Schoonschip é um inovador bairro circular de Amsterdã, um projeto comunitário definido para se tornar um protótipo para empreendimentos urbanos flutuantes. Com um masterplan elaborado pelo escritório de arquitetura holandês Space & Matter, o projeto compreende 46 residências em 30 lotes de água conectados por um cais e que emprega recursos descentralizados e sustentáveis de energia, água e sistemas de esgoto. Com o último de seus edifícios concluído este ano, o empreendimento apresenta uma estratégia de adaptação importante de ser considerada, em face das mudanças climáticas e da elevação do nível do mar.
Sustentabilidade: O mais recente de arquitetura e notícia
Bairro flutuante em Amsterdã oferece uma nova perspectiva sobre circularidade e resiliência
Heatherwick Studio vence concurso para projetar edifício de escritórios em Madri
O Heatherwick Studio acaba de ser selecionado para desenvolver o projeto de um novo edifício de escritórios em Madri para a cadeia de lojas de departamentos espanhola El Corte Inglés. Como a primeira estrutura a ser construída pelo Heatherwick Studio na Espanha, o projeto do Castellana 69 aproveita desta oportunidade para reinventara a própria tipologia de edifício de escritórios, incorporando ainda uma série de estratégias de sustentabilidade. Desenvolvido em parceria com a CLK architects e o BAC Engineering Consultancy Group, o Castellana 69 será uma estrutura que se desenvolve ao redor de um pátio central acessível, criando fortes conexões entre o edifício e o seu entorno imediato.
Como funciona o aquecimento por piso radiante?
É creditada a Caius Sergius Orata, por Vitruvius, a invenção do Hipocausto. A palavra, do latim hypocaustum, em uma tradução literal, significa acesso por baixo. Trata-se de um sistema de piso elevado sobre pilhas de cerâmica onde, em uma das extremidades, uma fornalha -com lenha sendo queimada ininterruptamente-, fornece calor ao espaço subterrâneo, que sobe através de paredes construídas por tijolos perfurados. Os hipocaustos esquentavam, pelo piso, alguns dos edifícios mais opulentos do Império Romano (incluindo algumas residências) e, sobretudo, os famosos Banhos Públicos.
Com um funcionamento similar, mas no Oriente, existiu o Ondol. Estima-se que ele tenha sido desenvolvido durante os Três Reinos da Coréia (57 aC-668 dC), mas há pesquisadores que apontam que a solução já era utilizada muito antes disso. O sistema também manipulava o fluxo de fumaça provindas dos agungi (rudimentares fogões à lenha), em vez de tentar usar o fogo como fonte de calor direto, como a maioria dos sistemas de aquecimento. Inclusive, chamou a atenção de Frank Lloyd Wright, como apontado neste artigo, que adaptou o sistema para utilizá-lo na calefação de casas nos Estados Unidos e no seu importante Imperial Hotel em Tóquio. Atualmente, como funcionam os sistemas de aquecimento de pisos radiantes?
Estudo cria índice para avaliar adaptação de cidades às mudanças climáticas
As cidades brasileiras estão prontas para se adaptar às mudanças climáticas? Motivados por essa pergunta, cientistas da Universidade de São Paulo (USP) criaram um índice que mede o potencial de adaptação dos nossos centros urbanos aos impactos das mudanças do clima. O índice, chamado de Índice de Adaptação Urbana (UAI, na sigla em inglês) está descrito em artigo publicado na edição de maio da revista científica “Climatic Change”.
Desenvolvido pelos pesquisadores do projeto CiAdapta, que estuda as interações entre transições climáticas, cidades e processos decisórios, o UAI busca avaliar a presença ou ausência de estruturas legais e regulatórias de apoio a intervenções urbanas ligadas à adaptação climática.
5 Pavilhões na Bienal de Veneza 2021 que abordam sustentabilidade e mudanças climáticas
A 17ª Bienal de Arquitetura de Veneza está em andamento, revelando uma ampla gama de respostas à pergunta "Como viveremos juntos". Com 60 pavilhões nacionais, inúmeras contribuições de arquitetos convidados de todo o mundo e vários eventos paralelos, a edição deste ano reafirma o papel da Bienal como uma plataforma para investigação, exploração e pensamento disruptivo em arquitetura. A declaração original do curador Hashim Sarkis convocou os arquitetos "a imaginar espaços nos quais possamos viver juntos com generosidade". As circunstâncias recentes tornaram a questão ainda mais relevante, levando a uma reavaliação holística de como o mundo, como um coletivo, pode enfrentar mudanças e desafios de uma escala sem precedentes, desde o papel perturbador da tecnologia até a desigualdade, a migração em massa e as mudanças climáticas. As contribuições nacionais a seguir refletem sobre "como viveremos juntos" em meio às mudanças climáticas, explorando ideias para um futuro mais sustentável.
Como evitar as principais fontes de perda de energia nos edifícios
O conforto térmico fica bastante evidenciado quando não é atendido. Isso porque quando as condições térmicas são adequadas em um local, o corpo encontra-se em equilíbrio com o ambiente e os ocupantes podem simplesmente desenvolver suas atividades normalmente. Pelo contrário, quando um espaço é quente ou frio demais, logo observamos mudanças no nosso humor e corpo. A insatisfação com o ambiente térmico ocorre quando o balanço térmico é instável, ou seja, quando há diferenças entre o calor produzido pelo corpo e o calor do corpo perdido para o ambiente.
