O termo “cradle to cradle” foi cunhado pelo arquiteto estadunidense William McDonough e pelo engenheiro químico alemão Michael Braungart em seu livro-manifesto Cradle to Cradle: Remaking the Way We Make Things, lançado em 2002. Trata-se de uma teoria que não é meramente arquitetônica, mas se aplica em qualquer produto, promovendo uma abordagem biológica à fabricação na qual os componentes são considerados nutrientes em um “metabolismo saudável”.
Sustentabilidade: O mais recente de arquitetura e notícia
O que é arquitetura “cradle to cradle”?
MAST projeta sistema modular sustentável de arquitetura flutuante
O Danish Maritime Architecture Studio MAST desenvolveu o projeto "Land on Water", um sistema que oferece uma solução adaptável para construir quase tudo na água: casas flutuantes, acampamentos, até mesmo pequenos parques e centros comunitários. O projeto é uma resposta ao reconhecimento da elevação do nível do mar e do aumento dos riscos de inundações urbanas, o que levou a um crescente interesse em adaptar a arquitetura para ser construída sobre a água. O "Land on Water" propõe uma solução flexível e sustentável, um ponto de partida para as soluções anteriores, que se provaram serem de difícil adaptação, transporte e estão frequentemente utilizando materiais insustentáveis, tais como fundações de concreto preenchidas com poliestireno ou pontões plásticos. O projeto é desenvolvido com o apoio de Hubert Rhomberg & venture studio FRAGILE.
Declaração de San Marino para arquitetura sustentável e inclusiva recebe assinaturas de Norman Foster e Stefano Boeri
Embora as Nações Unidas venham incitando arquitetos, engenheiros e modeladores de cidades a colocar a agenda de 2030 e os ODS em ação, e pesquisas do IPCC tenham revelado intensificação das mudanças climáticas, provocando ampla discussão sobre ações insuficientes, a 83ª sessão da Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa - Comitê de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Gerenciamento de Terras da UNECE, que ocorre em San Marino, acaba de emitir uma declaração especial sobre "como construir cidades melhores, com mais segurança, mais inclusão e mais resiliência", à frente da COP27. Este conjunto de “Princípios para Design e Arquitetura Urbana Sustentáveis e Inclusivos”, ou Declaração de San Marino, reuniu as assinaturas de Norman Foster e Stefano Boeri.
Como ocorre a mudança de hábitos – e o que isso tem a ver com mobilidade sustentável
É notório que cidades em todo o mundo precisam empreender esforços para que mais pessoas optem pelos meios mais sustentáveis de transporte – a caminhada, a bicicleta e o transporte coletivo – em detrimento de carros e motos. Mas o que nos leva a escolher um meio de transporte em vez de outro? Quais fatores estão por trás da nossa escolha? Será que são, de fato, decisões conscientes ou apenas “hábitos automáticos”? Compreender este processo é passo importante na promoção de ações para a mobilidade sustentável.
"Todo projeto é uma boa oportunidade": entrevista com Estúdio 41
Estúdio 41 é um nome frequentemente visto em listas de vencedores de concursos de projetos pelo Brasil. Sediado em Curitiba, é um escritório de arquitetura criado pela colaboração entre arquitetos formados na UFPR, e que tem investido energia em desenvolver propostas para concorrências, onde questionamentos, experimentações e inovações encontram terreno fértil. O que impressiona é que a equipe formada por João Gabriel Rosa, Martin Kaufer Goic, Eron Costin, Emerson Vidigal e Fabio Henrique Faria tenha um índice de sucesso expressivo, com obras como a Estação Antártica e a Sede da Fecomércio já construídas.
Duas cidades brasileiras buscam abordagens locais inovadoras para a crise climática
A mitigação das mudanças climáticas e a adaptação aos riscos gerados por eventos extremos mais frequentes demandam uma transformação rápida e radical das cidades de todo o mundo, uma vez que elas são responsáveis pela maior parte das emissões globais de gases de efeito estufa. Os impactos de um clima em transformação, no entanto, não são compartilhados de modo uniforme por todas as cidades, e quem sente os seus efeitos mais intensos são justamente as populações mais vulnerabilizadas. Para transformações urbanas de baixo carbono inclusivas e adaptadas aos diferentes contextos urbanos, é necessário aproximar a agenda global do clima à escala local – às pessoas que vivem e conhecem os seus territórios.
10ª Bienal de Arquitetura de Roterdã explora passado e futuro das mudanças climáticas
"It’s About Time", a 10ª edição da Bienal de Arquitetura de Rotterdam, é um manifesto de sete semanas que mostra cursos realistas em direção a um futuro habitável em um momento em que as consequências das mudanças climáticas estão se tornando cada vez mais aparentes. Há meio século, as consequências das mudanças climáticas foram previstas no relatório Os Limites do Crescimento, de 1972. Ele descreve as possíveis consequências de um aumento exponencial da população, da produção agrícola e da extração de recursos. O relatório é visto por muitos como o início da conscientização ambiental. A Bienal de Arquitetura de Roterdã tem como objetivo colocar essas mudanças em perspectiva, olhando tanto para o passado quanto para o futuro possível.
