Arquitetos, urbanistas e pesquisadores de todo o mundo estão trabalhando em soluções para combater a crescente ameaça da crise climáticas, em especial no que diz respeito ao aumento do nível do mar e frequência de inundações. Entre eles, o MVRDV, como parte do North Creek Collective, lançou uma série de propostas para a cidade de Vancouver, mapeando possíveis adaptações de edifícios, paisagens e infraestruturas à beira-mar. Em uma iniciativa semelhante, um grupo de pesquisadores liderado por Adrian Lahoud desenvolveu a Second Sea Calculator, uma ferramenta digital que estima os danos financeiros causados à cidades costeiras, ao passo que a Human Climate Horizons desenvolveu uma plataforma para visualizar como diferentes níveis de aquecimento global afetarão a vida das pessoas.
Sistemas de gestão de tempestades: O mais recente de arquitetura e notícia
MVRDV, Adrian Lahoud e HCH desenvolvem ferramentas e estratégias para apresentar adaptações à crise climática
Vice-presidente dos EUA Kamala Harris defende soluções baseadas na natureza
No Dia da Terra, a Vice-Presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, destacou os muitos benefícios das soluções baseadas na natureza e reconheceu o importante papel dos arquitetos paisagistas neste trabalho. Na Universidade de Miami, ela também anunciou US$ 562 milhões em financiamento para projetos de resiliência costeira, apoiando 149 projetos em 30 Estados, por meio da Iniciativa de Prontidão Climática das Costas da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA). As observações da Vice-Presidente Harris se baseiam no apoio da administração Biden-Harris ao planejamento e ao design com sistemas ecológicos de maneira equitativa.
Paisagens costeiras do futuro: o pavilhão dinamarquês na Bienal de Veneza de 2023 tem curadoria de Josephine Michau
O Pavilhão da Dinamarca anunciou Josephine Michau como curadora da exposição Imaginários da Costa para representar a Dinamarca na 18ª Exposição Internacional de Arquitetura - La Biennale di Venezia. A exposição destaca soluções de design baseadas na natureza para aliviar os desafios globais como a elevação do nível do mar e as enchentes. A equipe por trás da exposição representa uma colaboração entre o escritório de arquitetura paisagística Schønherr e pesquisadores, artistas, organizações comerciais dinamarquesas e instituições científicas. O assunto selecionado se alinha com o tema abrangente da bienal, Laboratório do Futuro, que vai de 20 de maio a 26 de novembro de 2023, no Giardini, Arsenale e outros locais de Veneza.
Arquitetura e planejamento urbano podem combater as mudanças climáticas?
As mudanças climáticas têm sido um dos tópicos mais urgentes deste ano, e por um bom motivo. Seus efeitos são visíveis não apenas em habitats naturais, mas também em ambientes urbanos. A indústria da construção civil tem um papel importante nesta dinâmica. Ao longo do ano, eventos como a COP27 enfatizaram a importância dos esforços para zerar as emissões líquidas e os desafios enfrentados pelos países em desenvolvimento afetados por desastres naturais, cada vez mais devastadores. Possíveis direcionamentos rumo ao desenvolvimento incluem ações em vários estágios e escalas, desde a otimização de espaços verdes para controle de calor urbano até o uso de materiais de construção locais e inovadores para minimizar a pegada de carbono, ou a aprovação de leis que ajudam a criar ambientes urbanos e naturais mais sustentáveis.
Este artigo representa um resumo de artigos publicados no ArchDaily durante o ano de 2022 com temas relacionados às mudanças climáticas e o potencial da arquitetura para fazer a diferença. Ele divide o tópico em quatro questões principais: O que as cidades estão fazendo para mitigar o calor urbano? Como enfrentar o aumento do nível do mar? O que foi a COP27 e por que ela é importante? Os materiais de construção podem ajudar a atingir esses objetivos? A última seção apresenta um panorama das novas legislações aprovadas ao longo de 2022, como forma de entender como os governos estaduais e municipais estão impondo essa necessidade de mudança.
Aeroporto abandonado em Atenas será transformado no maior parque costeiro da Europa
O Aeroporto Internacional de Atenas foi desativado em 2001 e levou duas décadas para o governo local reunir fundos e estabelecer diretrizes para transformar os 242 hectares (600 acres) não utilizados no maior parque costeiro da Europa. O escritório de arquitetura Sasaki está liderando o projeto de transformação para criar o Parque Metropolitano Ellinikon, que contará com diversos equipamentos de uso público e um centro cultural para a cidade de Atenas.
Proteção contra tempestades baseada na natureza
“A supertempestade Sandy em 2012 foi um alerta para Nova York e fez a cidade perceber que precisava se preparar melhor para as mudanças climáticas”, disse Adrian Smith, vice-presidente da ASLA e líder da equipe de projetos de capital de Staten Island com a NYC Parks. Devido às tempestades de Sandy, “várias pessoas em Staten Island morreram e milhões foram perdidos em danos materiais”.
No 10º aniversário de Sandy, Smith, junto com Pippa Brashear, diretora da SCAPE, e Donna Walcavage, diretora da Stantec, explicaram como projetar com a natureza pode levar a comunidades costeiras mais resilientes. Durante a Semana do Clima de Nova York, elas conduziram centenas de pessoas por dois projetos on-line interconectados no extremo sudoeste da ilha: Living Breakwaters e seu companheiro em terra — o Tottenville Shoreline Protection Project.
Projeto propõe solução para inundações, estacionamentos e áreas verdes em uma única estrutura
A população global continua crescendo, gerando, consequentemente, um contínuo aumento no número de automóveis e de questões relacionadas às mudanças climáticas. Estima-se que cerca de 30% dos veículos parados em congestionamentos urbanos sejam motoristas à procura de vagas para estacionar. A cultura do carro tem pressionado as cidades para que se construam mais estacionamentos, impondo esta necessidade em detrimento de outras benfeitorias urbanas. Enquanto isso, as mudanças climáticas continuam a desafiar as nossas cidades a lidar com o escoamento das águas pluviais. A temporada de furacões no Atlântico em 2017 é prova disso - até a última segunda-feira, 13 tempestades tropicais se formaram no oceano Atlântico, custando 210 vidas até agora.
A THIRD NATURE, um escritório de arquitetura da Dinamarca, projetou uma solução para lidar com as questões urbanas modernas à relacionadas às inundações, estacionamentos e falta de espaços verdes através de seu projeto POP-UP. Uma série de espaços verdes, um estacionamento e um reservatório de água, sobrepostos de cima para baixo, respectivamente. A proposta utiliza o princípio de Arquimedes para armazenar água enquanto cria um espaço flutuante para abrigar os veículos.
Como projetar para situações de desastres
Neste artigo publicado pela Fast Company, sete arquitetos líderes na área de projetos para situações de desastres - incluindo Peter Gluck, Michael Manfredi, e os diretores da James Corner Field Operations e Snøhetta - dão suas opiniões sobre as lições que o Furacão Sandy nos ensinou. Suas visões levantam uma série de questões mas, acima de tudo, compartilham um tema: a urgência