O plástico é um material incrível. O grande problema é a forma como estamos usando-o e descartando-o na natureza. Foi com essa ideia em mente que o Museu do Plástico foi criado, para mostrar o papel vital que o plástico desempenha nas nossas vidas, bem como as possibilidades que o seu reaproveitamento e reciclagem oferecem. Inaugurado em Madri no dia 8 de maio, não conterá apenas plástico, mas será construído inteiramente a partir desse material. Através das peças que se encontram no interior, como objetos essenciais para os cuidados de saúde, comunicação, construção, alimentação e mobilidade sustentável, o visitante poderá conhecer tudo o que o plástico nos proporciona quando é feito o seu uso correto.
Sustentabilidade: O mais recente de arquitetura e notícia
Um museu sobre o plástico, de plástico, e que será completamente reciclado
Atelier Marko Brajovic desenvolve projeto na Amazônia que explora o potencial da biofilia e da quarta revolução industrial
Conhecido por seus projetos que se localizam no território de sobreposições entre pesquisa, design, biomimese e sustentabilidade, o Atelier Marko Brajovic desenvolveu recentemente uma proposta para os Laboratórios Criativos da Amazônica, um conjunto de bioesferas compostas por estruturas geodésicas inspiradas pela geometria interna do fruto do cacau. O projeto está alinhado às premissas e propósitos da iniciativa Amazônia 4.0, que visa agregar as potencialidades econômicas da sociobiodiversidade amazônica às novas tecnologias e possibilidades que emergem da Quarta Revolução Industrial.
O que podemos aprender com as cozinhas das ecovilas
De diversas formas a observação sobre a área rural e suas comunidades podem trazer ensinamentos para a implementação de dinâmicas sustentáveis nas cidades. Ao estudar especificamente as ecovilas, pontos importantes sobre a relação entre humanos e biosfera se tornam explícitos, principalmente em um espaço de importância a todas elas: a cozinha.
Na cultura ocidental capitalista é visível a dicotomia presente entre natureza e humanidade. O homem forma sua identidade como algo externo à natureza, e na maioria das vezes superior à ela. Como consequência dessa ruptura conceitual aparecem também as quebras espaciais. A cidade é vista como um produto humano, na qual os moradores destas, para entrarem em contato com a natureza, precisam encontrar os seus remanescentes em parques ou praças. Os “vazios” de ocupação humana, como as florestas, são vistas como falhas, espaços que a humanidade ainda não transformou.
Não existe justiça climática sem justiça racial
O último ano colocou em destaque a emergência climática e a injustiça racial. A preocupação com o estado do meio ambiente nunca foi tão expressiva. Graças ao movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam, em tradução livre) e a outros relacionados que clamam por justiça, vozes que foram tragicamente marginalizadas por muito tempo finalmente estão sendo ouvidas. Ainda assim, alguns dos ativistas mais fervorosos consideram essas lutas separadas.
O que o espraiamento urbano e a verticalização dizem sobre as emissões de CO2
Quando pensamos em Nova York, pensamos em Manhattan e seus arranha-céus super altos. Como resultado, acreditamos que a cidade é um dos lugares mais densos da Terra: uma Hong Kong no Hudson. Mesmo assim, olhar para cima desvia nossa atenção de outro fato: Nova York não é tão densa quando você olha para sua área territorial em extensão. Depois de sair de Manhattan e passar pelos bairros históricos periféricos, você encontrará uma cidade distintamente suburbana. A paisagem compreende quarteirões e mais quarteirões de casas unifamiliares, shoppings e ruas largas que não permitem carros. Nova York é, portanto, um conto de duas cidades — dos skylines e do espraiamento.
Pré-fabricação e conforto ambiental: o pioneirismo de Lelé
João Filgueiras Lima foi um arquiteto carioca, formado pela Faculdade Nacional de Arquitetura, no Rio de Janeiro, mas cujo nome remete a uma série de imagens e obras que há muito ultrapassaram os limites da cidade e suas paisagens referenciais. Lelé, como ficou internacionalmente conhecido, construiu um caminho próprio dentro da profissão, que o faz presente em várias capitais brasileiras, deixando um impressionante legado arquitetônico, manifesto em edifícios públicos e privados, em inovações técnicas sobre processos de produção e numa visão sempre humanizada do ato de construir.