“Taxação” de energia solar passa a valer em janeiro
Em janeiro deste ano, um marco legal para a microgeração e a minigeração distribuída de energia foi instituído na forma da Lei 14.300/2022. O texto garantiu que as antigas regras do setor fossem mantidas até 2045 para quem já possuía a instalação solar e para novos clientes no período de 12 meses. Agora, a três meses para acabar o ano, o assunto volta à tona, pois o prazo para garantir, por exemplo, a isenção de alguns componentes tarifários está prestes a terminar.
Paisagismo em cafés: 10 projetos que integram o verde à arquitetura
Seja para um momento de pausa, descontração ou até mesmo para um wifi gratuito, as cafeterias costumam abrigar uma série de situações que envolvem mais que apreciar uma xícara de café. Um lugar tranquilo e agradável, que além de tudo ofereça uma boa bebida quente, é um grande atrativo para quem busca por uma cafeteria para passar algumas horas.
Nesse sentido, um projeto paisagístico que integre o verde a estes ambientes pode aumentar significativamente o conforto dos clientes, ao amenizar temperaturas e oferecer uma barreira contra a poluição atmosférica, sonora e visual. Além disso, após as restrições impostas pela pandemia de Covid-19, espaços abertos, com ventilação natural e jardins passaram a ser prioridades para muitos projetos, inclusive cafeterias.
Brasileiro desenvolve a primeira telha hidropônica do mundo em escala comercial
A vontade de simplificar e criar novas formas para levar mais verde às construções e cidades foi o que motivou o engenheiro agrônomo Sérgio Rocha a criar a Kaatop, uma telha hidropônica onde é possível cultivar diversas espécies de plantas. O lampejo para a criação da telha veio da atuação profissional no desenvolvimento de telhados verdes e jardins suspensos. Há mais de 10 anos trabalhando no ramo, o agrônomo percebeu como as técnicas e sistemas disponíveis no mercado eram difíceis de ganhar espaço nas obras.
Casa é impressa com terra, babosa e clara de ovo em sete semanas
Unindo novas e velhas técnicas construtivas, os pesquisadores do Instituto de Arquitetura Avançada da Catalunha (IAAC) ergueram uma pequena estrutura de terra com impressão 3D. É o primeiro projeto do tipo realizado na Espanha.
“Trata-se de um protótipo que representa a ponte entre o passado – arquitetura vernacular de barro – e o futuro – tecnologia de impressão 3D em larga escala – que não só servirá para mudar a arquitetura do futuro, mas também será muito útil para enfrentar o clima atual e a crise habitacional em todo o mundo”, afirma o Instituto.
Como as cidades podem adquirir madeira de origem sustentável
O espaço ocupado pelas construções nas cidades tem crescido rapidamente. Em todo o mundo, a área ocupada pelo piso de edifícios pode dobrar até 2060. Construir e manter a infraestrutura urbana exige quantidades significativas de energia e recursos materiais. Dessa forma, a maneira como as cidades constroem – e com quais materiais – exerce um impacto sobre até que ponto as metas de sustentabilidade são atingíveis ou mesmo realistas. As cidades precisam se certificar de que estão usando materiais de baixo impacto para o planeta e que possam ser renovados. Esse cenário aponta uma oportunidade para a madeira.
Florestas conservadas e restauradas melhoram a qualidade da água de Campinas e região
A Região Metropolitana de Campinas é um dos maiores centros urbanos do país. Com mais de três milhões de habitantes e um PIB superior a R$ 150 bilhões por ano, é uma das regiões econômicas mais dinâmicas do Brasil.
Porém, ao mesmo tempo, trata-se de uma área vulnerável à mudança climática. O aumento da mancha urbana e a crescente demanda por água na região colocam Campinas no mapa das áreas com alto risco de déficit hídrico, segundo a ferramenta Aqueduct, do WRI.
Primeira frota de trens movidos a hidrogênio é lançada na Alemanha
O primeiro serviço de trem a hidrogênio começou a operar na Alemanha, um feito inédito no mundo. A linha ferroviária 100% a hidrogênio estreou na pequena cidade de Bremervörde, perto de Hamburgo. No total, serão 14 veículos que vão substituir locomotivas a diesel, no norte do país, em quase 100 quilômetros de linha. Além de Bremervörde, a linha regional atende as cidades de Cuxhaven, Bremerhaven e Buxtehude.
10 Startups que estão criando materiais de construção inovadores e sustentáveis
A indústria da construção é uma das maiores poluidoras do mundo, com algumas pesquisas dizendo que 38% de todas as emissões de CO2 estão ligadas a ela. Como resposta, arquitetos, designers e pesquisadores estão tomando medidas para reduzir sua pegada de carbono durante e após a construção. Muitas iniciativas atuais se mostram interessadas em analisar materiais de construção para encontrar soluções de baixo carbono e reduzir os impactos da profissão.
Um dos campos de pesquisa mais proeminentes diz respeito à biofabricação, um tipo de processo que envolve o uso de organismos biológicos para a confecção de materiais. Ao se compreender as habilidades de organismos como algas de fungos, materiais amplamente utilizados poderão ser substituídos por alternativas de carbono neutro ou até carbono negativo. Outras iniciativas buscam, ainda, novas maneiras de usar recursos inexplorados, mas prontamente disponíveis, como areia do deserto, terra ou resíduos de demolições.