A organização internacional sem fins lucrativos World Habitat, em parceria com a UN-Habitat, anunciou os Prêmios World Habitat 2024. Eles visam destacar projetos que demonstram abordagens inovadoras e transformadoras para as moradias, incorporando princípios de adaptação às mudanças climáticas e soluções orientadas para a comunidade. Neste ano, foram selecionados oito projetos, dos quais dois foram reconhecidos com o Prêmio Gold World Habitat.
Rural: O mais recente de arquitetura e notícia
Prêmio World Habitat 2024 reconhece iniciativas habitacionais que capacitam as comunidades
Tanzânia: o urbanismo agrário da África
No hipertecnológico século XXI, a América do Norte urbana é, em grande parte, uma economia de serviços. A cidade de Nova York, por exemplo, atualmente é dominada por uma combinação de serviços financeiros de alto nível, tecnologia e outras profissões especializadas, enquanto as profissões de baixa escolaridade se concentram no turismo, na entrega de alimentos e em outros empregos no setor de serviços. Empregos de chão de fábrica, onde existem, ocorrem por um legado de zoneamento exclusivamente industrial. Os usos da terra agrária, como a “agricultura urbana”, são quase inexistentes, um hobby esotérico dos gourmets.
Dia Mundial da Arquitetura 2023: promovendo comunidades resilientes
Toda primeira segunda-feira de outubro, celebramos o Dia Mundial da Arquitetura e o Dia Mundial do Habitat, datas que servem como um lembrete para a comunidade global de sua responsabilidade coletiva pelo bem-estar do ambiente construído. Esta edição, assim como nos anos anteriores, lança luz sobre o campo da arquitetura e os desafios enfrentados por nossas cidades, introduzindo novos temas, contemplando o estado de nossas áreas urbanas e propondo estratégias construtivas.
Uma vez que as economias urbanas enfrentaram dificuldades significativas este ano, o Dia Mundial do Habitat promovido pela ONU concentra-se em no tema Economias Urbanas Resilientes: cidades como impulsionadoras do crescimento e da recuperação. Lançando o Outubro Urbano, este evento busca reunir diversos atores para deliberar políticas que ajudem as cidades a se recuperarem após os impactos econômicos duplos causados pela pandemia de Covid-19 e conflitos em todo o mundo. Alinhado a esse conceito, o Dia Mundial da Arquitetura, criado pela UIA em 1985, foca em Arquitetura para Comunidades Resilientes, enfatizando o papel e o dever da arquitetura em promover a existência próspera entre comunidades, ao mesmo tempo em que inicia um diálogo global sobre a interconexão das regiões urbanas e rurais dentro de cada país.
Escritório brasileiro é finalista do 5º Prêmio Félix Candela com projeto de escola rural baseada em saberes indígenas
A Escuela Guaraní Mbya, desenvolvida pelo escritório brasileiro Studio Guimarães Rosa, foi selecionada como finalista na 5ª edição do Prêmio Félix Candela, um dos maiores concursos do México. A competição refletiu sobre o conceito do "homem do milho", ou seja, o homem que retorna ao campo. O escritório propôs uma escola rural que capacita esse indivíduo a voltar ao campo. A pergunta que norteou os arquitetos foi: como retornar sem destruir? Talvez possamos aprender com os povos originários, foi a resposta encontrada.
Arquitetura de pés descalços: 10 projetos de Yasmeen Lari, vencedora da RIBA Royal Gold Medal 2023
Yasmeen Lari, reconhecida como a primeira arquiteta do Paquistão, teve um impacto significativo tanto em seu país de origem quanto internacionalmente devido à sua abordagem inovadora e socialmente consciente em relação à arquitetura. Através de uma visão sistemática, o trabalho de Lari leva em consideração a cultura local, as oportunidades específicas da região e os desafios. Nascida no Paquistão em 1941, Yasmeen Lari mudou-se para Londres com sua família aos 15 anos. Depois de se formar na Oxford Brooks School of Architecture, ela voltou ao Paquistão aos 23 anos para iniciar a Lari Associates com seu marido, Suhail Zaheer Lari. O casal se estabeleceu em Karachi. Ali, ela começou a estudar as cidades antigas do Paquistão e a arquitetura vernacular de terra, despertando seu interesse pelo patrimônio arquitetônico e pelas técnicas tradicionais de seu país. Em 1980, ela cofundou a Heritage Foundation of Pakistan com seu marido, uma fundação ativa na preservação do rico patrimônio cultural do Paquistão.
A Casa de Jajja: casas auto-construídas para mulheres em Uganda
Este artigo é uma colaboração do Colectivo RE e foi publicado originalmente em 02 de agosto de 2020, na segunda edição de Huevo de Pato, uma publicação que tem por objetivo compartilhar reflexões e experiências como estratégia para a democratização do saber e do fazer.
Hotel Rural Casa do Rio / Menos é Mais Arquitectos
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Arquitetos: Menos é Mais Arquitectos
- Área: 505 m²
- Ano: 2018
Pavilhão polonês na Bienal de Veneza especula sobre o futuro das áreas rurais
Intitulado “Trouble in Paradise”, o pavilhão polonês para a 17ª Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza, volta sua atenção para o campo, nos convidando a refletir sobre a importância das áreas rurais para o futuro sustentável do planeta e as possíveis soluções que elas nos oferecem para enfrentarmos as principais crises e desafios do presente. Com curadoria do jovem escritório de arquitetura polonês, o PROLOG, em parceira com uma vasta equipe internacional de arquitetos e artistas, o pavilhão polonês será inaugurado nos Jardins da Bienal no próximo dia 22 de maio e estará aberto ao público até o dia 21 de novembro, além é claro, de disponibilizar todo o seu conteúdo on-line para aqueles que não puderem estar presentes na 17ª edição da Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza.