Ressignificando o passado: a transformação contemporânea da arquitetura tradicional chinesa
Richard Buckminster Fuller certa vez resumiu o seu conceito de Dymaxion da seguinte forma: “construir o maior espaço e a estrutura mais sólida com o menor uso de material”.
Como criar estruturas curvas com bambu
O bambu apresenta infinitas possibilidades e, quando usado com criatividade, pode proporcionar volumes inusitados. Em sua forma natural, é um tronco reto e ligeiramente pontiagudo. O bambu é naturalmente flexível e pode ser dobrado em uma ligeira curvatura e estruturas simples emolduradas podem ser construídas usando a forma reta natural do bambu. Como o dobramos para criar espaços fluidos e dinâmicos?
No entanto, requer técnicas específicas para atingir formas curvilíneas extensas. Nas estruturas construídas em Bali, há 3 técnicas para criar estruturas curvas usando bambu. Estas são:
Aliança propõe Soluções Baseadas na Natureza para cidades brasileiras
Oito organizações que atuam pelo desenvolvimento sustentável do Brasil somam esforços para estimular Soluções Baseadas na Natureza (SBN) como estratégia para mitigar os efeitos da mudança do clima nas cidades, enfrentar desafios urbanos e tornar as cidades mais resilientes.
O termo é relativamente recente e ainda pouco conhecido do grande público no país. Contudo, o conceito, estabelecido pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), é simples: promover intervenções inspiradas em ecossistemas saudáveis para enfrentar desafios urgentes da sociedade, especialmente nas grandes metrópoles. Escassez hídrica, enchentes, desaparecimento da biodiversidade, problemas de saúde e avanço do nível do mar são algumas das questões que podem ser enfrentadas considerando a natureza como parte da solução, gerando benefícios ambientais, sociais e econômicos.
Energia solar em aeroportos pode abastecer cidades na Austrália
Incentivar residências a adotarem a geração de energia solar é essencial para um futuro menos poluente, mas investir em aplicações solares de larga escala é o que poderá mudar os rumos para as emissões zero. É o que revela um novo estudo do Instituto Real de Tecnologia de Melbourne (RMIT University), na Austrália.
Pesquisadores geoespaciais usaram a cidade de Bendigo, no estado de Vitória, para realizar o estudo de caso. Foi estimada a eletricidade solar gerada ao longo de um ano na cidade que possui 17 mil painéis residenciais. Em comparativo, o estudo leva em consideração o potencial da instalação solar em 21 aeroportos de propriedade do governo australiano.
As diversas qualidades do Hempcrete como um material natural sustentável
O cânhamo é uma das culturas mais antigas domesticadas pelo homem. Com sua ampla variedade de usos e aplicações, é fácil entender por que tem sido um produto desejável ao longo da história. As sementes e flores de cânhamo são usadas em alimentos saudáveis, medicamentos e produtos de beleza orgânicos; as fibras e os caules da planta do cânhamo são usados em roupas, papel e biocombustível. Hoje, até mesmo um resíduo do processamento de fibra de cânhamo, as chamadas lascas de cânhamo (hemp shives), vêm sendo utilizadas para criar materiais de construção sustentáveis, como o concreto de cânhamo (hempcrete).
A ventilação natural não é a solução mais eficiente em todos os casos
A ventilação serve a duas finalidades principais em um espaço: em primeiro lugar, retirar os poluentes presentes e fornecer ar limpo. A segunda é atender às necessidades metabólicas dos ocupantes, proporcionando temperaturas agradáveis aos espaços, se o clima permitir. É sabido que ambientes com ventilação inadequada podem trazer sérios malefícios à saúde dos ocupantes e, principalmente em climas quentes, desconforto térmico. Um estudo da Universidade de Harvard mostrou que em edifícios com boa ventilação e melhor qualidade do ar (com menores taxas de dióxido de carbono), os ocupantes apresentam melhores desempenhos das funções cognitivas, respostas mais rápidas a situações extremas e melhor raciocínio em atividades estratégicas.
