento de Veículos Motorizados do Estado, estima-se que 2,1 milhões estão registrados na cidade. Ainda assim, registrá-los nunca os farão totalmente visíveis quando estamos andando nas ruas. A cidade é o espaço negativo e é assim que nossos olhos percebem cada vez mais as paisagens urbanas. Tudo em torno dos carros e caminhões se entrelaçada pelo olho e, apesar de os veículos estarem presentes, gradualmente aprendemos a ignorá-los, menos quando estamos parados na linha direta do fluxo de trânsito.