OMA projeta complexo comercial no subúrbio de Melbourne
O OMA está desenvolvendo um mega projeto no subúrbio de Melbourne, Austrália. O complexo com mais de 10 mil metros quadrado integrará uma série de espaços comunitários voltados ao bem estar da população da cidade de Whittlesea, no Estado de Vitória, uma das regiões que mais crescem atualmente no país.
AMO, em parceria com a Volkswagen, pesquisa o futuro da mobilidade rural
A AMO, o laboratório de ideias do Escritório de Arquitetura Metropolitana (OMA), cofundado por Rem Koolhaas, e liderado por Samir Bantal, anunciou uma recente colaboração de pesquisa com a Volkswagen. Focada nas áreas rurais e no campo, a parceria analisará o futuro da mobilidade rural, através de um primeiro estudo conceitual sobre tratores elétricos.
Por fora das metrópoles: decifrando a exposição “Countryside, The Future” de Rem Koolhaas
Ao entrar no Museu Guggenheim, os visitantes se vêem cercados por um banquete de cores vivas e fontes incompatíveis. Passando pelo gigantesco trator verde na entrada, eles se movem pelo térreo, cheio de adesivos, como uma lancheira ou a tampa de um laptop. Um pilar grosso que entra no átrio interno tornou-se uma coluna de publicidade extravagante. Um fardo de feno, um drone e algum outro objeto (impossível de identificar) levitam bem alto. Um recorte de papelão de Joseph Stalin sobre rodas de robôs desce a rampa, assustando os visitantes. Grandes letras reflexivas dizem: "Zona rural, o futuro".
O arquiteto Rem Koolhaas, fundador do Escritório de Arquitetura Metropolitana (OMA) e Samir Bantal, diretor do think tank interno do OMA, AMO, criaram esse ambiente totalmente confuso para exibir anos de pesquisa sobre o espaço além dos limites da cidade do século XXI.
Casas brasileiras: 12 residências no campo
O futuro da arquitetura é urbano, já não há o que questionar a respeito disso. Projeções apontam que em 2050, isto é, em pouco mais de 30 anos, 75% da população mundial viverá em cidades, ao passo que no Brasil a cifra ultrapassará os 90%. No entanto, nossa disciplina deve se preocupar com a qualidade e vida de todos, assim, projetos em contextos rurais continuarão a fazer parte da agenda de arquitetas e arquitetos do mundo todo.
Apresentamos, a seguir, uma seleção de projetos residenciais construídos no campo. Casas brasileiras inseridas na paisagem rural ou campestre, projetadas para o cotidiano de seus moradores ou como refúgio temporário de descompressão da vida urbana. De uma forma ou de outra, todas compartilham de um objetivo: abrir-se para o entorno bucólico.
Empreendimento Turístico em Espaço Rural – Casa de Campo em Lugar da Lapa / Adapteye
Rem Koolhaas: "O atual desafio da arquitetura é entender o mundo rural"
Entre os dias 26 de junho e 01 de julho aconteceu a quarta edição do Congresso Internacional da Fundación Arquitectura y Sociedad de Pamplona, Espanha, intitulado "Arquitetura: Mudança Climática". A sessão inaugural esteve a cargo de Rem Koolhaas, que após fazer uma análise geopolítica da situação europeia, fez um chamado aos arquitetos, pedindo para que estes parem de ignorar o mundo rural como campo de operação:
Devemos pensar em metodologias para uma paisagem que cedo ou tarde teremos que assumir.
Koolhaas recordou que as cidades representam apenas 2% da superfície do planeta. "Temos que mirar mais além, nos concentramos demais no desenvolvimento do entorno urbano, esquecendo um pouco o campo. Estamos começando a estudá-lo, e embora haja um grande conhecimento, continua fora de nossos radares", afirmou.
Rem Koolhaas: "Em breve, sua casa poderá lhe trair"
No mais recente de uma série de argumentos polêmicos contra as smart cities, Rem Koolhaas escreveu esta que é, talvez, sua mais completa análise sobre o papel das tecnologias emergentes e o modo como elas são implementadas e influenciam nossas vidas, em um artigo para o Artforum. Abordando uma ampla gama de questões, Koolhaas critica os projetos de tecnologia predial, chamando-os de uma "infiltração furtiva da arquitetura via seus elementos constitutivos" e questiona as motivações comerciais daqueles que estão criando essas smart cities. Saiba mais sobre o que pensa Rem Koohaas em relação às ditas "cidades inteligentes" aqui.
Vídeo: Mini documentário retrata movimento de retorno à vida rural na China
Em 2011 a China passou a ter, pela primeira vez em sua história, mais pessoas vivendo nas cidades que nas áreas rurais - e as estatísticas oficiais do governo mostram cerca de 300 vilas desaparecendo a cada dia no país. Contudo, face à rápida urbanização, um "movimento de retorno ao rural" está surgindo. O novo mini documentário de Sun Yunfan e Leah Thompson, Down to the Countryside, se volta para os habitantes rurais que, fartos da vida urbana, estão buscando revitalizar o campo e preservar as tradições locais. O documentário acompanha Ou Ning, um artista e curador que, em 2013, mudou-se de Pequim para a vila de Bishan, na província de Anhui. Ning se considera parte do "novo movimento pela reconstrução rural" na China, e o documentário mostra sua missão de desenvolver a economia rural e trazer artistas e cultura para o campo.
Saiba mais sobre o documentário em China File e assista a uma entrevista com os diretores em CityLab.