Não é difícil perceber que a ventilação desempenha papel vital na garantia de uma boa adequada do ar e no conforto térmico em edifícios. Todos já sentimos isso. Mas quando falamos de ventilação, sempre nos vêm à mente uma brisa leve da janela, balançando o nosso cabelo, com um aroma agradável e uma temperatura que nos traz conforto. Em climas amenos, isso pode até ser uma realidade na maioria dos dias do ano. Em climas severos ou locais poluídos isso é bem diferente.
Uma nova camada de espaços públicos: explorando as coberturas dos edifícios
A medida que os ambientes urbanos se tornam cada vez mais densos, é preciso aproveitar ao máximo cada centímetro quadrado de área disponível. Pensando nisso, arquitetos e arquitetas do mundo todo recentemente descobriram o enorme potencial das coberturas existentes dos edifícios urbanos, na maioria das vezes, espaços subutilizados e de difícil acesso. Além do mais, coberturas e telhados chegam a somar juntas até 25% da área de superfície total disponível em uma cidade. Podendo ser utilizadas tanto como áreas verdes e cultiváveis quanto como espaços públicos e acessíveis, estes jardins suspensos estão sendo pouco a pouco incorporados à infraestutura urbana de várias cidades ao redor do mundo. Neste contexto, este artigo procura analisar em profundidade o real potencial desta estratégia para a criação de uma nova camada de espaços públicos acessíveis em cidades densamente ocupadas.
Uma transição justa para um mundo zero carbono é possível. Saiba como
A transição global para uma economia verde poderia criar 18 milhões de empregos, com o potencial de gerar bons empregos e meios de subsistência em todo o mundo. Mas e quanto às pessoas e comunidades cujos meios de vida dependem, neste momento, de combustíveis fósseis e setores de alto carbono?
Estima-se que 6 milhões de empregos na geração de eletricidade por carvão, extração de petróleo e outros setores podem desaparecer até 2030. Muitas das novas oportunidades de trabalho verdes exigirão habilidades diferentes das necessárias nos empregos anteriores ou estarão em novos locais.
França oferece dinheiro a quem trocar carros por bicicletas elétricas
A França está investindo em ações que ajudam a combater as mudanças climáticas, entre elas a escolha por meios de transporte mais sustentáveis. Donos de carros antigos poderão receber do governo um subsídio de até 2,5 mil euros para trocar o veículo por bicicletas elétricas.
“Pela primeira vez, reconhece-se que a solução não é tornar os carros mais verdes, mas simplesmente reduzir seu número”, comemora Olivier Schneider, da Federação Francesa de Usuários de Bicicletas.
Estudantes brasileiros são premiados em concurso para uma escola primária na Tanzânia
Premiada com o segundo lugar no concurso “Earth Architecture Competition”, promovido pela ONG C-re-aid, a escola primária de Moshi, na Tanzânia, desenvolvida por uma equipe de estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina, visa impulsionar a educação e a sustentabilidade como uma forma de integração espacial e social à realidade local. As diferenças de nível e comprimento dos canteiros horizontais permitem maior segurança no ambiente escolar, mas ainda mantém sua conexão com a rua.
A escola desenvolve-se a partir de um corredor central que revela muitos ambientes distintos, permitindo às crianças desenvolverem-se de forma criativa e se identificarem com o ambiente, comentam Ana Luísa Schoenell, João Victor Ortiz, Julia Stopasolla Copat e Mariana Bruggmann Spricigo Pfleger, autores do projeto. O programa está dividido em blocos, com salas de aula e serviços que se conectam a este corredor central, de forma a promover a integração física e visual entre todos os ambientes.
O custo social dos estacionamentos
O livro “The high cost of free parking”, do professor aposentado da Universidade da Califórnia Donald Shoup, mostra que estacionamentos podem gerar um custo social relevante. Shoup mostra que o modelo de cidades centradas nos automóveis é irracional, onde se destina cada vez mais recursos e espaço para uma máquina que não é usada em 95% do tempo.