Estratégias de ventilação natural em projetos de interiores
A evolução dos abrigos representa uma tendência constante em função de uma adaptação às condições ambientais. Para climas quentes e úmidos existem estratégias e soluções de projeto que são muito diferentes daquelas utilizadas em projetos localizados em climas frios e secos, por exemplo. Para cada clima há uma estratégia diferente de conforto ambiental dedicada a adequar a arquitetura às suas necessidades. Dentre essas muitas estratégias, a ventilação natural é um requisito de conforto importante para projetos localizados em climas quentes.
Concurso Prémio Universidades Trienal de Lisboa Millennium bcp
As Universidades são centros críticos de produção de conhecimento e de inovação, e desde a criação da Trienal envolvemos estas instituições no programa das edições do seu evento mais emblemático. Convocam-se assim a participar, escolas de todo o mundo a fazer parte do programa central da 6.ª edição da Trienal de Arquitectura de Lisboa para 2022.
O concurso está aberto directamente à área da arquitectura e também a disciplinas conexas, sejam estas das vertentes do projecto - como o urbanismo ou a arquitectura paisagista - de vertente técnica - como as tecnologias de construção ou de materiais - ou as
Frota de ônibus do Rio de Janeiro será 100% elétrica até 2050
No Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado no último dia 5, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, lançou o Plano de Desenvolvimento Sustentável e Ação Climática. O documento norteará as metas ambientais da administração municipal para as próximas décadas. Entre as propostas está a adoção de somente ônibus elétricos nas linhas municipais.
A mobilidade elétrica no Brasil, sobretudo no que diz respeito ao transporte público, ainda é incipiente. Há soluções interessantes, como é o caso dos ônibus elétricos movidos a energia solar desenvolvidos no Ceará e em Florianópolis, porém a adoção das tecnologias ainda é bastante pontual.
Resultado do concurso nacional de Habitação de Interesse Sustentável
Reunir projetos arquitetônicos de habitações de interesse social que sejam inovadores, sustentáveis e possibilitem redução do consumo de energia. Esse era o objetivo do Concurso Nacional de Ideias em Arquitetura para Eficiência Energética em Habitação de Interesse Social, organizado pela empresa de cooperação governamental alemã Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.
Quais materiais são mais fáceis de reciclar em uma construção?
A indústria da construção civil é responsável pelo consumo de cerca de 75% dos recursos naturais do planeta. Pedras, areia, ferro e outros tantos recursos finitos são retirados em enormes quantidades para suprir os mercados. Além da exploração, a grande quantidade de resíduos gerados nos canteiros de obra é algo preocupante, seja durante as obras ou em demolições e remodelações. No Brasil, por exemplo, os Resíduos da Construção Civil podem representar entre 50% e 70% da massa dos resíduos sólidos urbanos [1]. O destino dado a esses entulhos é outro fator chave, uma vez que muitas vezes são postos em caçambas que acabam indo para aterros e lixões sem um destino correto e adequado, sobrecarregando os sistemas de limpeza pública municipais e criando locais de deposição informais.
Seis projetos urbanos que aplicam Soluções baseadas na Natureza
Eventos naturais extremos estão se tornando cada vez mais frequentes em todas as partes do mundo. Esse colapso vem sendo alertado em inúmeras pesquisas as quais indicam que inundações, tempestades e aumento do nível do mar podem afetar mais de 800 milhões de pessoas no mundo, custando às cidades US$ 1 trilhão por ano até a metade do século. Essa situação parece indicar que o único caminho para a sobrevivência urbana é trabalhar urgentemente com as vulnerabilidades das cidades para proteger seus cidadãos.
Um guia para arquiteturas "off-grid"
Quem mora em uma grande cidade dificilmente nunca sonhou em viver isolado, em uma casa entre as árvores ou numa praia deserta. Durante a pandemia e os intermináveis meses de quarentena, muitos tiveram essa mesma ideia. Por mais romântica e sedutora que ela possa parecer, isso vem acompanhado de alguns desafios práticos importantes. Raramente abriríamos mão de pequenos confortos que estamos tão acostumados, como abrir uma torneira ou carregar o celular. Se o local é, de fato, remoto, possivelmente não contará com abastecimento de energia elétrica, água potável, gás, rede de esgoto e coleta de resíduos sólidos. Mas há diversas possibilidades de uma vida com conforto e sem vizinhos. Quais são as principais soluções para permitir isso e como um projeto de arquitetura pode proporcionar uma vida off-the-grid?
Por que nós, arquitetos, devemos entender e nos preocupar com o carbono?
Sim, eu sei. Temos falado muito sobre carbono. E não só aqui, mas por todo lado lemos sobre efeito estufa, dióxido de carbono, combustíveis fósseis, sequestro de carbono e diversos outros termos que têm entrado, cada vez mais, nos nossos cotidianos. Mas por que o carbono é tão importante e o que nós, arquitetos, estudantes de arquitetura ou entusiastas do tema, temos a ver com algo que parece tão intangível?
Pavilhão do Japão na Bienal de Veneza aborda consumo de massa e reuso na arquitetura
Para a edição deste ano da Bienal de Arquitetura de Veneza, o Pavilhão do Japão nos convida a refletir sobre o movimento de bens e mercadorias, sobre o consumo de massa, a sustentabilidade e o reaproveitamento de materiais na arquitetura. Intitulado Co-propriedade de Ação: Trajetórias de Elementos e com curadoria de Kadowaki Kozo, o Pavilhão Japonês para a Biennale deste ano será construído a partir da estrutura de uma tradicional casa japonesa de madeira, a qual será desmontada, enviada para Veneza e então reconstruída e ressignificada através do uso de novos materiais e soluções construtivas. Desta forma, o Pavilhão do Japão procura demonstrar que materiais e estruturas existentes podem ter uma segunda vida, colocando em cheque a crescente demanda por novos insumos e matérias primas, abraçado a reutilização em detrimento do consumo.